Quando o Não é Sim

Quando o Não é Sim
Esta campanha do referendo foi uma farsa. Não deveria ser para não. Sim para sim. A pergunta foi mal formulada. Não quero armas. Sim, quero armas. Brasil, país de analfabetos e sanguinários só podia votar não. Quem teve um filho assassinado, um vizinho inválido por causa de uma arma de fogo, um filho morto dentro de casa porque o pai deixou a arma fácil, não votaria nunca a favor das armas. O ladrão entra na sua casa e leva a arma que você tem. Bandido vai estar armado sempre. Mas hoje o bandido é o cidadão de bem. Supõe-se. Vestido com a pele de cordeiro, o filho vai ao show armado. A Polícia Federal só deveria liberar arma pra pessoas com antecedentes criminais zerado e com estabilidade psíquica comprovada – se é que isso é possível. Mas o bom mocinho consegue que a PF libere e o seu filhinho sai atirando por aí – matando. Ninguém vai dizer depois que não pôde fazer nada. Quem pagará são nossos jovens – campeões, por faixa etária, em mortes por arma de fogo.

Francisco José dos Santos Neto
O Diretor de Ciência e Tecnoologia do Banese, Francisco José dos Santos Neto, é um dos poucos executivos que ainda possui  sensibilidade rara para a arte. Realizou o Prêmio Banese de Música, o Prêmio Banese de Literatura, além de publicar uma dezena de obras resgatando a nossa história. Francisco, conhecido como Chiquinho, empresta a sua experiência ao Banese, valorizando o que realmente é necessário, sem meias palavras e sem conversa miúda. Em época de Secretarias de Cultura que não realizam absolutamente nada, uma pessoa com este tirocínio para a Cultura, nos faz acreditar que nem tudo está perdido. (Foto)


São Lucas
A Clínica e Hospital São Lucas comemoram 36 anos de existência. Se for  ver a história desde o início, vamos encontrar o médico cardiologista José Augusto Barreto à frente desse hospital que é hoje um referencial para a América Latina. Discreto em tudo que fez e faz, José Augusto Barreto primou sempre pela ética e humanismo. Agora, ele entregou a parte administrativa ao engenheiro Paulo Barreto, seu filho, que tem uma visão de futuro extraordinária, e, quer em curto prazo, transformar a Clínica e Hospital São Lucas em excelência e qualidade.


Maria do Carmo
A Senadora Maria do Carmo, trabalha até muito tarde. Despacha, atende o público e liga pessoalmente para resolver os entraves burocráticos, que não são poucos. Está atenta a tudo.

Na Fizzy House
Uma loja chique, uma proprietária nem tanto. Leila Dantas da Fizzy House não nos recebeu. Disse que ia retornar e até hoje. Coisas de Aju.

Iolanda Guimarães
Iolanda Guimarães é daquelas mulheres inspiradora de poesia. Leve – como dizia – Vinicius de Moraes – ao se referir à beleza. Apesar da densidade do cargo que ocupa, uma juíza criminal – ela é o máximo em postura e polidez.

Presos no elevador
Murilo Guerra, arquiteto, reuniu seus ” verdadeiros amigos” para um jantar na última sexta-feira, em seu apartamento. Ao descer, Jackson Barreto, Augustinho Maynard, Solange, Joubert Moraes, o motorista de JB e outros ficaram presos no elevador por 20 minutos. Passado o susto, a Schindler chegou e libertou os aflitos. Não deu nem para lembrar dos quitutes feitos com tanto esmero pelo arquiteto-gourmet.

Posse concorrida
Joel Carvalhal Borges foi reempossado  à frente da Sociedade Sergipana de Oftalmologia, na Sociedade Semear. Médico renomado, de rara sensibilidade, quer buscar uma integração maior da Sociedade com a comunidade e o público. A história de Joel Carvalhal se entrelaça com sua dedicação à área, quase integral, e sua busca por uma maior revolução da Ciência e respeito às causas da oftalmologia. Lembrando Clarence Francis, o convite de posse é um chamamento à valorização da ética, do entusiasmo e à iniciativa. A diretoria reúne nomes gloriosos como o de Max Rollemberg Góes, Mário Ursulino, Haroldo Rollemberg e tantos outros. À Joel sucesso  e a luta por um compromisso social maior, que deve ser a
tônica da Sociedade de Oftalmologia num país de tantas desigualdades.

A posse de Luiz Eduardo Costa
A lágrima não roubou a cena. Conteve-se Luiz Eduardo Costa na posse na Academia Sergipana de Letras, onde ocupa a cadeira de número 14, que pertencia antes a João Evangelista Cajueiro. Uma tarde/noite cercada por amigos e admiradores. Vários ex-governadores, jornalistas da velha e nova guardas, além de  todos os acadêmicos presentes, quase  não tendo cadeiras para acomodar a todos.

Luiz Eduardo Costa é daqueles jornalistas que vai até o fim em seus ideais e propósitos. Chega a ser radical, às vezes, em posições que toma. Mas nunca sectário. Da geração de Paulo Francis, Hugo Costa, Orlando Dantas, Jânio de Freitas, Cláudio Humberto, Luiz Eduardo atira pra todos os lados – mas sempre dando crédito a quem realmente merece. No seu discurso, a lágrima foi contida e o coração não parou. Ao citar a mãe – professora sertaneja, no dizer do empossado, alma e coração saíram do corpo – resfolegou, engoliu e prosseguiu.

Lembrou Wladimir Herzog e Zezinho de Cazuza, jornalista vítima da ditadura e radialista assassinado em Canindé do São Francisco, onde Luiz Eduardo tem raízes fortes. Foi uma noite única. Carlos Britto, ao saudá-lo, lembrou Manuel Bandeira – com aquela polidez excessiva de Ministro.

Voltando à lágrima, Luiz Eduardo Costa mostrou que mesmo dono de uma pena Ácida, é extremamente sensível e graças as suas posições na vida, mantém-se fiel ao seu ideal de liberdade – em defesa dela – até o fim. Eliane Moraes estava atenta a tudo, mulher deslumbrante que é e companheira de Luiz Eduardo.

A voz de Luiz Eduardo Costa, sua secura na boca por uma anemia que ele diz ter – tudo foi extremamente glorioso e humano. Luiz Eduardo Costa recebeu às boas vindas na Academia Sergipana de Letras simples, humilde, inteiro – como sempre o foi. É alto. Pleno. Por isso estávamos todos lá para abraçá-lo, naquela tarde divisando a saída da cidade pelo Fórum Gumersindo Bessa, onde o carro atravessou quando já era noite.

As lágrimas que não jorraram – guardamos todas – dentro de nossas vidas. Luiz Eduardo merece.


Ivo Adnil no teatro
Acontece nos dias 26, 27 e 28 no Juca Barreto, no Cultart, a peça “Sal das Tempestades”, com interpretação do ator Ivo Adnil, que comemora cinco anos de sucesso da peça pelo Brasil. O preço é R$ 1,99 (um real e noventa e nove centavos) e acontece a partir das 20 horas.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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