Publicamente; para não errar de novo!

Adquiri uma passagem dupla (Machado/Odilon e Machado/Tereza), ida e volta São Paulo Guarulhos, pedido 398UE5 e fui induzido a um erro involuntário, por conta da TAM que insere o aeroporto de Viracopos, num canto despercebido do ícone de sua página de vendas online, como se ida e volta não implicasse mesmo destino de chegada e partida.

 

Só na TAM online pode-se imaginar uma passagem de ida e volta, com destinos distintos. Eu saio de Aracaju com destino a São Paulo, capital, desço em Guarulhos, mas na volta tenho que embarcar em Viracopos-Campinas que eu não sei onde fica, nem como lá se chega.

 

E isso é ida e volta? É! Diz a TAM online. Eu sairei de Aracaju e vou voltar para a Aracaju, nem que seja peralteando na caixa prego ou onde Judas sujou os fundilhos. Roteiro que me felicita porque bem seria pior se eu fosse com ida e volta até Belém, e o meu retorno partisse de Santarém, Altamira, sei lá, ou da Ilha de Marajó, sem barco e sem translado, odisséia bem maior.

 

Ah, estes idiotas da objetividade que concebem os sites online para compra via internet e induzem a erros desta natureza.

 

Porque todo mundo sabe que não existem computadores inteligentes, sobretudo quando aqueles que os programam não sabem ainda o que seja uma viagem com ida e volta entre os mesmos locais.

 

E muito menos insinuar ser Viracopos um campo de pouso para os destinatários de São Paulo, a capital. Por acaso é algo igual ou equivalente, por cambiável em boa opção, Guarulhos, Congonhas e Viracopos, serem meras opções para atingir a paulicéia desvairada?

 

Pensar assim é confundir alguns ovos mal frigidos com os próprios ovos, dolosa e dolorosamente bem chutados.

 

Porque só pensando assim; em desvario, por loucura e ignorância ou piada paulistana, dizer que Campinas é igual a Guarulhos, só porque cidades interioranas paulistas.

 

É até um atentado contra Campinas, porque Guarulhos é cidade-aeroporto, cidade-dormitório da Grande São Paulo, enquanto Campinas tem massa crítica, história e tradição de política e pensamento. Campinas é destinação, não é entroncamento, mera escala de baldeação como Guarulhos, um desafogo de aviação para os que se destinam à urbe paulistana.

 

Mas, parece que a TAM quer imaginar Viracopos enterrado em São Paulo – capital, envolvendo-o no mesmo ícone. E assim a confusão, prejudicando o usuário, levando-o ao descaminho como mala perdida.

 

E eu sem desejar visitar Viracopos fui para lá desviado, sem traslado e sem companhia.

 

Eu, que de virar copos só simpatizo com os que bem sabem virar; copos de cerveja, copos de uísque, de leite ou de refresco. Vejo-me agora tendo que suportar outros copos vazios, como algumas cabeças tolas, medíocres e miúdas, em parvoíce de perus e faisões, que não distinguem nem chegadas, nem partidas, e nos confundem e nos induzem ao engano, como foi o caso da TAM, me exigindo no conserto um novo custo de R$139,00 para retificar cada passagem.

 

E aí eu me volto para Viracopos. Porque eu não sei onde fica Viracopos e a TAM me quis lá num destino ida e volta para São Paulo, a capital.

 

Como se pode colocar em um destino ida e volta, repito, até por obsessão, terminais distintos de chegada e partida tão diferentes por distantes como Guarulhos e Viracopos, tentando entender a lógica de uma compra casada da ida com a volta?

 

Só seria compreensível, uma mudança radical de discrepância entre o ponto da chegada e o da partida se a passagem fosse adquirida no contexto só de ida, com a volta adquirida, separadamente, sem vínculo. Porque só assim a volta poderia possuir um retorno aleatório, e isso não poderia jamais ser confundido com ida e volta, pura e simples.

 

É como se nas raias do absurdo um lama tibetano comprasse uma passagem ida e volta entre Lhasa e Aracaju, desembarcasse no nosso aeroporto Santa Maria, e no retorno tivesse que pegar o vôo em Santa Maria lá no Rio Grande do Sul. Não estaria o lama tomando na lama e no azul?

 

Fácil! Pertinho daqui, quase na esquina!

 

Pois é! Comprei a passagem com dois meses de antecedência. Na semana em que vou viajar imprimo o comprovante e Tereza, minha mulher, o anjo que não me permite esquecer os horários, os compromissos e os roteiros dos comprimidos e remédios, descobre que nos venderam uma visita inusitada a Viracopos, numa viagem Aracaju-São Paulo, ida e volta, repito, levado a erro pela TAM online.

 

E assim fomos à loja da TAM para a retificação. Tivemos que pagar R$139,00 reais por passagem; R$80,00 pela simples mudança, como se fora uma opção de desejo, e mais R$59,00 por diferença de tarifa.

 

Quanto à reclamação, eu devo telefonar para 0800123200, esperar que dê linha, falar com uma máquina, nova versão do que antes se dizia para reclamar ao bispo.

 

Se hoje não é mais possível encomendar nem cadáver direto para o inferno, como bem o merecia o assassino dos “brasileirinhos” da escola Tasso da Silveira, no Rio, como posso condenar a TAM se ela não se vê em falha induzindo a compra de uma passagem ida e volta, em erro prejudicial à sua clientela? Que fazer senão espernear e ironizar contra quem nos tripudia e despreza?

 

Assim, redobremos os cuidados. A TAM é séria? É! Quem diz o contrário?

 

Paguei pelo erro. Só estou consignando o recibo, como tema.

 

É bom poder rir e se penitenciar dos próprios erros: publicamente; para não errar de novo.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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