Políticos costuram acordão para 2022

Situação e oposição sergipanas começam a conversar em torno de um acordão político para 2022. É visível a movimentação da classe política nesse sentido. Nos últimos dias, o ex-deputado federal André Moura (PSL), uma das principais lideranças oposicionistas, tem sido incensado por ambos os lados. O que se ouve e ler na imprensa é que o distinto pode ser a salvação da lavoura, pois enquanto deputado federal foi quem mais carreou para Sergipe recursos do Orçamento da União. Até o governador Belivaldo Chagas (PSD), responsável pela costura da chapa majoritária da situação, tem rasgado elogios a Moura, demonstrando já ter curado as feridas abertas entre ambos na campanha de dois anos atrás. Nem mesmo a acachapante derrota sofrida pelo líder do PSC na disputa para o Senado, em 2018, é lembrada pelos arquitetos do acordão. Estes também esquecem o elevado índice de rejeição de André Moura e os processos que ele responde na Justiça. Na cabeça de quem defende um acordo entre oposição e situação conta muito mais uma campanha eleitoral barata e o baixo risco de derrota nas urnas, pois os chamados bons de votos estariam no mesmo palanque. Isso, é claro, se o acordão feito longe do povo, não for rejeitado nas urnas, como já ocorreu no passado. Marminino!

Prisão condenada

O senador Alessandro Vieira (Cidadania) discordou da prisão em flagrante do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. “Não concordo com nenhuma das afirmações do deputado Daniel Silveira, reincidente em atos ofensivos contra pessoas e instituições, mas não se deve admitir que, a pretexto de combater abusos verbais, se cometa grave abuso judicial. Mais uma vez Moraes rasga a lei que jurou defender”, afirma Vieira. Então, tá!

O feito à ordem

Por sua vez, o deputado federal Fábio Mitidieri (PSD) reprovou a atitude do colega de parlamento Daniel Silveira (PSL-RJ). De acordo com o sergipano, “imunidade não é impunidade. É preciso respeito ao próximo, respeito aos poderes, ter decoro. Estamos vivendo tempos difíceis. Todo mundo se agredindo e achando certo, achando bonito. Isso tem que acabar. Tem que chamar o feito à ordem. Precisamos moralizar esse país. Já deu!”, alertou. Mitidieri está certíssimo!

Sem líder

O prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) ainda não escolheu seu líder na Câmara de Aracaju. Os nomes mais citados para ocupar o posto são os de Isac Silveira (PDT) e Professor Bittencourt (PC do B). Na legislatura passada, o prefeito foi liderado no Parlamento pelo vereador Vinicius Porto (PDT), porém o pedetista não pode retomar o cargo porque agora é vice-presidente da Câmara. Aguardemos, portanto, uma definição de Edvaldo. Vixe!

Defesa dos bichos

Defensora dos animais, a deputada estadual Kitty Lima (Cidadania) tem defendido que o governo de Sergipe fecha o Zoológico de Aracaju. Segundo a parlamentar, os bichinhos encarcerados no Parque da Cidade vivem estressados porque são mantidos em espaços pequenos, “bem diferentes do habitat natural”. A deputada adverte que o sofrimento dos animais não pode ser visto como diversão. Kitty Lima garante ser grande o número de pessoas preocupadas em acabar com o cativeiro do Parque da Cidade. Danôsse!

Quaquaraquaquá

Veja o publicou, outro dia, um coleguinha colunista: “Ao que parece, cada um dos 75 municípios sergipanos terá a sua academia de letras. Depois virão as academias por bairros e por rua. E Sergipe se tornará um paraíso acadêmico”. É, pode ser!

Contra as armas

E o senador Rogério Carvalho (PT) pediu mais atenção das instituições democráticas aos gestos de Jair Bolsonaro (sem partido), que colocam a democracia em risco. Preocupado com os quatro decretos que ampliam armas e munições para a população, o petista alerta que o presidente tenta armar a população para manter o seu projeto de poder. “Enquanto os decretos vigorarem, ele arma a população. Precisamos ser rápidos”, cobrou Rogério. Crendeuspai!

Cadê os ônibus?

A redução da frota de ônibus verificada em Aracaju durante o Carnaval foi criticada pelo vereador Ricardo Marques (Cidadania). Segundo ele, com menos coletivos circulando na cidade, aumentou a superlotação e, por consequência, o risco de os passageiros contraírem a covid-19. O cidadanista frisou que, ao aceitar que as empresas reduzissem a frota, a Prefeitura permitiu o desrespeito aos protocolos sanitários, numa ameaça à saúde dos rodoviários, comerciantes, empregadas domésticas, garis, servidores públicos, etcétera e tal. Misericórdia!

Obras demoradas

A reforma física do prédio da Câmara de Aracaju só deve ser concluída no final de março ou mesmo em abril deste ano. Esta previsão foi feita pelo presidente do Legislativo, vereador Nitinho Vitale (PSD). Segundo ele, a pandemia da covid-19 e as chuvas do ano passado atrasaram as obras. O presidente garantiu que enquanto o prédio, localizado no centro da capital, não fica pronto, as sessões plenárias vão continuar sendo virtuais. Ah, bom!

Chuvas a caminho

O Centro de Meteorologia de Sergipe está alertando para a ocorrência de chuvas fortes em todo o estado nas próximas 48 horas. As precipitações devem atingir entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, com ventos intensos de 40-60 km/h. As instabilidades devem ocorrer no período da manhã com mais intensidade nas áreas litorâneas e, a partir do fim da tarde, podem se deslocar para a região Oeste. Segundo o alerta, há risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas. Oremos!

Sonhando alto demais

O deputado federal Valdevan Noventa (PL) segue alimentando o projeto pessoal de disputar uma cadeira no Senado em 2022. Com frequência, a assessoria do dito cujo divulga na imprensa textos sobre a sua provável candidatura majoritária. Revela que Noventa centralizará o discurso de campanha nas emendas do Orçamento da União liberadas por ele para os municípios sergipanos. Há quem garanta, porém, que se Valdevan não abrir os olhos corre o risco de nem concluir o mandato de deputado, pois o processo em andamento na Justiça contra ele pode não apenas cassa-lo como torna-lo inelegível. Cruz, credo!

Recorte de jornal

Publicado no jornal aracajuano O Estado de Sergipe, em 15 de janeiro de 1936

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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