NOSSA ECONOMIA EM 2006

O superávit comercial brasileiro atingiu US$ 46,077 bilhões no ano de 2006, o que representa um aumento de 3,05% na comparação com o resultado de 2005, cujo superávit foi de 44,709 bilhões. As exportações cresceram 16,2% no ano e atingiram US$ 137,471 bilhões. A média diária das exportações atingiu US$ 552,1 milhões, valor 17,1% maior que a média de 2005. No que se refere às importações, os números cresceram num ritmo maior. O total de produtos adquiridos no exterior cresceu 24,2%, para 91,394 bilhões. A média diária foi de US$ 367 milhões, cifra 25,2% maior que a média registrada em 2005.

 

Em 2007, as exportações podem crescer 10,5%. A informação foi divulgada pelo secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho.

 

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 2,9% em 2006. Este crescimento está abaixo da estimativa mundial (3,8%), da América Latina e Caribe (5,3%), da África (5,6%) e da China (10,2%) e tem ligeira vantagem sobre o Japão (2,8%) e a zona do euro (2,5%).

 

No âmbito latino-americano, o Brasil só cresceu mais que países pequenos e pobres, como o Haiti (2,5%), Jamaica (2,6%) e Guiana (1,3%). O México cresceu (4,8%) o os países do Mercosul também: Venezuela (10,0%), Argentina (8,5%), Uruguai (7,3%) e Paraguai (4,0%). Cuba teve a maior taxa de crescimento da região (12,5%), impulsionada pelos negócios com a China e Venezuela e pala exportação de serviços, como medicina.

 

Nos últimos quatro anos, primeiro mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a economia brasileira cresceu em média 2,6% ao ano. Média parecida com a dos oito anos do Governo Fernando Henrique Cardoso, quando a expansão média da economia foi de 2,7% ao ano (4,0% em média no primeiro mandato e 1,7% no segundo).

 

O crescimento brasileiro despencou a partir da década de oitenta, depois de manter uma média anual de 7,1% nas décadas de 50, 60 e 70.

 

A carga tributária brasileira atingiu 38,80 do PIB em 2006, o que representa um crescimento de 0,98% em relação a 2005, quando alcançou 37,82%. Cada brasileiro pagou de tributos em média R$ 4,434,68 em 2006, ou seja, R$ 447,23 a mais do que em 2005.

 

Como vimos, nossa economia em 2006 apresentou um saldo da balança comercial crescendo; um crescimento pífio do PIB e uma carga tributária excessivamente alta. Os alicerces da estrutura econômica brasileira já estão plantados. A inflação, o vilão de toda economia, está sob controle. Basta que seja mantida a política econômica em vigor desde a implantação do Plano Real, em 1993, que algumas medidas estruturais, como a Reforma Tributária, sejam implantadas e que os gastos com o executivo, legislativo e o judiciário sejam reduzidos, para que o Brasil possa, finalmente, ter um crescimento do PIB, que traga melhoria da qualidade de vida para todos os brasileiros.

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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