Denise Rambo Nossa vida tem muitas memórias de amor e nela encontramos o prazer das lembranças prazerosas em estar perto de quem amamos. E são nesses pensamentos que notamos o quanto é necessário aguçar os sentidos e viver a vida de modo que expressamos nossos sentimentos em atos de consideração e amor. Quem não oferece o que o outro deseja e gosta, está fadado a insatisfação. Existe uma sábia frase popular que diz, não adianta dar um lindo bolo de chocolate se a pessoa gosta mesmo é de bolo de puba. Na visão encontramos o que é de mais significativo, porque mostra a atenção, é como se a alma fosse relevada pelo olhar percorrido em todo o corpo da pessoa amada. Quando você vivencia o toque das mãos é desencadeado um poder de sedução dos afagos que abrem caminhos para alcançar o que tanto deseja. Descobrir como o outro gosta de ser acariciado, é primordial para o contentamento e satisfação de ambos. Receber sensações segundo os órgãos de sentido é apreciado também nas palavras que exprimem seu estado sentimental e elevam a auto estima. Qual foi a última vez que você disse “eu te amo” ou “gosto do calor das suas mãos”, ou “Você está lindo”. Foi há um mês? Nas situações cotidianas, um simples telefonema, para saber como a pessoa tem passado, é também de grande significação. Dar importância a justificativas ou agradecimentos também. Você liga para a pessoa amada depois de uma noite de amor? Muitos vivem esse momento como outro qualquer, sem nenhum comentário. Esses telefonemas atingem o ponto máximo da cortesia. Grosseiros são aqueles que não efetuam a ligação ou não comentam o ato. Já imaginou como é bom vivenciar os momentos juntos, interagindo com o ambiente e participando da vida do outro com generosidade? Se você ama, demonstre, amar implica em você se entregar e se importar genuinamente com a felicidade do outro. Nossas memórias revelam a preciosidade do cultivo aos gestos amáveis e nos transportam a situações de prazer e satisfação de viver seduzindo, contentando e satisfazendo as pessoas amadas. Memórias da nossa gente: Aos nove anos de idade, ele precisava de aula particular e foi nesse tempo que apareceu a bondosa freira que lecionava num colégio. Num ato irreverente de maculação, sua alma foi erotizada pelo desejo. Na escola, ela vestia o hábito, mas quando estavam num outro ambiente, ela usava roupas funcionais, deixando à mostra, os longos cabelos negros. Sepultado no silêncio, ele sentiu atração por esta mulher, que o excitava pela beleza, e pelo inocente afago que recebia em seus cabelos, trazendo-lhe sensações jamais esquecidas. Técnico de áudio, 33 anos. *** Cartões marcam a vida dessa Juíza que continuamente recebe manifestações de amor por meio das flores com cartões significativos, sempre escritos com a mesma terminação de uma frase do início da paquera: “Com muito mais…” Tudo começou da antipatia que tinha de um futuro professor da faculdade chamado Moacir, relutando assim em estudar a matéria que ele lecionava. Quando finalmente começou aprender essa matéria, mudou totalmente de opinião começando a admirá-lo pela sua inteligência e educação. A flecha do cupido foi certeira quando já formada e trabalhando no Palácio da Justiça, ela reencontrou o professor e promotor de Justiça, que carinhosamente a cortejava com uma rosa vermelha com o tradicional cartão escrito. Seis meses após, iniciou-se um namoro que foi conquistado com gentilezas, cuidados e muito amor, que a cada dia se fortifica e os une. Esse homem, atualmente, Procurador Geral de Justiça, continua com a mesma cortesia em inúmeros momentos de sua vida, envoltas de lindos ramalhetes de flores e “Com muito mais…” *** Foi num recebimento de uma carta de amor que ele guarda a mais significativa lembrança de “amizade eterna”. Num rompante de brigas e desavenças aquela carta veio por meio de palavras verdadeiras, com elogios que fez transbordar o sentimento de amor, sentindo-se amado por alguém fiel e sincero. Foi linda! Ele diz com sabor dos brigadeiros que vieram junto com a carta. Thiago Carvalho, “Chavão”, estudante do 8º período de Jornalismo ***. Aos treze anos, ele fez uma jura de amor. Ela na inocência de seus nove anos aceitou dançar com o colega do irmão e nesse instante, envoltos por uma única música, ele a pediu em casamento. O encontro de almas gêmeas foi firmado num amor platônico até um encontro casual após seis anos, onde decidiram realmente concretizar um namoro e posteriormente o prometido casamento. Hoje essa união de cumplicidade, incentivo e de muito amor dura vinte e cinco anos, num “encontro de almas”, como ele mesmo diz. Emanuel Cacho, Advogado Criminalista e Presidente da Associação Brasileira de Advogados Criminalistas. *** Ela conheceu um homem que foi chegando de mansinho e de uma admiração profissional nasceu um amor mútuo. Sem perceber sua alma foi invadida por acolhimento e atenção. Suas repetidas lembranças são a entrega de corpos desnudos envoltos de pétalas de rosas vermelhas espalhadas pela cama, beijos, olhares, banhos, presentinhos, e-mails expressos de bons sentimentos e telefonemas confortantes de saudade. Estrela Rosa.
São infinitas e cheias de cortesia as memórias de amor que temos, as quais expressam inúmeras manifestações de etiqueta. Passado ou presente, quando pensamos em conquistar alguém ou queremos ser conquistados, procedemos de maneira bondosa e, com o objetivo de obter carinho, agimos com amabilidade.
Presentear com algo valioso ou simplório sem precisar de data específica, manifesta o prazer em agradar com fins sediciosos e encantadores. Iolanda Guimarães, Juíza de Direito da 5ª Vara Criminal
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