Nos dias primeiro e vinte e nove de outubro fomos chamados para eleger presidente, governador, senadores e deputados estadual e federal. Para presidente e para governador de alguns estados, a eleição somente foi decidida no segundo turno. Para presidente, apesar do mensalão, dos sanguessugas e da tentativa da compra de ilegítimo “dossiê” contra o candidato do PSDB a governador de São Paulo, o PT acreditava que o Presidente Lula seria reeleito no primeiro turno, o que não ocorreu. Para o Senado, foram eleitos vinte novos senadores e sete foram reeleitos. Dos vinte novos senadores, vale destacar que o Ex-presidente Fernando Color, cassado pro corrupção, foi eleito senador por Alagoas. Para a Câmara Federal, foram reeleitos 277 deputados, o que equivale a 54% da composição da Câmara. O deputado mais votado no país, em números absolutos, foi o ex-governador e ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, com 739.827 votos. O ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha, foi o deputado federal petista que obteve a maior votação Pelos números e nomes dos eleitos para a Câmara e para o Senado cabe questionar: A maioria da sociedade brasileira parece estar descomprometida com a necessidade de banir a corrupção no país ou isto é conseqüência do Brasil ser um dos países de maiores desigualdades do planeta e um gigante enfraquecido pelo analfabetismo e falta de instrução de uma grande proporção de seus habitantes? Aqui em Aracaju, inúmeros foram os políticos, que nos bairros mais pobres percorriam suas ruas pagando R$ 20,00 para captar votos. Se isto ocorre numa capital, o que não acontece no interior? Fatos como estes respondem porque um Paulo Maluf, um João Paulo Cunha, um José Genoino, um Ciro Gomes e outros envolvidos no mensalão, nos sanguessugas foram eleitos. Assim pode-se afirmar que o resultado das eleições de 2006, mais uma vez, reprovou a sociedade brasileira.
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