Meio Ambiente e Olimpíadas

Uma mulher, brasileira e acreana foi a escolhida para representar a defesa do Meio Ambiente na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Londres 2012, no último dia 27 de julho. A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, esteve ao lado de outros notáveis como o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, o ex-boxeador Muhammad Ali, o fundista etíope Haile Gebreselassie, o regente argentino Daniel Barenboim carregando a bandeira olímpica branca com seus anéis coloridos que representam os continentes.

Os escolhidos representavam o combate à pobreza, a luta por justiça, os pacificadores, o esforço de convivência entre povos, a preservação da Terra. Independentemente da posição político-partidária, e olha que estamos em tempos de eleições, a escolha de Marina foi um reconhecimento internacional ao seu ativismo pela causa ambiental, dando destaque direto ao Brasil com a sua presença em um evento tão grandioso.

É simbólico também que tenha sido uma brasileira e uma “Silva” a escolhida e isso deveria ser motivo de orgulho para todos os brasileiros que, além de torcer pelos atletas que estão lá lutando por glórias pessoais que acabam resplandecendo para todo país, tem também essa representação nacional que pode sim resplandecer para cada um dos brasileiros. Ou, ao menos, para aqueles que conseguem perceber na escolha da ambientalista o reconhecimento da representação brasileira na causa ecológica internacional.

Marina Silva tem um histórico socioambiental vasto, tendo dedicado a vida a essa causa desde o início de sua militância com Chico Mendes. Além de ter alcançado projeção internacional, a exemplo do que ocorreu no final de 2007, quando o jornal britânico The Guardian? incluiu a então ministra entre as 50 pessoas que podem ajudar a salvar o planeta. Apesar disso, teve gente que não soube enxergar a presença de uma brasileira, mas apenas da dissidente política contrária ao atual governo e não escondeu a inveja, o que pegou muito mal e repercutiu na imprensa.

O convite para a participação na cerimônia partiu do Comitê Olímpico Internacional, sem o conhecimento do governo brasileiro, e foi mantido em sigilo. A sensação ao receber o convite, Marina Silva confidenciou ao blogueiro Bob Fernandes do portal Terra, que foi reproduzido no site oficial da ambientalista. (Veja aqui a integra da entrevista).

“Sensação de gratidão, alegria e responsabilidade. Gratidão a Deus, a minha família e ao meu país, por essas razões todas. De alegria porque representa o Brasil, a causa da defesa da floresta, da sustentabilidade, a causa ambiental. O Brasil é o país que tem as melhores condições para quebrar os paradigmas e fazer o que é preciso fazer pelo planeta. Esse convite é um reconhecimento disso. E sensação de responsabilidade porque isso é a representação de uma causa que não é só minha, nem é só do Brasil, é uma causa do mundo todo…. foi antes de tudo o reconhecimento do Brasil como potência ambiental do mundo”, disse Marina Silva.

 @ca_sant

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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