Prender pra quê?

É muito difícil convencer a vítima de um ladrão preso em flagrante que a lei 12.403/2011 manda soltá-lo após a fiança arbitrada pelo delegado ser paga, muitas vezes com o dinheiro furtado horas antes. O cidadão, que já não acredita na Justiça, fica possesso ao ver o bandido sair junto com ele pela porta da frente da delegacia. Ao incrédulo só resta perguntar: “Prender pra quê, se o soltam horas depois para ele voltar a delinquir?”. E quem garante que ao ganhar a liberdade, o malandro não vai atacar novamente a vítima? Tomara que os críticos dessa lei que alterou o Código de Processo Penal estejam errados, porém tudo leva a crer que essa sensação de impunidade fomente ainda mais a criminalidade que tanto assusta um cidadão de bem.

Bajulação

Pergunte a qualquer sergipano de cultura mediana quem é o deputado federal Marcos Maia, onde ele nasceu e o qual o benefício que este cidadão fez a Sergipe. Pois o governo estadual organizou uma sessão solene na Câmara Federal para homenageá-lo com a Medalha do Mérito Aperipê, no grau máximo, a Grã Cruz. Esse tipo de bajulação só causa revolta ao cidadão comum, que contribui com o pagamento de impostos para o crescimento do Estado. Ah! Marcos Maia (PT/RS) é o presidente da Câmara.

E o povo, ó!

Políticos sergipanos, assessores e agregados fizeram a festa ontem em Brasília. Depois da sessão solene na Câmara Federal para celebrar os 191 anos da emancipação política de Sergipe, todos participaram de concorridos almoço e jantar. Os mais animados entornaram generosas doses de bons uísques. Êita gota, como deve ser bom fazer parte da enturragem. Enquanto isso o povo, ó!

Que fuleragem!

Uma auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que o governo federal, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), gastou R$ 14,4 milhões para custear tratamentos ambulatoriais de alta complexidade e internações de pessoas mortas. De acordo com o relatório, foram encontrados nomes de 5.353 pessoas que morreram antes da data registrada do início dos tratamentos ambulatoriais, que custaram R$ 5,48 milhões ao contribuinte. Durma com um barulho desse!

Circo sem pão

Levantamento feito pelo site Congresso em Foco mostra que o senador Eduardo Amorim (PSC) está entre os 10 parlamentares federais que conseguiram mais recursos públicos para as festas juninas deste ano. Sozinho, ele garantiu R$ 1,3 milhão para ajudar as Prefeituras na montagem dos arraiais e no pagamento das caras bandas de forró. O site informa ainda que o Ministério do Turismo já garantiu até agora o repasse de R$ 22 milhões para bancar as festas juninas. E ainda há quem fale em crise nesse país.

Chocolate

Até o próximo dia 17, as lojas do Bompreço e Hiper Bompreço promovem o Festival do Chocolate. O estoque do produto foi reforçado em mais de 20% para o período e a expectativa é ter vendas também 20% maiores em comparação ao ano passado. O mix de chocolates das unidades inclui produtos nacionais e importados, como o Kit Kat, um dos campeões de venda no Mundo e que há 17 anos não era vendido no varejo brasileiro.

Que horror

Quatro em cada 10 mulheres já foram vítimas de violência doméstica. O número consta do Anuário das Mulheres Brasileiras 2011 com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, feita pelo IBGE. De acordo com a Pnad, 43,1% das mulheres já foram vítimas de violência em sua própria residência. Entre os homens, esse percentual é de 12,3%. De todas as mulheres agredidas dentro e fora de casa, 25,9% foram vítimas de seus cônjuges ou ex-cônjuges. Uma lástima!

Dificuldade

Com o título acima, o jornalista Gilvan Manoel escreve hoje em sua coluna no Jornal do Dia o seguinte: “O novo secretário estadual de Direitos Humanos, Luiz Eduardo Oliva, vai enfrentar muitas dificuldades na gestão da pasta. Ao todo só tem oito cargos e a maioria com valor inferior a R$ 1 mil. A Secretaria sequer tem sede. Hoje ocupa uma salinha emprestada no auditório do Banese”. É, tá feia a coisa!

Posse na Deso

O ex-deputado estadual Wanderlê Correia (PMDB) toma posse às 10h de hoje na diretoria de meio ambiente da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso). O peemedebista substitui a bióloga Lílian Vanderlei, que deixa o cargo após quatro anos e meio de bons serviços prestados à estatal. A solenidade vai acontecer no auditório da Deso, ali na rua Campo do Brito, bairro 13 de Julho, e promete ser das mais concorridas.

Caatinga

O Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal disponibiliza R$13,8 milhões para apoiar projetos de recuperação de nascentes de água e de matas ciliares em bacias hidrográficas que servem ao abastecimento humano, para preservar a biodiversidade da Caatinga e para a gestão de resíduos sólidos. As instituições públicas ou privadas, sem fins lucrativos e com projetos de recuperação hídrica, têm até 5 de agosto para se inscrever e participar da seleção para bolsas entre R$ 200 mil e R$ 500 mil. O prazo máximo para execução do projeto será de 18 meses.

Do baú político

O blog transcreve hoje um caso narrado pelo paraibano Mário Américo de Moura Filho: “Sergipano, baixinho, gorduchinho, atarracado, ambicioso, o coronel Humberto de Melo era o chefe do Estado Maior da VIª Região Militar na Bahia, no golpe de 64. Bebia muito, detonava uísque. Udenista, tinha sido secretario de Segurança do governo Juracy Magalhães. O comandante da Região, general Manoel Pereira, era uma simpática e lerda rainha da Inglaterra. Humberto de Melo resolveu derrubar o governador Lomanto Junior, do PTB, e assumir o governo do Estado. UDN e PSD armaram tudo na Assembléia que, acovardada, já tinha numero de sobra para aprovar o impeachment de Lomanto. Marcaram sessão extraordinária para uma segunda-feira, à tarde. De manhã cedo, desce de surpresa em Salvador, de um avião militar, saído de Recife, com um punhado de oficiais, o general Justino Alves Bastos, comandante do IVº Exercito e chefe de Humberto de Mello. Foi direto para o Palácio da Aclamação e avisou: 'Vim almoçar com meu governador, que vai continuar governador'. E ninguém mais falou em derrubar Lomanto".

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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