Problemas da Amazônia

 Organização das Nações Unidas (ONU) afirma estar muito preocupada com as informações dadas pela Fundação Nacional do Índio (Funai) de que haveria plantações de coca em tribos indígenas do País e estima que o fato deve servir como um sinal para que a fiscalização na região seja reforçada.

 

O Exército confirmou que encontrou hectares ocupados com pés da droga na região de Tabatinga (AM). Os 7 mil pés de coca encontrados são um sinal de que o governo precisa ficar de olho no que está ocorrendo para evitar que esse volume aumente.

 

Em meio à escalada do desmatamento que levou o governo federal a suspender o abate de árvores em 36 municípios e criar um esquema especial de fiscalização, a Amazônia Legal poderá ter sua área reduzida em até um quarto, caso dois projetos de lei que tramitam no Congresso sejam aprovados.

 

As propostas pedem a retirada de Estados da área. Os excluídos seriam Mato Grosso, principal foco do aumento da devastação medida pelo Inpe nos últimos meses de 2007, Tocantins e parte do Maranhão. Em toda a Amazônia Legal, as propriedades rurais precisam manter reservas de 80%, segundo a legislação.

 

O conceito de Amazônia Legal foi criado na década de 1950 pelo governo federal. A divisão foi feita para organizar investimentos e ações na floresta. Em 2001, uma medida provisória determinou que propriedades rurais nos Estados incluídos no conceito passassem a ter reservas naturais de 80%.

 

Quase um terço das terras da Amazônia Legal está em situação irregular ou indefinida. Apenas 4% da área é composta por propriedades particulares devidamente regularizadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

 

Existem 3,1 milhões de hectares de terras na Amazônia Legal nas mãos de estrangeiros. Essa área corresponde a 39 mil imóveis rurais, mas pode ser ainda maior. Isso porque no cadastro do Incra só existem registro de imóveis que tiveram os documentos apresentados por seus proprietários.

 

De acordo com a legislação brasileira, para um estrangeiro adquirir propriedades dentro do país, basta residir no Brasil e apresentar carteira de identidade ao escriturar a terra. No caso de empresas estrangeiras, é necessária apenas uma autorização para funcionar no país. Mas o tamanho dessas propriedades é limitado, conforme o estado e o município onde estão localizadas.

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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