Analisando o que vem sendo noticiado em prévias eleitorais municipais, o grande fenômeno vem da “Paulicéia Desvairada”.
É o fenômeno Pablo Marçal, alguém que se afirma filho de uma faxineira e de um servidor público, um barnabé ou um bagrinho, por origem humilde, que na pobreza foi explorado, onde ali foi envolvido no crime, muito jovem, quase menino, acusado e condenado, indefeso e à revelia, não cumprindo cadeia, porque seu processo jamais transitou em julgado, sendo por isso alforriado, em razão de ser seu erro menor, e pelo tempo que seguiu, atingindo a prescrição, e com ela a perda de valia.
Em termos de Brasil, a imprensa que aos males bem se serve, em razia e comprazia, demoniza a alforria que abomina, mas dissemina em boa gesta a má ingesta de engolir sem mesmo “enguiar” qualquer “descondenaçao”, palavra nova, no léxico e na dislexia proferida, do que seria vindo e bem-vindo na coisa julgada e melhor proferida.
Como a imprensa vive desse contumaz consumo peçonhento e venenoso de falar pior da vida de alguém, que não seja ninguém, o Marçal que era um Zé-ninguém deixou de sê-lo, e vem agora como candidato a Prefeito da Paulicéia sendo caçado por todo tipo de arapuca, justo ele que em meio a tantos, uma dezena de postulantes pelo que creio, nenhuma atenção iria despertar se lhe não ousassem atalhar, errando o alvo e a rota da pontaria.
E o resultado salta aos olhos e desperta ampla observação nesta ferramenta nova, as “redes sociais”, diante de quem a velha imprensa e sua ampla gama de beletristas e deformadores de opinião vem perdendo, aos milhares de milhões, em adeptos e leitores.
Como está ainda difícil conter a enxurrada de “likes”, por mãozinhas toscas espraiadas e crescentes, aos terabytes extensivos, eis o “coach” ou “ex-coach” execrado pela imprensa ultrapassada, quando toda e qualquer profissão bem exercida deveria ser condignamente tratada e respeitada; do lixeiro ao engenheiro; do enfermeiro ao esculápio; do confeiteiro ao que bola o cardápio; do cuca mestre cozinheiro, ao seu copeiro, lava-louças que tudo arruma, etc…
E quanto mais ao que se apruma, sem verruma, nônio ou tenaz, nas novas profissões surgidas, e a viger, em velocidades da luz, digitais, assomadas, por boolianas álgebras aplicadas à vida sempre desafiada em inspiração e criação?
Que o diga, portanto, a modernidade sempre criativa, sepultando o ontem e despertando o amanhã, com os cemitérios sequiosos de insubstituíveis!
Insubstituível sempre em equívoco, eis que se vê na imprensa um temor por mudança, porque se alguma mutação advier um dia, é preciso que seja aceita de Dom Tommaso de Lampedusa, a sua velha máxima garibaldina: “é preciso tudo alterar para restar igual”.
Igual em todo lugar, e aqui também o que não pretendo falar, porque não há santos entre os que denunciam os gastos de campanha, em levas de porta-bandeiras pelas nossas ruas espalhadas.
Sem bandeiras nem siglas outras afortunadas, o que se vê na campanha política de São Paulo é que a imprensa perdendo leitores e sem ver o tempo no seu entorno mudar, tomou partido contra o candidato Pablo Marçal, justo porque se dizia da direita, objeto fulcral a combater, já que a esquerda, qualquer dela, é bem-vinda, mundo a fora…
Nesse sentido comum aflorado, vale referir o aforismo gaulês, atribuído a Simone de Beauvoir, aquela mulher de bom gosto, por namorar Jean Paul Sartre e louvando-se a si mesma, contemplando-se qual Narciso em espelho, e a seus companheiros de fé no mesmo esguelho: “La gauche incarne le parti de la vérité et du bien ; elle a selon elle l’avenir de son côté : changer la société est sa « mission » presque religieuse” (A esquerda incarna o partido da verdade e do bem; somente ela tem o futuro a seu lado: mudar a sociedade é sua ‘missão’ quase religiosa).
Nesse contexto, por não ter tal missão; “presque religieuse”, ou tida como religiosa e quase salvífica, não no além, mas no aquém da terra nostra dos carentes de vinténs, a esquerda é a eterna missionária, enquanto à direita, e no seu além e aquém, bem caberiam todos os tipos de gente, dos criminosos aos perigosos, aí incluídos “os incapazes e os capazes de tudo”, excelente dístico para abarcar por desavinhes, ampla companheirada que bem se nutre nas tetas do Estado: acoimada!
Por ser assim e por ser afim, menos sectária, a direita seria cínica, o que seria bem pior e mereceria bem combater, o que aconteceu com Pablo Marçal obtendo da imprensa um cerco, tão terrível, quão impensável, e que restou roto e inútil, porque a arapuca só serviu para realçar o valor do candidato, que sem tempo de TV, sem sigla a se escudar, sem ter o Presidente Lula por padrinho, sem ter o Governador Tarcísio de Freitas como bom arminho, sem ter o Bolsonaro em bom carinho, nem reter a máquina pública da maior Prefeitura, a de São Paulo, sem qualquer quentura ou doutas juras a exarar, tudo valia combater e caçá-lo no puçá, coifo ou tarrafa.
Caçá-lo de todo jeito porque nenhuma jura o vira tão ousado, sozinho, um louco desvairado em peito-aberto e desalinho, pousando de gladiador inerme na raia, mais-que-maluco a dar rabo-de-arraia, a quem se lhe arrevessasse à frente, como se fora um insurgente mal indigente, um sujeito inteligente, jamais reconhecido, a desbastar vasta sega de mediana, por medíocre grande imprensa, assaz extrema!
Como poderia este “coach”, justo daquilo que à tipografia tanto incomoda, encarnar um candidato que ninguém conhecia, nem sabia, alguém que virara um grande empresário, sem lograr o fisco, ao que parece, e sem medo do Leão da Receita Federal, a quem todos temem, mais que a Deus, como eterno julgador, porque sem perdão, nem suprema clemência, a tudo e todos fareja, rosna e vigia, vendo maior em nós, por eterno erro, sem perdão nem absolvição, a nossa sempre eterna, maior falta criminal: a inadimplência?
Tratar-se-ia de um aventureiro?
Pelo menos, dizem-no assim ainda os que não o voejam em coragem, galhardia e inteligência, esgrimindo a tantos quantos lhe ataquem em solércia e ausência de nobreza…
Ah, a nobreza! Quanta superioridade sendo desbancada na rasteira mal desferida!
Quem diria que tanto bom jornalista seria posto ao rés da rinha, pala superioridade comezinha de um coachmenosprezado ou “ex-coach”, pior desprezado, quando toda atividade útil lhe deveria ser valorada, e respeitada!, sobretudo no contexto das novas profissões surgidas e a vir a luz!
Nunca ninguém esperaria que em tanta ausência de luz, e sujando tanto o poleiro, em prosa, verso e tinteiro, iria surgir na rinha e no livre debate das ideias alguém que ensejaria um perigo tão tamanho à liderança de Lula, imbatível Presidente, quanto ao do Mito, Bolsonaro, o inelegível mas aplaudido pelas ruas, para agitar o terreiro, no cenário político brasileiro!
Nunca tantos jornalistas foram engolidos e trucidados em suas versões extremas de militâncias!
Chega! Chame a justiça eleitoral para apear o homem!
Ou então não o mais convoquem para entrevistas e/ou conflito de disputas!
O coach ou “ex-coach”, chame-o como quiserem, está sendo um perigo para os jornalões e seus graduados escalões.
Que o diga, o mais-que-famoso e pouco garboso, Josias de Souza, com sua barba filosofal bem cofiada, e a sua mais-que-brilhante, por protuberante calvície sempre ilustrada, tudo no pouco desconfio da rasa confiabilidade da estulta Folha de São Paulo, sua patroa, ali explicitada no debate em má coroa como “foice”, e foice, enxadeco ou estrovenga, por arma-branca portada e mal afiada, que em desafio foi bem relembrada, sendo roçados ambos; a foice e a pena, usadas como aljavas, ou cimitarras, na briga e na intriga infiel, mal começada, perdendo os dois, o jornal e seu editor, ficando a graça sem graça apenas, com a jaça digna de pena, na resposta bem recebida, em firme nobreza e contundência, jamais esperada, por açoite!
Ou seja: a imprensa, por Josias bem mereceu a surra que recebeu! Ficando para a História, a repetir-se em rasa glória!
O resto é conversa a se repetir, sobrando até para a Revista Oeste e seu vocalista Adalberto Pioto, soando mais maroto que ignoto, querendo que Marçal um candidato a Prefeito de São Paulo capital, se inserisse no equivocado grito cabedal da inútil Avenida Paulista que se esgoela, tolamente, digo eu, porque lá não vou, nem aprecio.
O tempo e o vento virão a seu contento, com o feito e o rejeito a perquirir, porque de longe eu fico e contemplo, só sorrindo, por aqui!
Chega!