PMDB: vento das mudanças?

   Este jornalista já tinha escrito o artigo de hoje, 25, sobre o PMDB, quando, de madrugada, ao ler a Folha de São Paulo se deparou com a seguinte nota na coluna Painel: “Metal. Almeida Lima (PMDB-SE), da tropa de choque de Renan Calheiros (PMDB-AL), escolheu “Wind of Change”, do Scorpions, como toque de seu celular. O senador demora a atender as chamadas apenas para o ouvir a música de sua predileção”. Por conhecer a música e “enrolar” no inglês, a coluna tentou traduzir alguns trechos da letra para decifrar o atual momento pessoal e político do senador Almeida Lima. Não é que a letra “bate”, pelo menos com o desejo de Almeida no momento?

  A tradução de “Wind of change” para o português significa “Vento de Mudanças”, e para quem não lembra essa música virou o hino da queda do muro de Berlim e da unificação alemã. O texto reflete sobre o vento de mudanças, em uma noite de verão de agosto; de crianças esperando o vento de mudanças no parque e de “uma tempestade que tocará a campainha de liberdade para a paz da mente”.

 Hoje é o dia “D” para o PMDB. Espera-se que a reunião que ocorrerá hoje, 25, traga o final para a novela (mexicana) que virou o comando do PMDB em Sergipe. De um lado Jackson, Benedito, Jorge Alberto e companhia lutando para manter o comando do partido. Do outro o senador Almeida Lima, fortalecido pela defesa (e vitória) de Renan no Senado Federal, além do aliado de última hora, o senador José Sarney através do apoio de João Alves Filho. Só tem dois caminhos: ou o PMDB segue no caminho ao lado do PT e aliados ou vai para a oposição com a quase certa candidatura de Almeida a prefeito de Aracaju.

 Almeida Lima já assegurou aos governistas em Brasília, que é Lula desde pequenininho (lembra do blefe do discurso dele há quase dois anos, onde mobilizou a imprensa nacional para nada?), para que possa comandar o PMDB. Garantiu até que vota favorável a CPMF. O mais interessante desta história deve estar se passando na cabeça do governador Marcelo Déda. Como o compadre Lula pode alimentar um adversário dele desta forma? Um adversário que pode complicar a manutenção da prefeitura de Aracaju sob o comando do bloco aliado e conseqüentemente intervir diretamente na eleição estadual de 2010?

 Pois bem. O que acontecerá com o PMDB em Sergipe?  No caso de vitória de Almeida Lima, mesmo que muitos políticos não acreditem no projeto político dele é preciso lembrar que o senador dificilmente conseguirá desmanchar o partido neste momento, já que as principais lideranças não são candidatas no próximo ano e, certamente, ficarão na sigla até o último minuto do prazo para as eleições estaduais de 2010.

Por outro lado com essa cisão, Almeida Lima construirá o PMDB para quem e para quê? É algo de estranho prognóstico e de racionalidade política. O vento que Almeida Lima tanto deseja obcecadamente que sopre no PMDB de Sergipe pode ser na verdade, apenas uma tempestade passageira, com hora e data para terminar, já que na política, nada é duradouro, principalmente num partido onde os interesses pessoais estão acima dos interesses coletivos.

 

 

Pesquisas: sem medo de intimidações

Começaram a realização de pesquisas em alguns municípios de Sergipe. Alguém lembra do ano passado? Este espaço foi uma pequena trincheira contra a manipulação de pesquisas que levou o mesmo a barra da justiça, até mesmo com processos criminais que tramitam até hoje. Porém aqui a palavra “intimidação” foi abolida. Não adianta, o espaço continuará desmascarando algumas pesquisas realizadas por encomenda. Ao contrário de muitos, o espaço não mudou.

 

 

José Eduardo  promete continuidade na gestão da BR

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, deu posse ontem 24, ao novo presidente da Petrobras Distribuidora, o geólogo José Eduardo Dutra, que assumiu o cargo no lugar de Graça Foster, nomeada Diretora de Gás e Energia da Petrobras. A cerimônia foi realizada na sede da BR no Rio de Janeiro. O presidente Gabrielli elogiou a gestão de José Eduardo Dutra à frente da Petrobras, entre 2003 e 2005, época em que Gabrielli ocupou o cargo de Diretor Financeiro. Segundo ele, a internacionalização da Companhia e a volta dos investimentos em refino e petroquímica, entre outros projetos, foram amplamente discutidas e iniciadas naquele período. Ele destacou que seu desafio agora é o varejo. “A BR é o posto de combustíveis, é como a sociedade vê a cara da Petrobras”.  O presidente Dutra garantiu que sua gestão ficará marcada pela continuidade: “Vamos continuar o trabalho que vem sendo feito, com os níveis de responsabilidade social e ambiental da BR, ajudando o País a crescer”, ressaltou.

 

Dutra, na BR, defende aliados na “máquina”

Deu na FSP de hoje, 25: “Ao tomar posse ontem, o presidente da BR Distribuidora, José Eduardo Dutra (PT-SE), disse não ver “nenhum problema” que, em um “governo de coalizão”, os partidos políticos da base aliada estejam “representados na máquina”. Segundo ele, as indicações políticas não são recentes na companhia. “Desde que a Petrobras existe, sempre a presidência e a diretoria têm o respaldo do governo. E os governos têm apoio de partidos políticos”, afirmou Dutra, ex-senador que tentou sem sucesso voltar ao cargo em 2006.Na visão dele, os partidos têm influência na escolha da diretoria da companhia: “A Petrobras é uma empresa estatal e sempre a decisão sobre os dirigentes foi objeto de ações por parte de partidos políticos”.Ele se queixou das críticas que ele e o atual presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, receberam em 2003, quando foram indicados pelo PT para assumir a presidência e a diretoria financeira da estatal, respectivamente. “Diziam que eu era um sindicalista e um político que iria levar a empresa à bancarrota, mas o resultado foi exatamente o contrário”, disse.

 

 

Novos projetos e programas para SE

Para o senador Valadares (PSB) – presente a solenidade – a presença de José Eduardo Dutra na BR Distribuidora representa o surgimento de novos projetos e programas que vão ajudar a desenvolver ainda mais esta grande empresa que é o sustentáculo da distribuição de combustíveis em Sergipe e no Brasil. Segundo o senador Valadares, os consumidores sergipanos podem contar com a segurança de saber que não será permitida a exploração econômica e predatória. “Os consumidores sergipanos e brasileiros continuarão sendo ainda mais respeitados na gestão de José Eduardo Dutra”, afirmou o senador.

 

Competência gerencial de José Eduardo

O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, ressaltou que  a posse de José Eduardo é importante para todo o país. Segundo ele, a gestão dele à frente da Petrobras foi marcante na competência gerencial demonstrada e teve um papel definitivo na consolidação da responsabilidade social e no avanço da relação com os trabalhadores na empresa. “Toda a competência gerencial e capacidade de articulação de José Eduardo o credenciam a ser o depositário de grande confiança, não só dos sergipanos, como de todo o povo brasileiro. Certamente, contaremos com iniciativas inovadoras que produzam efetivos resultados sociais para os sergipanos”, ressaltou o prefeito. 

 

TCU constata irregularidades em programa de energia elétrica no Nordeste

 O Tribunal de Contas da União (TCU) constatou pagamento indevido de reajuste de preço relativo a contrato do Programa de Trabalho para implantação de novas vias de transmissão e subestações e compra de equipamentos elétricos para assegurar o atendimento crescente de demanda elétrica para os estados da região nordeste. O TCU constatou ausência de licitação autônoma, sem parcelamento do objeto licitado, para compra de equipamentos, inclusão no contrato de pagamento das despesas indiretas do sistema de fiscalização da Companhia Hidroelétrica de São Francisco (Chesf), pagamento indevido de taxa de remuneração, além de outras irregularidades na administração dos contratos. O tribunal constatou, ainda, desvio de objeto e problemas na fiscalização de contratos, que ocasionaram superfaturamento nos preços propostos pela contratada e a medição e pagamento de serviços não realizados.  Os responsáveis deverão apresentar justificativas sobre as irregularidades ou recolherem aos cofres públicos o valor atualizado que totaliza R$ 8.150.200,72. O ministro Benjamin Zymler foi o relator do processo.

 

 

Reuniões com a imprensa

A idéia da Secom do Governo do Estado de realizar reuniões por regiões, através do programa “Mídia e Governo”, é válida. No último final de semana a secretária, Eloísa Galdino, reuniu representantes das cidades do Alto Sertão, em Canindé. É válida porque além de escutar os radialistas e jornalistas de cada região tenta abrir um diálogo aberto sem a relação de “patrão x empregado” como era adotada por vários governos anteriores. “Queremos que, através dessa ação, se estabeleça um canal de diálogo com os profissionais do interior para que a nossa comunicação seja qualificada. A integração dessa comunicação é fundamental para que, ao fim do processo, os cidadãos tenham concretizado o seu direito à informação”, avaliou a secretária de Comunicação, Eloísa Galdino. Quando os profissionais alertarem para a importância da informação verdadeira como principal produto que deve ser oferecido a população certamente a relação do governo com os meios de comunicação será outra.

 

Passeio improdutivo: Mônaco é lindo I

  Quando este espaço registrou  a estranheza da necessidade da viagem urgente do ministro Tarso Genro, da Justiça, com assessores, ao Principado de Mônaco, paraíso de milionários e jogadores freqüentadores de ricos cassinos,é porque tinha a certeza que a viagem não daria em nada. Afinal, o ministro viajou para conversar com autoridades de Mônaco sobre a extradição para o Brasil do banqueiro Cacciola, preso pela polícia do Principado. Autoridades desse Principado já diziam que visita de ministros e de outras autoridades maiores, não adiantavam para solucionar a questão. Se o interesse do Brasil era a extradição que mandasse toda papelada do processo do preso, que poderia ser levada por um advogado e por funcionários do consulado brasileiro. No mais, tudo seguiria conforme as leis da Justiça de lá.

 

 

Passeio improdutivo: Mônaco é lindo II

O ministro chegou lá e não deu outra: vai voltar de mãos abanando e não teve o que fazer, a não ser passear.Mônaco repetiu o que já dissera: queria: todo o processo, que obviamente deve seguir já traduzido para o francês) seguindo-se o pedido de extradição. Incrível: o Ministro e sua comitiva não levaram nada disso! Ao comentar isso, esta coluna não perderá mais tempo, é justamente para flagrar o quanto a vaidade, o desejo de usar mordomias e a burocracia excessiva, totalmente desnecessária diante de certos fatos, que deveriam ser resolvida naturalmente, da maneira mais simples e correta.

 

 

 Acidentes na ponte Aracaju/Barra

Tem sido divulgado com alarde o aumento de acidentes, até fatais, na entrada das ponte Aracaju/Barra dos Coqueiros. Todo mundo sabe que essa ponte foi feita às pressas, mas segundo os técnicos que avaliaram existe segurança no seu trajeto, mas na entrada a coisa está ruim, por causa do perigo de carros e motos caírem de uma murada.. Mas se é certo o alarde, o mais certo ainda é que, mesmo sabendo-se que tudo foi mal feito mesmo pelo governo anterior, já é tempo das autoridades responsáveis corrigirem esses erros, mudarem alguma coisa na entrada da ponte, de modo a evitar que mais acidentes ocorram, mais vidas sejam sacrificadas. Não é o mais certo?   

 

        

Cada vez mais nativo no interior

Por conta da falta de maternidade em vários municípios, cada vez mais nascem os chamados “nativos”.

Um leitor, de passagem por Santo Amaro das Brotas, descobriu que nos últimos anos cada vez nascem menos santaamarenses. A Prefeitura, apesar dos royalties recebidos da ANP, não mostra a que veio, limitando-se a obras financiadas pelo Governo Federal, conseguidas com a ajuda da base aliada do PT, do Lula e do Déda, que, com certeza querem apenas a melhoria de vida do Santamarense sem importar qual partido ocupa a Prefeitura. O que é lamentável é não ouvir do prefeito e dos seus seguidores, uma palavra sequer de reconhecimento, ao contrário, atuam e discursam como se eles fossem responsáveis pela verba que são direcionadas para as obras. Sobra para a população fiscalizar a aplicação dos recursos.

 

Cadê o movimento contra a transposição?

 Parece que estão todos ocupados em outros afazeres mais interessantes. Mas cadê o movimento contra a transposição do rio São Francisco, essa malfadada obra que em má hora o Governo Federal resolveu tocar de qualquer jeito começando a torrar milhões de reais! O TCU recomendou a sua paralisação por causa de irregularidades. Mas tudo é silêncio, dos parlamentares, dos políticos em geral, dos sindicatos, da própria comunidade…Parece que, como notou dia desse um observador, os brasileiros e especialmente os nordestinos, estão como que paralisados talvez por aqueles gases paralisantes usados pelos bandidos das histórias em quadrinhos…Esses bilhões que já começam a gastar daria para colocar  ordem e decência no sistema de saúde pública do Nordeste, que passa por uma crise aguda, independente de quem está no governo.A saúde pública dos nordestinos sofredores bem que mereciam que os bilhões dessa discutível transposição, que vai ficar pela metade neste governo, fossem destinados a adequar o funcionamento normal dos hospitais, postos, médicos e enfermeiros.

 

Festa na Sarney: terra sem lei e sem ordem

De um leitor:  “Mais uma vez dirijo-me a sua coluna democrática para expressar a minha indignação com relação as festas realizadas na rodovia Sarney , no caso a de ontem no Pablos Bar – Asa Beach . Vinha de uma festa num condomínio, no final dessa rodovia, em direção à Aracaju. Fiquei sabendo por parte de algumas pessoas que estavam na festa que haveria uma festa Axé num bar ali próximo e que eu deveria me preocupar em sair um pouco mais cedo senão poderia ter problema na passagem em frente ao bar da festa , no caso Asa Beach – Pablos bar. Procurei sair da minha festa em torno de 17 h. Eis que me deparo com uma multidão de pessoas em frente ao bar. Já tinha gente bêbada naquela hora , outras com garrafas de bebida nas mãos e o que mais me chamou atenção: Não saíam da frente do carro, demonstravam violência e ainda contavam com a inércia dos guardas de trânsito que estavam papeando e gargalhando em nossas frentes. Ficou caracterizado que estamos vivendo numa terra sem lei e sem ordem. O que vale é festa, droga, cachaça, circo, pão e bolo onde se enganam os tolos. Não sou contra festa e muito menos que as pessoas deixem de beber, pois eu bebo, só que tenho respeito e sei dos direitos de todos e o meu. Não aconteceu uma tragédia ou desgraça porque eu e minha esposa fomos buscar no fundo das nossas virtudes o que tinha de resto em nossas mentes: Paciência e educação”.

 

Indignação de um leitor: Sergipe sim

De um leitor: “Domingo, 23/09, o quadro Vô, Num Vô, do humorístico Pânico na TV, foi realizado nos bastidores do Concurso Miss Brasil Mundo 2007. Para minha mais completa decepção, a representante (?) do nosso Estado, embora estivesse abraçada pela faixa de SERGIPE, afirmou que “era só representante do Estado”, mas que “pertencia mesmo ao Espírito Santo”. Nada de mais, mas precisava fazer a descortesia? Se era tão vergonhoso ser representante por  SERGIPE,  que fosse disputar no seu Estado de origem. Seria mais honesto. Espero que em concursos futuros, a naturalidade da candidata seja uma exigência. Acho que Sergipe não precisa importar beldades. Aqui temos em abundância e, certamente, mais sensatas. Chega de fulaninhos ou fulaninhas se fazerem por aqui e depois darem sotaque diverso à vitória. Acho que só o velho Maguila tem orgulho em revelar sua naturalidade sergipana. Parabéns a ele e repúdio às “celebridades” que, repito, se fazem por aqui, mas no púlpito esquecem do braço acolhedor de Sergipe. O que escrevo não é xenofobismo, tanto que considero legítimo qualquer um se estabelecer em qualquer unidade federativa. Mas se for representar essa unidade, que de fato a enalteça, pelo menos, em sinal de agradecimento. É salutar, faz bem”.

 

Frase do Dia

“As pessoas mudam tanto quando se ferem o suficiente que precisam mudar, ou quando elas aprendem o suficiente para quererem mudar, e receberam o suficiente para serem capazes de mudar”. John Maxwell.

 

 

 

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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