Leilão do Augustus

 

  Como pode. Será que setores da oposição ao governo do Estado não têm o que fazer? Este final de semana o comentário nas rodas políticas de Aracaju e do interior do Estado, foi o boato lançado por um membro da oposição dizendo que o governador João Alves Filho (PFL), despachou na quinta-feira na sede da diretoria do Banese, no DIA, procurando uma saída para a dívida da casa de Espetáculos Augustus com o banco estadual.  

  O boato dantesco espalhou que o acordo estaria sendo realizado por conta do apoio do PSDB ao PFL na eleição estadual, já que todo o processo que corre desde o ano 2000, é contra José Celestino de Oliveira (leia-se Corsal), pai do candidato a vice-governador Fabiano Oliveira (PSDB). Um boato sem sentido e maldoso. Ninguém em plena consciência acreditaria que um processo que se arrasta há tanto tempo seria concluído agora por conta de uma eleição estadual. Além do mais o processo é do Banese, um banco que não tem ingerência política, que não irá abrir mão de alguns milhões (fala-se que com juros e correção a dívida chega a cerca de R$ 5 milhões)  do seu patrimônio.

   Só para lembrar. Este processo vem desde o ano 2000 e no final do ano passado, mas precisamente em 19 de setembro, foi marcado o leilão do Augustus. Através de liminar judicial foi suspenso o leilão. A última movimentação do processo foi em 28 de junho, e está agendado para esta segunda-feira, dia 10, na 1ª Câmara Cível do TJ, o julgamento da ação cautelar do Banese contra a suspensão do leilão.

  Ontem, um membro da oposição jurou que não é boato, é verdade. Lembrou que “a área técnica do Banese colocou o Augustus para leilão porque os débitos acumulados são consideráveis impagáveis, devido à quase nula capacidade financeira dos proprietários, subjugados por uma dívida monstruosa. Por isso mesmo, o imóvel tinha sido penhorado”

  Agora setores da oposição desesperados, lançam o boato que o governador foi pessoalmente ao Banese discutir o assunto e argumentar com os diretores.   Chegaram a dizer que a solução encontrada foi que o próprio Estado de Sergipe, através da Secretaria de Turismo vai assumir os débitos, como sócio do empreendimento e com isso as dividas serão perdoadas, sob o argumento que o espaço é um importante para o turismo em Sergipe. Um boato irresponsável e sem fundamento. Até porque o Ministério Público Estadual, através do promotor do processo não aceitaria um acordo desta natureza, que traria sérios prejuízos financeiros para o Estado.

    Agora é esperar, para que alguém da oposição tenha coragem de denunciar em público esse boato. Sim, é boato, porque até que se prove o contrário, não tem sentido. Quem será que assumirá a paternidade desse boato maldoso perante a imprensa?

 

 

Leilão. Com o julgamento da ação cautelar do Banese hoje, na 1ª Câmara Cível do TJ, vai cair por terra o boato lançado pela oposição, já que a assessoria jurídica do banco não vai querer fazer um acordo e o leilão deve ser marcado para ainda este ano. Já tinha gente da oposição que entrou em contato com jornalistas do eixo Rio/São Paulo, inclusive da área de economia para divulgar o suposto escândalo. Segundo dados da oposição estão em jogo cerca de R$ 5 milhões.

 

Exóticos.Alguns nomes registrados para a disputa eleitoral deste ano em Sergipe: Fome (PFL), Xiribita (PSDC), Valter Mulambo (PSDC), Fofinha (PRP – detalhe: fofinha é um homem),  Maria Rolinha (PTN), Jailson Birrola (PDT), Pinheiro na Moral (PCdoB), Ary Payakan (PV) e Titó Neto do seu Raimundinho (PHS). Sem falar do folclórico Rola (PSL).

 

Gratidão 1. Partidários da prefeita de Itabaiana, Maria Mendonça (PSDB) estão revoltados com o ex-governador Albano Franco. Como Maria Mendonça não seguiu o partido no acordo com o PFL e como ela, honra a herança do pai, Chico de Miguel, assumindo a palavra dada sem voltar atrás (como alguns), e vota no candidato a deputado federal Eduardo Amorim (PSC), vem sendo perseguida pelos meios de comunicação ligados ao ex-governador.

 

Gratidão 2. Dizem que a pressão foi grande para que Maria Mendonça deixasse de lado a candidatura de Eduardo Amorim para apoiar Albano Franco. Como ela não aceitou abrir mão da palavra empenhada vem recebendo criticas. Esta coluna vai revelar mais detalhes sobre estas “pressões”. Um absurdo…

 

 

Invasão. Na última sexta-feira, no programa Jogo Aberto da FM Sergipe, o radialista Robson Santana flagrou uma família de Alagoas, montando um barraco de papelão e plástico na área da Coroa do Meio ao lado da avenida construída onde foram retiradas as palafitas. Se nenhuma providencia for tomada pela Prefeitura de Aracaju em pouco tempo haverá uma nova invasão e todo projeto de reurbanização do local cairá por terra.

 

Administration   Uma grande executiva de Sergipe está fazendo um curso em Londres de “public administration”. No retorno dela, em breve, cairá como uma bomba na cidade a indicação para um cargo importante no Estado de Sergipe.

 

Vigilante. Positiva a entrevista do procurador regional eleitoral, Eduardo Pelella no Jornal da Cidade do último domingo. O procurador demonstrou um conhecimento amplo da legislação eleitoral e que não admitirá arbitrariedades e abusos. “Entendo a palavra cooptação como o ato de angariar apoio político mediante algum tipo de barganha, corrupção ou fraude à lei, sim”. Leitor pode ter certeza a atuação e firmeza do procurador eleitoral será fundamental neste pleito eleitoral. Pode ter certeza.

 

 

Megalomaníaca 1. Um ex-eleitor de Fabiano Oliveira enviou para esta coluna o discurso dele proferido na Assembléia Legislativa no final do ano passado quando foi noticiado que o governo do Estado iria conceder isenções fiscais a um grupo empresarial do Recife para investir na Orla da Atalaia, com a construção de uma boate. Fabiano leu uma carta da  Associação Brasileira de Bares, Restaurantes e Empresas de Entretenimento (Abrasel), seccional Sergipe, devidamente protocolada e endereçada ao governador João Alves Filho.

 

Megalomaníaca 2. O documento da Abrasel alerta o governante dos prejuízos que acarretarão ao setor, caso a construção da Boate Fashion Club fosse efetivada na orla. “Esta carta será entregue a Câmara Municipal e ao Ministério Público para que sejam tomadas as medidas cabíveis. Já sei que o projeto foi encomendado. Como pode fazer uma coisa desta, entregar terreno público sem critérios”, prometeu. Assinaram a carta: Lealdo Feitosa (Bar Teimonde), Bobô (Tequila Café), Lourival Oliveira (Augustus), Maurício Carvalho (Sam Chopança, Saloom e Cantina de Itália).

 

Megalomaníaca 3. Na matéria Fabiano acreditava que o suposto projeto poderia acabar como o finado Hotel das Dunas, que faliu antes de funcionar tendo o proprietário partido para outras paragens. Lembrou do projeto elaborado no antigo governo João Alves, que previa uma casa de espetáculos na Atalaia: “uma casa de show megalomaníaca”, frisou. Em seguida, Fabiano intimou ao autor do projeto da casa de show para que se apresente, apareça. “Peço a Deus que tudo isso não passe de boato”, disse Fabiano rogando aos céus.

 

 

Peixe grande 1. O auditor fiscal envolvido no escândalo do trigo, prestou depoimento ao juiz da Comarca de Nossa Senhora da Glória na quinta-feira passada.O escândalo não é como está sendo divulgado, tem gente grande envolvida no esquema.

 

Peixe grande 2. Um autoridade do Ministério Público insinuou encarecidamente   que quanto mais rápido o processo sair da Comarca Nossa Senhora da Glória, melhor para todos. Uma representante da OAB testemunhou o desabafo.

 

Está valendo a pena. Obrigado aos leitores pelos inúmeros e-mails recebidos. O acesso a coluna superou todas as expectativas previstas. A intenção desta coluna não é apenas informar, mas fazer com que o leitor possa refletir, questionar e até opinar sobre o que está ocorrendo nos bastidores da política de Sergipe.

 

 

Frase do Dia. “Não se pode chamar de valor assassinar seus cidadãos, trair seus amigos, faltar a palavra dada, ser desapiedado, não ter religião. Essas atitudes podem levar à conquista de um império, mas não à glória”. Nicolau Maquiavel em 1512, mais atual do que nunca.

 

   

 

 

 

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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