Previsões 2006: erros e acertos

 

Para descontrair no final de semana as previsões de tarólogas, babalorixás e ialorixás publicadas nos jornais diários – Correio de Sergipe, Jornal da Cidade e Jornal do Dia – no primeiro dia deste ano. A maioria errou, mas alguns acertaram. Vamos as previsões:

‘As cartas deixam claro que uma mulher muito forte vai sim fazer a diferença na disputa eleitoral do próximo ano”. A declaração, feita no final do ano e publicada no jornal Correio de Sergipe do dia primeiro de janeiro de 2006 é da taróloga Cibele Lemos, que através das cartas de tarô fez uma série de previsões para 2006. As cartas de Cibele erraram feio, principalmente no que diz respeito à manchete “Mulher vai definir futuro político de SE”. Pelo que se sabe nenhuma mulher teve papel importante na eleição deste ano, pelo contrário, a senadora Maria do Carmo, que entrou como favorita para o Senado Federal por pouco não perdeu a disputa para José Eduardo Dutra.

 Mas Cibele Lemos errou mais nas previsões dela. Questionada sobre a possível vitória de João Alves ela afirmou que “existe uma possibilidade sim de ele sair vencedor do pleito”. E foi mais ainda quando o jornalista Habacuque perguntou a mesma se  Albano Franco e João Alves estariam juntos: “está aliança não deve se firmar não. Talvez eles até venham a conversar no início, maus eu vejo muitas transformações acontecendo e muitos cortes também”.

 Também no Correio de Sergipe do dia primeiro de janeiro, no Caderno Vida Especial, a taróloga, Rejane Rios fez previsões que não ocorreram. “No final, o governador João Alves será reeleito, mas com uma pequena margem de vantagem”, disse a taróloga, acrescentando que a candidatura de Deda seria prejudicada pelos escândalos envolvendo o PT em todo o País. Outra previsão de Rejane Rios: “Lula chegará até o final do mandato, mas não há chance de reeleição”.  Rejane errou todas na política, mas acertou quando disse que o Brasil não levava a Copa do Mundo.

 Já no Jornal da Cidade do dia primeiro de janeiro, numa matéria de Andréia Moura, a ialorixá  Mãe Angélica anunciou que o “futuro governador do Estado será um filho de Oxum, que por ser a rainha da beleza, da fortuna e da fertilidade, dará muita atenção às questões ligadas à saúde, à educação e ao desenvolvimento de todos os municípios. Será um comandante que distribuirá a bonança e fará Sergipe crescer”. Angélica acertou quando questionada sobre a inauguração da ponte Aracaju/Barra: “os búzios dizem que sim, embora cheia de problemas, que necessitarão de compromisso do gestor eleito para serem reparados. Eles (os búzios) dizem que serão problemas visíveis, inclusive no ato de inauguração e que não são corrigíveis de imediato, mas ao longo prazo”. Etá búzios danadinhos esses, acertaram tudo. Na mesma matéria do Jornal da Cidade, a ialorixá Mãe Marizete, a mais conhecida do Estado, foi comedida, e não jogou os búzios para saber sobre questões políticas e futebol. Registrou que o ano de 2006 passaria muito rápido e seus efeitos só serão visíveis a partir de 2007. “A alegria será contagiante, mas o peso da responsabilidade irá recair sobre os comandantes e comandados”, alertou Mãe Marizete.

  No Jornal do Dia, numa reportagem de Cássia Santana, publicada no dia primeiro de janeiro, o babalorixá Fernando Kasideran, previu que o governador João Alves Filho não disputaria à reeleição. “Segundo o pai-de-santo, os ifás não vêem sucesso na reeleição de João Alves e indicam que o governador fará a indicação de um outro candidato para enfrentar o prefeito Marcelo Deda na sucessão governamental”. Errou feio, mas acertou quando disse que o Brasil não ganharia a Copa do mundo e que Marcelo Deda seria vitorioso na disputa pelo governo do Estado. “O PT terá força em alguns Estados, mas perderá todo seu conteúdo em outros. Entre os poucos Estados em que o PT encontrará vitória está o nosso Estado de Sergipe. Sobre Lula, Fernando errou. “Não vejo possibilidade de vitória do presidente Lula se efetivamente ele decidir enfrentar a reeleição. Um novo nome surgirá e obterá a confiança da população brasileira”.

 

Entrevista dos integrantes do movimento Liberta-SE

A entrevista publicada na semana passada com três integrantes do movimento Liberta-SE (Genival Nunes, Luiz Eduardo Oliva e Alex Nascimento) repercutiu entre os leitores. Consideram a entrevista bastante clara com os três integrantes expondo pontos interessantes da campanha eleitoral. Este colunista aproveita para corrigir um erro. No final da entrevista quando o advogado Luiz Eduardo Oliva fala sobre a imprensa na campanha foi publicado o seguinte: “Mas temos a certeza que com Deda não será a mesma coisa é por isso que o momento é de liberdade e de libertação. Já disse “a” Deda no comício com Lula, sendo bíblico, esteja com a verdade e a verdade vos libertará”. Este final “Já disse “a” Deda no comício de Lula…” na verdade o que Luiz Eduardo Oliva disse foi “Já disse Deda, no comício de Lula, sendo bíblico:”-esteja com a verdade e a verdade vos libertará”. Ou seja, ele apenas repetiu o que Deda disse no palanque no comício de Lula, onde Eduardo Oliva esteve presente, mas como eleitor, no meio do povo.

 

Eduardo Oliva foi apenas a voz de muitos

Este colunista entende que entrevista, o advogado Luiz Eduardo Oliva, bastante conhecido por sua atuação forte nas áreas política, jurídica e cultural de Sergipe apenas foi o porta-voz de vários profissionais liberais deste Estado que ficaram estarrecidos com a forma como foram usados vários meios de comunicação, inclusive alguns, que sempre foram bandeiras da liberdade de expressão. Não adianta patrulhamento profissional e até mesmo misturar amizade com o sentimento que ecoa daqueles sergipanos que se sentiram amordaçados na campanha eleitoral. Acredite, caro leitor, tem muita gente que ainda tenta arranjar desculpa para o inexplicável que ocorreu em Sergipe. Aí já é outra história…

 

João Alves e Albano Franco: aliados que não se falam

Deu no NeNoticias ontem:Está confirmada a informação publicada ontem, com exclusividade, por Ne Notícias. Desde que tomou conhecimento do resultado das eleições do último dia 1º, o governador João Alves Filho (PFL) tem evitado conversar com o deputado federal eleito Albano Franco (PSDB). Nem mesmo por telefone, eles têm conversado.Em sucessivos encontros com auxiliares, João Alves não se cansa de repetir que não houve reciprocidade de Albano. Ou seja, o tucano seria um dos responsáveis por sua derrota para o “mauricinho” Marcelo Déda (PT).Uma das chateações do atual governador é com o comportamento de Albano, que não tomou as decisões que, na sua avaliação, teria que tomar, durante a campanha eleitoral contra os deputados estaduais Ulices Andrade, Luiz Mitidieri e Jorge Araújo e o ex-deputado José Teles de Mendonça, que votaram em Déda”.

 

Obras eleitoreiras na Deso

Deu no boletim do Sindisan desta semana: “Mais um fato vem comprovar como o governo do estado usou a Deso para “tirar dividendos” eleitorais. No Almoxarifado da Deso pode ser visto agora o retorno dos tubos que foram apresentados para as obras no interior do estado, especificamente no programa Água em Toda Casa. Passaram as eleições acabaram as “promessas”.

 

Cohidro sem telefones e diárias atrasadas

Ainda no boletim do Sindisan: “Os trabalhadores da Cohidro estão privados até de se comunicar. É um problema antigo. Os telefones não funcionam. Já houve momentos que a empresa teve as linhas telefônicas cortadas por falta de pagamento. Fato que mostra o quanto foi priorizada a empresa na atual gestão.Outra questão que também tem causado problemas para os trabalhadores da Cohidro refere-se aos constantes atrasos no pagamento das diárias para viagens. Enquanto quem trabalha tem diárias em atraso, apadrinhados gozam de interiorização sem ir para o interior”.

 

Dia da Sergipanidade terá homenagens

Será realizada nesta terça-feira, às 17 horas, no auditório do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe – no centro de Aracaju –  a solenidade comemorativa do Dia da Sergipanidade, quando serão concedidos os diplomas de Sócios Honorários ao professor Manoel Cabral Machado e ao escritor Jackson da Silva Lima. A homenagem será prestada pela diretoria do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe.

 

Poder da mídia como formadora de opinião I

Dando prosseguimento ao debate aberto ontem com a publicação do artigo “Opinião x Fonte de informação” o leitor Narcizo Machado Filho fez a seguinte avaliação: “A sociedade deve si imbuir nessa discussão, até para melhor refletir sobre o poder da mídia como formadora de opinião. A imprensa tem uma responsabilidade social muito grande e deve contribuir para o crescimento cultural do receptor, que na verdade é o grande consumidor. Mas parte dessa mídia faz o inverso, o que apresenta é falso, é fabricado e nesse  ponto  é importante saber e conhecer quem faz, para se ter o diferencial. Segundo Thompson a mídia é uma comunicação de massa que afeta grande numero de pessoas, incluindo ela numa sociedade moderna”.

 

Poder da mídia como formadora de opinião II

Por isso, prossegue o leitor, “os integrantes da mídia deve entender que vive no mundo da revolução da comunicação, tendo seu inicio no século XIX e se perpetuando até o presente dia, propondo mudança sócio econômica e política cultural. Partindo dessa premissa, não é aceitável o que ouvimos e lemos na mídia sergipana ao longo dos tempos, entendo que esses profissionais devem aperfeiçoar-se e ter como norte os ensinamentos de Thompson que diz que a mídia estimula novas formas de ação e de interação no mundo social, novos tipos de relações sociais e novas maneiras de relacionamentos, assim fazendo se tem à certeza que melhores formadores de opinião surgiram”.

 

Privatizar – É mesmo um mal? I

Dentro da linha democrática da coluna de publicar vários posicionamentos dos leitores, uma análise do leitor Hugo Rocha sobre as privatizações: “Hoje em dia, pessoas que não sabem o que significa a palavra privatizar, alardeiam radicalmente contra as privatizações, apenas por seu candidato ser contra, no momento, as privatizações. Mas será que privatizar é realmente um mal! Vejamos, a telefonia foi privatizada, a distribuição de energia elétrica foi privatizada, e algumas empresas deficitárias foram privatizadas e, o resultado, qual foi? Tomemos como exemplo a Companhia Vale do Rio Doce. Foi privatizada e hoje é a terceira maior mineradora do mundo. Como estatal estava quase falida por falta de investimentos.Tomemos outro exemplo relativo a telefonia, o número de telefones instalados, sem falar da telefonia celular, coloca o país entre os primeiros do mundo em número de telefones instalados. Se ainda fosse estatal, estávamos na era do telefone de manivela.Outro exemplo é relativo à distribuição de energia elétrica. A qualidade da prestação do serviço e o número de pessoas atendidas quadruplicaram nos últimos anos. Reflexo de investimentos. Quando era estatal, não havia recolhimento de impostos, eram dirigidas por pessoas que nada entendiam do ramo, e qual o governo municipal, estadual ou federal que pagava suas contas. Lembre-se que, só sofremos apagão, por falta de investimentos governamentais em usinas geradoras. E a falta de investimento continua e especialista já constatam que sofreremos novos apagões”

 

Privatizar – É mesmo um mal? II

Prossegue Hugo Rocha:Agora fica a questão: os impostos que estas empresas estão gerando, já pagaram em quantas vezes os prejuízos que elas viam causando ao contribuinte? Em alguns casos, se elas fossem repassadas sem custo algum, de graça mesmo, já estaríamos no lucro. Agora veja bem o perfil de quem é contra a privatização. Ou é um alienado (tipo povinho massa de manobra) ou um funcionário de estatal beneficiado pelo corporativismo.Vejamos um cidadão comum, que trabalha em uma empresa privada e ganha R$ 5.000,00 por mês. Do seu salário é descontado imposto de renda e, evidentemente de todos, a contribuição previdenciária. Quando ele se aposentar, depois de trinta e cinco anos de contribuição, ele receberá o salário da previdência que não chega a 50% do que ele recebe na ativa.Vejamos um funcionário de estatal. Se ele ganha R$ 5.000,00 por mês, ao se aposentar ele receberá o salário da previdência e um complemento do fundo de pensão que equipará o seu salário, ao salário do funcionário da ativa que esteja exercendo a mesma função que ele exerceu. Terá sempre um reajuste salarial tipo “gatilho”.Leiam qualquer jornal ou revista ou pesquisem na internet quanto o governo tem investido nos fundo de previdências destas estatais só para cobrir rombos. Só no fundo da previdência da Petrobrás, ultrapassa a casa de um bilhão de reais no atual governo. E sabe de onde vem este dinheiro. Do funcionário comum que desconta imposto na fonte. Claro que é descontado também do funcionário estatal, mas, os benefícios de retorno são extremamente diferentes.

 

Privatizar – É mesmo um mal? III

Conclui o leitor: “Para ter acesso a saúde de qualidade o funcionário comum tem que contratar uma previdência privada que não inclui, atendimento odontológico. O custo deste “mimo” não é bom nem falar. O funcionário estatal tem um desconto em folha, quase insignificante, e, a estatal entra com a diferença para garantir o plano de saúde que inclui, entre outras vantagens, plano odontológico. Conheço casos em que o plano de saúde do Banco do Brasil cobriu até, lipoaspiração. Os planos privados não cobrem cirurgias estéticas. Então, alguém acha que este funcionário de estatal vai ser favorável a privatização? Perder os privilégios? Jamais? E o que nós, pobres e insignificantes mortais lucramos com isto? E, por fim, se estivessem privatizados, o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste, a CEF, a Petrobrás, os Correios, a CHESF, Furnas e outras, onde o atual governo iria retirar dinheiro para montar o maior esquema de corrupção que o Brasil já viu. Portanto, para o Brasil, principalmente para a grande maioria dos brasileiros, privatizar é um bem extremamente necessário. Teremos mais impostos arrecadados e mais transparência nos investimentos”.

 

Eleitor de Almeida decepcionado com senador I

De um eleitor (ou ex?) de Almeida Lima:Caro Senador José Almeida Lima, fui seu eleitor no pleito de 2002, votei em Vossa Excelência por enxergar na administração em que o senhor fez, no curto espaço de tempo, na Prefeitura de Aracaju, lhe credenciaria para assumir o cargo de Senador da República. Nunca votei por favor a ninguém, pois sempre procuro e ganho algo devido a minha competência. Sou admirador de sua postura no Senado, principalmente nas denúncia contra o Deda, no caso dos capins, bem como de suas propostas de redução do numero de legisladores no país, principalmente na esfera municipal.

Porém fico triste em ver que na sua ultima analise escrita na semana passada, o senhor foi deveras tendencioso contra o PT e claramente apoiando ao Governo de Sergipe.

 

Eleitor de Almeida decepcionado com senador II

Prossegue o eleitor: “Quando afirma que as pesquisas deram errado, o senhor apenas mencionou a pesquisa em âmbito federal, mas esqueceu de forma errada de mostrar a população, seus eleitores, e a enorme quantidade de pessoas que lêem seus artigos, que o maior escândalo ocorreu no Estado de Sergipe, onde diversos institutos de pesquisas trabalharam para eleger o atual governador, dando pesquisas absurdas inexistentes e que a maioria da imprensa não teve a coragem e a ética em negar que algo desse tipo acontecesse em um estado como o nosso. Em minha opinião, o que aconteceu em nosso estado em relação a pesquisas, ao trabalho desenvolvido pela imprensa financiada pelo Estado, deveria ser alvo de um pronunciamento de Vossa Excelência, pois sempre foi assim que age o senhor, e é assim que eu espero que o senhor continue a agir. Obrigado, e aguardo resposta”.

 

Frase do Dia

“O tempo é sucessivo porque, tendo saído do eterno, quer voltar ao eterno. Quer dizer, a idéia de futuro corresponde ao nosso desejo de voltar ao princípio. Deus criou o mundo. E todo o mundo, todo o universo das criaturas, quer voltar a este manancial eterno que é intemporal, não anterior nem posterior ao tempo, mas que está fora do tempo”. Jorge Luís Borges.

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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