PROTOCOLO DE KYOTO

O Protocolo de Kyoto é o único acordo mundial prevendo limitações à emissão de carbono. Ele deixa de vigorar em 2012. Atualmente, ele obriga 35 nações industriais a cortarem as emissões de gases geradores do efeito estufa para 5% abaixo dos níveis de 1990.

 

O Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush retirou os EUA de Kyoto em 2001, argumentando que ele custaria empregos nos EUA e que excluía erradamente as metas de 2012 para países mais pobres, como a China. Assim, os EUA nunca ratificaram o Protocolo de Kyoto.

 

A China deseja um maior envolvimento dos EUA e dos outros países ricos no enfrentamento de um problema que, segundo o país asiático, é provocado por séculos que esse bloco de nações passou queimando combustíveis fósseis.

 

Nações em desenvolvimento que se industrializam rapidamente, como  China e Índia, têm freado o aumento das emissões de gases geradores do efeito estufa num nível superior aos cortes totais exigidos das nações ricas pelo Protocolo de Kyoto.

 

“Esforços realizados por países em desenvolvimento (Brasil, China, Índia e México), por razões outras que a mudança climática, reduziram o crescimento de suas emissões, ao longo das últimas três décadas, em aproximadamente 500 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano”, segundo um esboço técnico visto pela agência de notícias Reuters.

 

Recente relatório divulgado pela ONU sobre aquecimento global afirma: Que sem um combate mais efetivo às mudanças climáticas e/ou a adoção de políticas de desenvolvimento sustentável, as emissões globais de gases do efeito estufo (GHG) continuarão a aumentar nas próximas décadas. – Que as emissões globais de gás carbônico (CO2) estão previstas para aumentar em mais de 40%, no mínimo, entre 2000 a 2030. Grande parte desse aumento deve vir dos países em desenvolvimento. – O setor de transporte é motivo de grande preocupação já que vem aumentando o uso de carros e aviões, o que resulta em uma elevação das emissões de gases do efeito estufa. – O setor agropecuário também preocupa. A demanda global por alimentos deve dobrar até 2050, provocando a adoção cada vez maior de práticas de produção intensiva. Além disso, o aumento previsto no consumo de produtos animais deve elevar as emissões de metano e dióxido de nitrogênio.

 

O relatório diz, também, que os níveis de GHG podem ser estabilizados por meio do uso de uma variada gama de tecnologias que já estão comercialmente disponíveis e de tecnologias que devem passar a ser comercializadas nas próximas décadas. Isto inclui a adoção de combustíveis alternativos, a construção de prédios e casas mais eficientes e a utilização de materiais de construção e de iluminação mais eficientes, além da adoção práticas e instrumentos agrícolas mais eficientes.

 

Ainda de acordo com o relatório, para estabilizar os níveis de concentração de gases do efeito estufa na atmosfera em algo entre 445 e 535 ppmv do equivalente em CO2, os custos ficariam em menos de 3% do PIB global.

 

A ONU estuda ainda compensar a luta contra o desmatamento com um mecanismo similar ao aplicado aos direitos de emissão de CO2.

 

O protocolo de Kyoto estabelece os denominados Mecanismos de Desenvolvimento Limpo, que permitem às empresas descontar suas emissões de CO2 os investimentos em energias renováveis realizadas em países em desenvolvimento. De forma similar, o desmatamento evitado compensaria economicamente as atuações em reflorestamento em função do voluma deCO2 que a vegetação protegida fixa da atmosfera.(Ambientebrasil)

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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