Agora foi em Copacabana a grande movimentação de pessoas reunidas para ver, ouvir e aplaudir o mais amado Ex-Presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro!
Antes foi em São Paulo, na Avenida Paulista, o ponto mais destacado dos logradouros paulistanos, onde um montão de gente se reuniu, sem desordem, nem alarido, mas pouco além foi ouvido, por pouco noticiado pela grande imprensa.
No seu alienar costumeiro, a imprensa parece crer que na omissão de sua apreciação, as coisas deixam de existir.
Se não ecoado ali, o mundo deixa de rodar, a vida escorre em pouca valia, valendo só aquilo que é de sua publicação, espécie de proteção vacinal, assepsia aplicada aos seus leitores e assinantes, que se deliquescem como sal perdendo o sabor?
E para que servirá o sal se este vier a perder o sabor?, pergunta o Evangelista, exortando cada Ser a vir a ser, o sal do mundo e sal da vida, porque o sal não deve jamais perder o paladar, sem o qual se subtrai o alento, estragando e atraiçoando o alimento, além de salinizar a terra, se jogado ao léu, inutilizando tudo que pereniza a geração da vida.
Ser Sal da Terra e Sal do mundo, eis o conselho Evangélico, recomendando que cada um brilhe a sua luz, em chama farta ou basta, centelha, faísca ou facho, sempre no alto colocado acimada, e nunca abaixo, rele ao chão ou obstada pelo abafar alqueire.
Esgueirando-se por este abafar continuado, a imprensa teimando em não ver e tampouco divulgar o que todos veem, perde sua capacidade de interpretar o cotidiano, aí valendo a alienação desidiosa, que não é preguiçosa, mas é perniciosa, permeando sua incontida raiva, por ali constatar e até interpretar, uma censura e desprezo, às suas orientações editoriais.
Nunca tantos e em tempo algum menosprezaram a imprensa e seus articulistas, perdendo espaço e leitores a despertar juras futuras de insolvências e falências, por já rala carência de leitores em pouco abono de assinatura.
E nesta pouca jura de procura, falando por mim, cidadão mirim, antes leitor assíduo de Folha, Estadão e Globo, hoje não leio nenhum nem assino. E olhe que não faltam promoções, pechinchas de assinaturas a preços de perda de vistas.
Seria porque tudo hoje é prático, digitalmente exarado em rapidez e eficiência, desempregando jornaleiros, bancas de venda e estafetas, esta coisa , que não afeta o jornalista pensador ainda, mas que ejetou de vez o emprego do linotipista ao diagramador, deste ao processador do clichê e ao fotógrafo, quem o sabe?, porque ninguém mais revela foto, desde que o iphone correu de mão em mão, e o photoshop entrou em cena, em matéria de edição, composição e diagramas, matéria que até eu, um ser jejuno, poso as vezes de editor, compondo jornais e até livros em brochuras.
Por que falando de novo por mim, um cidadão muqüim e que sempre leu alguns jornais, iria eu em más venturas, prescrutar a grande imprensa, perquirindo escritos zebuzeus de abusados zebedeus, e outros livre-nos, Deus!, iguais a tantos que os imitam e reverberando acriticamente, aqueles de lá de cima e tantos outros tão próximos da esquina, eu não encontro um mínimo de isenção, uma apreciação poliédrica, uma tentativa de visão ampla bem além do aquém perdido da luta ideológica que a História os enterrou sem carpidos de saudade, que não se veem assim, tão inúteis quão vazios?
Porque haja vacuidade exibida em rejeição popular, com a massa aplaudindo o Bolsonaro, como líder que os vence a todos, mesmo que se lhe joguem ainda continuadas cizânias, às milhares, por muar e asinina repetição, em canto semelhante àquele das “Diretas Já!” de outrora, que tantos louvam ainda!, repelindo o governo militar, e hoje rejeitando as estranhas denúncias de cloroquinas e ivermectina, e dos atestados falseados de vacinas, passando também pelas joias sauditas por presentes recebidos, e outras piores contraditas denunciadas e inventadas, só por falseio, golpeio e vil galopeio, vasto leguleio de amplas minutas em golpes da Democracia revisitados, sendo até para tantos e tão vis rateios, conclamado e convocado o judiciário, do pleno plano olimpo acima, e sem embargo recursal que o reforme atine, para acoimar, julgar, executar e punir em vil garrote, se preciso o for, por necessário, mesmo que por ordinário e extraordinário, “nullum crimen, nulla poena sine praevia lege”, depenando até, pernoites escabrosos por reacionários e discricionários, de inspirações magiares de Hungria, em ampla premonição e prevenção contra uma “perniciosa reunião universal de direitas extremas”, de “américa, oropa e baía”, ou da Lua, ou de Marte, ou de Saturno, por soturno coturno, ao escambau, afinal o Brasil que nunca foi guia de nada, virou líder desta vertente terrível, por universal. a ser exemplarmente extirpada.
Porque é assim o visto e o descrito nas rotativas dos jornais, a massa na rua a rejeita seguindo o Mito, indo aos milhares aonde ele assim o convocar.
Breve chegará aqui em Sergipe, fazendo tremer estes formadores de opinião que teimam em nada ver.
Mas, quando as nuvens se ajuntam em prenúncio de tempestade, pode-se prevenir, mas pode-se também fingir esquecer que ela nunca virá.
E aí os alagamentos acontecem, os rios buscando seus leitos, por insuficiência de obras de escoamento e simples desobstrução de esgotos, tudo sendo esperado nas vagas de estio.
O problema e o eterno dilema acontecem quando a chuva passa do joelho e atinge a altura da cintura…