“Deixe cada agonia para sua noite”. A frase dita pelo senador Almeida Lima, sobre a possibilidade de disputar o governo no próximo ano, traduz bem o que vive hoje cada homem público sergipano que tem como objetivo eleger-se ou reeleger-se nas próximas eleições. A angustia da incerteza sobre qual partido ou coligação é o melhor caminho para garantir “minha eleição?”; que cargo disputar? O de senador, de deputado federal ou estadual? Ou serei candidato a governador ou vice-governador? É um exercício mental e tanto. Talvez por isso são poucos os políticos que adquirem Alzheimer. (dizem que o exercício mental é um dos melhores antídotos para essa doença). Bom, vamos ao que interessa. Semana passada esbocei argumentos mostrando a possibilidade de quatro candidatos disputarem o Governo do Estado. O PT e aliados apoiarão Déda, o PSB pode aliar-se a Albano Franco e apresentar o senador Valadares, Almeida Lima está compondo com o chamado grupo do “comércio” na tentativa de viabilizar sua candidatura e o governador João Alves já se declarou candidato à reeleição. Mas, todos esbarram num detalhe chamado “momento ideal”. Exemplo: em 1994 o cavalo passou celado para o hoje presidente da Petrobrás, Zé Eduardo Dutra. Ele não perdeu a oportunidade e foi eleito senador. E, é disso que Almeida Lima está falando. “Se o cavalo passar celado, eu subo”, quando diz que “caso a oportunidade venha, não deixarei passar”. Tá todo mundo analisando a “oportunidade”. Uma delas será definida em setembro próximo, quando termina o prazo para quem deseja disputar a eleição se filiar ou trocar de partido. Quem der esse primeiro passo errado, corre o risco de ser derrotado antes do tempo, ou seja, antes do jogo começar. É por isso que tem tanta gente evitando falar sobre o assunto agora, para não perder o objetivo a ser alcançado. Mas, nos bastidores, tá todo mundo conversando com todo mundo. Podem anotar: Alguns deputados da base do governo do Estado se transferirão para partidos que lhe fazem oposição. Tudo quando setembro chegar, porque a partir daí o que vai contar é a máquina de calcular. “Onde tenho chance de me eleger”. Esse será o principal foco. José Araújo é jornalista
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