Meio bi em obras

O governo está autorizado a pegar emprestado quase R$ 600 milhões para realizar obras de infraestrutura em Sergipe. Se desejar fazer logo uso dessa pequena fortuna, o Executivo transforma o estado num canteiro de obras e, sem querer, querendo, dará uma ajuda substancial aos candidatos a prefeito sem ser acusado de usar a máquina pública. Quem não se lembra quando o ex-governador Albano Franco vendeu em 1997 a Energipe por R$ 537 milhões? No ano seguinte, encheu estado de obras e se reelegeu, derrotando justamente João Alves Filho (DEM). O governador Marcelo Déda (PT) pode não querer repetir o feito de Albano, mas se desejar fará um estrago dos diabos, pois, como diz o sertanejo, com a pólvora alheia se atira até em urubu, só para ver a queda.

De Rôla a Xibiu

As 24 cadeiras da Câmara Municipal de Aracaju serão disputadas por 414 candidatos. Pelo menos este é o número de registros de candidaturas liberado até agora pela Justiça Eleitoral. Dentre os concorrentes estão figuras como Rôla, Xibiu, Pato Rouco, Urêia, Arroz Doce, Loubinho, Colesteral, Tiririca de Aracaju, Canela de Fogo e até um tal de Bin Laden. Durma com um barulho desse!

Medo atroz

A maioria da população se sente insegura. Mais da metade têm muito medo de ser assaltada (62,3%), assassinada (62,4%) ou ter sua casa invadidas por criminosos (62,4%). A pesquisa do Ipea também mostra a falta de confiança dos brasileiros nas polícias civil, militar e federal. Para 63,5% dos entrevistados, os policiais são preconceituosos. Outros 53,5% dizem que a polícia não respeita os direitos dos cidadãos.

Festa adiada

Foi adiado da próxima sexta-feira para o dia 20 o ato público que marcará o início da campanha de rua do candidato a prefeito Valadares Filho (PSB). A mudança ocorreu porque a coligação ainda não obteve o CNPJ, documento necessário para a compra de material e recebimento de auxílio financeiro. O local também foi mudado. Em vez do Iate Clube, a festa vai acontecer na avenida Barão de Maruim, onde está o comitê central da campanha.

Casquinha

O dublê de empresário e político Edvan Amorim voltou a tirar uma casquinha com o candidato a prefeito de Aracaju, Almeida Lima (PPS). Indagado pelo site Faxaju sobre as lamentações de Almeidinha, Amorim disse que se os 11 partidos sob seu comando tivessem fechado o apoio ao candidato do PPS ele não estaria se queixando: “Esse é o grito dos aflitos”, fustigou Edvan.

Mãos à obra

O prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B) quer a administração municipal realizando obras em Aracaju até o último dia do seu mandato. O recado foi dado ontem, durante reunião que o comunista fez com os secretários visando orientá-los sobre as proibições impostas pela legislação eleitoral. Segundo ele, a Prefeitura mantém o cronograma de obras em toda a cidade, num total de quase R$ 180 milhões investidos.

Coletiva

O promotor público de Japaratuba, Paulo José, deixou o eleitorado da prefeita Lara Moura (PSC) em polvorosa ao afirmar que o registro da candidatura dela apresenta algumas irregularidades. Para acalmar a galera, o advogado Paulo Ernani, responsável jurídico da coligação ‘Japaratuba Avança’, concede uma entrevista coletiva daqui a pouco. Ele garante que não há risco de Lara ter a candidatura impugnada.

Multas assustam

Alguns proprietários de rádios estão preocupados com as multas aplicadas por desrespeito à Legislação Eleitoral. Os mais precavidos estão exigindo que os responsáveis por programas jornalísticos façam uma caução para garantir o pagamento de possíveis punições. É, gato escaldado tem medo de água fria.

Sigilo mantido

Os salários dos servidores públicos federais não podem ser divulgados individualmente pela internet. A decisão foi tomada ontem pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, desembargador federal Mário César Ribeiro. Ele rejeitou pedido da União para suspender decisão que determinou a retirada da lista com os salários da internet de forma individualizada.

Do baú político

Esta quem contou foi o amigo Eugênio Nascimento. Carioca radicado em São Paulo, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso fez das tripas coração para ingerir os mais diversos pratos da culinária brasileira. Um desses maus bocados foi no sertão de Sergipe. Era 1994, já no último mês da campanha presidencial, quando FHC chegou em Aracaju para visitar alguns municípios interioranos. No último deles, Porto da Folha, a comitiva foi recepcionada com um jantar em que o prato principal era buchada de carneiro. Ao ver aquela grande bola fumegante dentro da panela colocada à mesa, Fernando Henrique arregalou os olhos. Seu espanto mesmo foi quando a dona da casa, toda feliz, partiu a buchada ao meio, revelando os miúdos do animal misturados ao suculento arroz. Primeiro a se servir, o presidenciável botou apenas um pouquinho no prato. Vendo aquilo, Albano Franco insistiu que ele colocasse um pouco mais. “Calma, governador! Tem muita gente, e todos precisam apreciar a buchada”, afirmou um encabulado FHC, tentando disfarçar o nojo. “Não seja por isso, presidente, lá na cozinha ainda tem pra mais de quatro buchadas e aqui quase todo mundo já comeu”, disse a dona da casa, enquanto tascava no prato do convidado ilustre quase a metade da iguaria nordestina.

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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