Lendo um artigo do publicitário e jornalista Carlos Cauê no último domingo, no Jornal do Dia, este colunista resolveu escrever sobre o marketing eleitoral na última campanha, mas precisamente de Marcelo Deda (PT) e João Alves Filho (PFL). Cauê, o principal responsável pelo marketing de Deda falou sobre o “Marketing do Bem” opção feita pelo petista e a afirmação da obra realizada na capital com a frase “fez por Aracaju e vai fazer por Sergipe”. Ninguém tem dúvida que o marketing bem feito foi uma importante peça no quebra cabeça que levou Deda a vitória no primeiro turno. O último programa mesmo passou uma mensagem muito bem escrita que foi superior a tudo que tinha sido exibido anteriormente. Porém, faltando cerca de 15 dias para a eleição o episódio de Lula no palanque de Deda em Aracaju, com todos rindo ao redor (inclusive os dois) falando de transposição foi horrível. Aquilo sem dúvida tirou alguns votos do candidato petista. Não dá para esconder a realidade. Por outro lado, no marketing de João foi usada à lógica da repetição. O programa de João não foi lá grandes coisas, mas tinha algo que desde o início pode ser considerado interessante, mesmo com a derrota eleitoral. Todos conhecem a afirmação de Joseph Goebbels – ministro da propaganda nazista – que dizia que uma mentira repetida mil vezes vira verdade. Pois bem, o programa de João, repetia a mesma coisa como se fosse uma rotativa, inclua-se aí a questão da transposição. Com certeza isso partiu do Jornalista César Gama (fã de Goebbels) um cara que, fale o que quiser dele, entende de comunicação e tem uma mente inteligentemente perversa. A intenção era fixar nas massas. E veja que não era mentira, era uma verdade do governo, de um lado de uma disputa. A lógica: se uma mentira repetida vira verdade, imagine uma verdade (termo relativo) governamental. O problema maior não foi à lógica da repetição de João. É que Déda/Cauê? engoliram a isca e aquilo que era apenas um tema virou a agenda da eleição. Com isso João Alves pautou Déda, levando -o para a defensiva. Déda engoliu a isca e foi para a praça com Lula, deu no que deu. Aquela imagem de Deda – veiculada no programa de João – dando uma “banana” no palanque eleitoral “aqui pra eles”, foi péssima. Cabia bem para Jackson Barreto, mas para Deda, não. Será que foi a forma mais correta (se tinha que levar) a que foi veiculada no programa eleitoral com a declaração de Lula? Depois começou a enxurrada de explicações. Por pouco a lógica da repetição não venceu com a inteligência perversa de César Gama. Porém, no final prevaleceu o marketing construído em cima de propostas. Como bem escreveu Cauê… “Venceu com grandeza e dignidade, ombreou sua vitória com o sentimento de um povo que encerrou um ciclo de sua história e prepara-se para iniciar uma nova etapa de sua vida. Quem bom”. Detran faz contratos de R$ 4,8 milhões No Diário Oficial do Estado de número 25.112 de 26/09/2006 foram publicados dois contratos feitos pelo Detran com as firmas Engerede Informática Ltda e Solução em Gestão de Negócios Ltda – ME. Somados os contratos alcançam a fábula de R$ 4.080.000,00 (Quatro milhões e oitenta mil reais), para áreas de informática. Mais dinheiro para a ponte Já no Diário Oficial do Estado de número 25.115 de 29/09/2006 mais um contrato com a empresa J.J Construtora Ltda, de R$ 2.246.239,28 (Dois milhões duzentos e quarenta e seis mil, duzentos e trinta e nove reais e vinte e oito centavos), para serviços complementares na Ponte Aracaju/Barra. Essa ponte não já foi inaugurada??? E aí, quem fiscaliza? Dossiê revela plano para matar Gilmar Carvalho O ex-deputado estadual Gilmar Carvalho (PSB) recebeu na tarde de ontem documento que revela uma trama para assassiná-lo. De acordo com o dossiê, o plano consistiria, primeiro, em afastar Gilmar do rádio para, antes do final do ano, depois de silenciá-lo, assassiná-lo. Durante a campanha eleitoral, chegou ao conhecimento da Corregedoria da Polícia Civil, oficialmente, denúncia de que uma “missão” teria sido entregue ao membro da Polícia Militar para matar o ex-parlamentar. A “missão” teria sido abortada nas imediações da cidade de Propriá. Cópias do dossiê foram entregues a três autoridades da confiança do ex-deputado, que, em 2007, entregou documento ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, relacionando autoridades que teriam tramado a sua morte. Deso sem pagar energia, quem acredita? Este colunista está buscando junto a Energipe um boato que surgiu ontem dentro da Deso. Que a empresa está devendo dois meses a Energipe. Valor da conta: R$ 3 milhões. Ninguém acredita. O colunista vai apurar apenas por desencargo de consciência. Quem acreditaria que a Deso deixaria de pagar a Energipe justamente no período eleitoral? Nem doido! Alckmin cobrou de Lula transposição I Será que o governador João Alves Filho assistiu o debate da rede Bandeirantes no último domingo quando o candidato tucano Alckmin cobrou do presidente Lula, candidato à reeleição, que tirasse a transposição do rio São Francisco do papel. Por falar em rio São Francisco, no último dia 04 de outubro em vários municípios e Estados do país foram realizados manifestações, debates e tudo mais em comemoração ao 04 de outubro de 1501, data em que os colonizadores foram “apresentados” ao rio. Aqui em Sergipe o Governo do Estado não fez nada. Não é estranho que num Estado que tem tanta gente defendendo o rio nada foi feito neste dia? Alckmin cobrou de Lula transposição II Ainda sobre o rio São Francisco, desta vez sobre a revitalização, a coluna recebeu uma matéria (17/08/2005) de uma visita feita por Marcelo Deda ao então ministro Ciro Gomes para tratar exatamente da revitalização. Leia alguns trechos: Brasília – O prefeito de Aracaju (SE), Marcelo Déda, foi recebido para audiência com o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, nesta quarta-feira (17/08) e tratou durante a reunião da proposta de emenda à constituição que cria o Fundo de Revitalização Hidroambiental e de Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio São Francisco. “A proposta é a chave do entendimento para acelerar a revitalização do São Francisco”, comentou Déda, depois do encontro com o ministro. “Ciro Gomes concorda com a importância do fundo e defende que a aprovação seja bem negociada, para a boa definição de valores e das normas de utilização dos recursos”, completou o prefeito. E esse encontro não foi usado por Deda na campanha eleitoral. Mais um órfão governamental Um leitor assíduo e dedicado desta coluna bradava criticas para todos os lados ontem numa mesa de uma lanchonete no Shopping Riomar. Criticava este colunista e vários políticos principalmente os que ganharam as eleições estaduais deste ano. Pelo tom de voz e pelos sintomas de pressão alta, colesterol elevado e tudo mais era mais um órfão do governo atual. É uma pena porque os bons e competentes técnicos devem ser aproveitados, já os órfãos… Obra do parque inaugurada sem condições de uso Quem foi no Parque José Rollemberg Leite no último final de semana viu algo lastimável. O parque foi inaugurado quatro dias antes da eleição sem que a obra de recuperação estivesse pronta. Os banheiros estão fechados, a população que vai ao local tem que jogar o lixo no chão porque não tem onde colocar. O Planeta dos Pássaros só foi inaugurado no nome. Sem falar no teleférico que foi cantando em prosa e verso e não está funcionando ainda. Aliás, para manter o mesmo o governo deveria terceirizar o parque. Infelizmente a própria população não ajuda na manutenção dos espaços públicos. Terceirizar é a solução. Ainda sobre os note books cedidos ao MP I Na semana passada esta coluna publicou uma representação da coligação de Deda questionando algumas ações da diretoria do Banese, entre elas a entrega de note books a membros do MP Estadual. No dia posterior o MP, através da associação de promotores repudiou a representação através de uma nota que foi publicada nesta coluna. Ao conversar com um renomado jurista de Sergipe ontem, o mesmo levantou diversos questionamentos sobre o assunto. O colunista confessa que achou interessante os argumentos utilizados. Primeiro: a simples justificativa de que os computadores foram cedidos em comodato não justifica. O tal do comodato é apenas uma figura que busca descaracterizar a doação. É comum a cessão em comodato de bens(quase sempre imóveis) de propriedade que esteja sem uso. Não é o caso do Banese que, adquiriu os tais note books “exclusivamente” para o empréstimo ao Ministério Público. Ainda sobre os note books cedidos ao MP II O jurista entende ainda como mais estranho é que uma coisa dita como tão importante para o MP tenha demorado de fevereiro de 2005 até junho de 2006 para a direção do Banese decidir.Além de tudo, o Banese é uma empresa de economia mista, sob controle do Estado, regida por normas do direito público e do direito privado, com várias ações na Justiça, contra e a favor, que vão precisar do posicionamento de membros do MP para posterior decisão judicial. Agora os questionamentos mais duros do jurista: “Dá para imaginar um promotor elaborando um parecer contra o Banese num note book cedido pelo próprio banco? E se tal parecer for favorável ao banco e quem se julgar prejudicado alegar que o promotor/procurador tem para o seu uso um note book emprestado? Pela parte contrária, no caso o Banese? Ainda sobre os note books cedidos ao MP III E mais: Qual a razão do próprio MP não adquirir os equipamentos considerados tão importantes e que “… objetivou dotar o órgão Ministerial de melhores condições de trabalho para que, conseqüentemente, pudesse prestar serviços cada vez mais eficientes à coletividade.”Será que os membros do MP não teriam condições de comprar seus note books? Registre-se que o comodato é para bens infungíveis, isto é, que não podem ser substituídos. Então, como se trata de equipamentos, estes sofrerão o desgaste do próprio tempo, podendo o Banese, a depender do período do empréstimo, receber de volta belas peças de museu. Pode não ser a verdade absoluta, mas que tem um forte embasamento jurídico, tem sim. O jurista ainda passou alguns textos sobre o comodato de livros de Washington de Barros Monteiro, (Curso de Direito Civil, Ed. Saraiva, 1990, 5º vol. p. 214) e Thomas Marky (Curso Elementar de Direito Romano, ed. Saraiva, 6ª ed., 1992). Sei muito bem quem foi meu companheiro… De um leitor ontem: “Andei, em todas carreatas de Propriá á Umbaúba, e de Aracaju á Canindé, e ontem (domingo) na carreata de agradecimento do governador eleito vi tanta gente que nunca vi na campanha, quem seriam? Os melancias, ou os que não querem perderem suas tetas!! São aquelas pessoas que quando o seu perde, sai de casa louco atrás de adesivo do adversário para colocar no carro, para dizer que votou no vencedor!!!!! E outra se a eleição fosse domingo dia 08/10 Marcelo Deda seria eleito com 80% dos votos……. Não só na carreata tinha pessoas estranhas, mas também na reunião da sexta feira no Iate, vi pessoas que trabalharam fervorosamente para outros candidatos de outras coligações aplaudindo o Governador como se fossem militantes desde a fundação do PT, mas o governador percebendo o aparecimento de muitas pessoas desconhecidas disse em seu discurso no Iate: “Sei muito bem que foi meu companheiro em nossa campanha para o governo,….” Revista da Somese é destaque A Sociedade Médica de Sergipe – Somese, está com uma revista de alta qualidade. Na mais recente edição a revista publica uma matéria sobre a polêmica com a terceirização de hospitais no interior do Estado. De parabéns toda diretoria da Somese como também a equipe editorial da revista. Frase do Dia “As pessoas podem ser dividas em três grupos: Os que fazem as coisas acontecerem; Os que olham as coisas acontecerem; e os que ficam se perguntando o que foi que aconteceu”.H.J.Brown.
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