“The Day After” e… por que esse povo chora tanto?
Esperava-se que ontem, Oito de Janeiro de 2025, haveria uma hecatombe nuclear, só no barulho e no marulho, por prévias; anunciado!
As armas e o novo baronato anunciavam uma épica comemoração de Brasília se espalhando da montanha, à Amazônia, e das coxilhas no além limite das Tordesilhas, no aquém ou além das gentes maltrapilhas do nordeste litoral…
Quem pensou que ia acontecer uma vasta reprovação seminal dos “Quebra-cristais na Praça dos Três Poderes” em seu 2º aniversário, viu somenos o enfado continuado com uma estória cada vez pior contada e bisada, e mesmo assim sendo repetida, deturpando-se que ali teria ocorrido um grande “golpe contra a democracia”, borborejado, pigarreado e seborreicamente dissertado, qual mosca varejeira a semear, contaminando a notícia, com o seu malicio próprio, em viscoso e seboso rasgo de mal cheirume assumido pela imprensa pátria, subtraída e remunerada pelos corifeus do atraso, hoje manipulando tudo, embora queiram dizer o contrário.
E que retornou ao país, com índices sobremodo declinantes na economia, que ninguém mais o suporia, com a inflação recidivando como câncer, doença terrível, o Real agora sendo encaminhado ao mesmo esgoto onde apodreceram os tostões, os derréis, os mil-réis, e os cruzeiros velhos e novos, surgidos com a Nova Republica que sucedeu aos Militares, os Cruzados velhos e novos vindos para piorar, quando o cifrão cortou muitos zeros, primeiro dividindo a moeda por 1.000 ou 103 , depois por 1.000.000 ou 106 , e com muita sede prosseguindo 1.000.000.000 ou 109, e se repetindo por 1.000.000.000.000, ou 1012 , 1015 , 1018 , sei lá; 1021 , por que aí eu já me perdi, só no meu viver e contemplar o que esse país arrimou como desculpa e para sempre se amofinar nas suas mazelas e eternas misérias a repetir.
Mas, como esse povo chora!
Toma as palmadas bem ou mal provocadas, e se pranteia em sofrentes chororôs bisados; “Ainda estou aqui!!!” Ainda estou aqui!!!
E mais: “Eu não estou sozinho! Sou filme premiado agora!!! Lá na terra do Tio Sam, só para dizer que dali vem o bom selo da verdade!
Uma verdade resfolegada por meia dúzia de tolos, que não consegue reunir uma jardineira para arrumar rala verve carpideira.
E haja choradeira!
De alguns beletristas inclusive, porque dão os seus pareceres periodistas, em peçonha e tóxica versão, fagocitando o erro do seu próprio nutrir, quando o desacerto sempre acontece repetidamente em toda violência, qualquer uma, que arrime a contundência policial, como agora estão sofrendo os chamados “golpistas do oito de janeiro”, tidos como extremamente perigosos a merecerem, segundo seus algozes, grossas penas, sem ampla defesa ou viés qualquer de algum aparo, no comparo com as mesmas causas equivocadas, sempre elas, tolamente alforriadas; de “defesa da democracia”.
E o que é a “Democracia”, senão uma palavra vazia como a própria “Liberdade” que restou igual àquela roucamente escutada na Praça da Concórdia, gritada por uma heroica mulher, Monique Roland, enfrentando a sanha revolucionária e a sua navalha cruel autoritária, exibindo maior coragem e melhor galhardia que seus verdugos: “Liberdade, ó Liberdade, quantos crimes serão cometidos em seu nome!”
Quando para estes, os sempre carrascos, a “Liberdade” e a “Democracia” só valem para alguns, aqueles que se creem eternamente injustiçados a merecerem as lamúrias perenes. “Eu estou aqui!, Eu estou aqui! Eu estou aqui! Sou filme agora! Venha me assistir!”
– Venham revisitar os anos de chumbo do regime militar!.
– Esqueçam os que sofrem nas masmorras erigidas pelo STF do “Chandão” que ainda não restou em infausta memória, mas se encaminha, só pelo eco soprado do que se viu e ouviu na Praça dos Três Poderes vazia, naquela grande concertação convocada em repúdio ao “Fatídico Oito de Janeiro” e que acabou, mais que tudo: fracassada!
– Não, não foi um fracasso! – Dizem alguns.
– Foi um sucesso de ausência de público e só por ser assim, apresentou o seu melhor alarido; o ensurdecedor silencio!
– Não seria tal silêncio, um aprovador reverberante daquele feitos em vidros tantos espedaçados, inutilmente!?
– Por quê estilhaçaram tantos vidros, se as vidraças existem para separar espaços permitindo passar a luz e jamais ocultar os feitos escusos mal escondidos nos seus recintos interiores?
– Não foi tudo aquilo uma simples catarse, uma loucura tola a coibir, por simples conselho, admoestação coletiva, que é preciso aceitar e não se iludir com a “Democracia”, porque esta é manipulável até pelo mal texto e pelo contexto do um vil discurso, manipulado!?
Se, porém, nada disso vale, enquanto o choramingo prossegue inconsolado e pera sempre inconsolável, o “The Day After” findou como um traque à “Peido-de-véia”, quase em xabu, vingando mais exaltado por amplas ausências, que pelas esperadas flatulências, sempre velhas e mal carpidas.
Quanto aos lacrimejes daqui, vamos em frente que atrás vem gente.
De minha parte, eu tudo contemplo sem torcer nem me empolgar.
O filme é o mesmo e eu continuo sem querer assisti-lo. Meus heróis são outros e eu os pranteio em minha própria intimidade.
Quanto aos que alforriados sobraram em más saudades do Regime Militar, já tão distante, devo confessar que é lamentável ver tanta raiva acumulada contra os “golpistas do 8 de Janeiro”, quando deviam ver nestes, outros seus iguais: injuriados!
Se não os veem assim é porque o seu pranto é falso, é revanchista, palavra francesa, a requerer o troco continuado de parte a outra; equivocado!
Não vem de gente boa. Não é gente que eu admire!