Depois do sepultamento do pai, o menino Antenor ficou ao lado da mãe, encostou a cabeça no colo da mulher magra e somente saiu dessa posição quando ela falou: “Vamos sair.”
Dito isso, levantou-se, pegou na mão do menino e saiu com ele para a rua. Dirigiu-se à padaria da esquina, enlaçou o corpo de Antenor, erguendo-o e pediu dois pães, dos pequenos. Um homem se adiantou e veio atender a mulher. Cumprimentou-a e apresentou seus pêsames. Pagou e após pegar os pães enrolados, colocou o filho no chão e saiu. Em casa, foi incisiva com ele: “Gravou aquela cara, gravou? Foi ele que mandou matar o seu pai. Quero ver o que você vai fazer quando crescer!”
Quando Antenor completou 18 anos de idade, comprou um revólver, dirigiu-se à padaria e atirou em um velhinho sentado atrás do balcão.