As aventuras de um consumidor no Brasil Protestando contra o carro com defeito A história de hoje narra a aventura de Consuminho para demonstrar a sua insatisfação com o carro zero quilômetro recém adquirido, devido aos constantes defeitos apresentados e a falta de solução pela concessionária e a montadora. Consuminho é uma pessoa pacata, procura pesquisar sobre o produto antes de compra-lo, mas diante da campanha publicitária do lançamento de um carro, sentiu-se atraído a comprar o modelo. Ao ligar a televisão, ler jornal ou ouvir o rádio, lá estava a tal campanha sobre o veículo. Para completar, também era abordado nas ruas pelos outdoors. Assim, não deu outra, ficou tão fascinado pelo carro que terminou antecipando a troca do seu veículo a qual estava programada para o outro ano. O carro realmente era muito bonito e o seu design era moderno e atraente, porém, nem tudo são flores. Na primeira noite, acordou com o alarme do carro que disparou e como não desligou na chave, teve que soltar o cabo da bateria para o alarme parar de tocar. Com as chuvas do inverno, começou a sentir um cheiro estranho, não sabia do que se tratava. Pacientemente, levou o veículo para a concessionária autorizada. E assim foi a primeira vez, a segunda, terceira, quarta, quinta, sexta, sétima……e nada de solucionar o problema. Descobriu-se que o cheiro era do carpete molhado devido a infiltração de água no carro, provavelmente decorrente das chuvas. Foram feitas várias tentativas, nenhuma solução. Cada vez que o carro era aberto, voltava com um problema diferente além da infiltração. Era o vidro que não levantava, era um barulho provocado pela folga do acabamento que já não encaixava mais como antes etc. Consuminho já não agüentava mais. A montadora enviou engenheiros para examinarem o carro, mas nenhuma solução foi apresentada. Frustrado, Consuminho consultou o Código de Defesa do Consumidor, descobriu que tinha direito à restituição do valor pago devidamente corrigido e solicitou a restituição. Não queria a substituição veículo, pois não confiava mais na montadora nem na concessionária. O seu pedido foi recusado pela montadora e pela concessionária. Diante da recusa, pegou todas as ordens de serviço e registrou uma reclamação no Procon. Como os fornecedores não compareceram a audiência, ajuizou uma ação na justiça, mas Consuminho não parou por aí, ele queria mostrar àqueles fornecedores o quanto estava insatisfeito com eles e com o tratamento sempre descortês que lhe foi dispensado durante todo esse período. Lembrou que a única vez em que foi bem recebido na concessionária foi no momento de comprar o carro. Consuminho colocou uma plotagem na lateral do carro e no vidro traseiro alertando os outros consumidores: “não compre, é uma porcaria!”. Nos vidros laterais fez constar a quantidades de dias sem solução e de vezes que o carro foi levado à concessionária. Para completar, deixava o carro estacionado na avenida de maior movimento da sua cidade. Antes da audiência, Consuminho foi procurado e teve o seu pedido atendido. Faça você também como Consuminho e exerça o seu direito. Agindo assim, estará contribuindo para a melhoria da qualidade das relações de consumo.
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