Que coisa absurda, estes “pardais” de Aracaju!

O noticiário fala em escândalo. Eita país safado! E quem não é safado tem de sê-lo porque os formadores de opinião assim o entendem e desejam.

 

Agora, por exemplo, é a indústria da multa de trânsito.

 

E quem está pagando as multas? Eu não estou. E dirijo pelos mesmos “pardais”, aplaudindo quem os pensou assim; eficientes e contundentes, estapeando a cara do infrator, assacando seu bolso contraventor.

 

Porque tem que ser assim, senão ninguém se educa, sobretudo o colunista de boa verve, mas que no trânsito é um criminal em perspectiva, nos seus excessos de velocidade, avanços indevidos de semáforos, estacionamentos desrespeitados, tudo ao bel prazer da sua irresponsabilidade marginal.

 

Ora! O furo é mais além! Respondem-me em baba ofídica.  O marginal é o outro! É o estado que resolve organizar o tráfego, usando a tecnologia e a modernidade, porque os agarrados no erro entendem que tudo pode ser bem resolvido com afagos e carinhos.

 

E educação não se faz assim, por livre e espontânea vontade, a critério do desejo e da opinião, sobretudo dos formadores de opinião, que tudo deformam e mal informam. Que o diga, sobremodo, a própria falência da educação; terrível!

 

Ou não está terrível, com o sistema de cotas das universidades referendando vergonhosamente o demérito, em avanços de vândalos e incompetentes, como se fora possível promover ilustração por decreto, revogando a lei dos graves; dos que voam como águias, e os de asadas de perus?

 

Mas, o mundo não para nem para os homens águias, nem os que bufam dando chabu. Daí a informática, as comunicações, as câmaras de vídeo e som, os censores e aferidores inexoráveis.

 

Dia virá que a vigilância surgirá via satélite, uma inevitabilidade Orwelliana, por sinal. Necessidade terrível, inclusive, porque sua vinda satisfaz sobremodo a nossa segurança, observando tudo, vigiando tudo, em perda imperativa da nossa própria liberdade.

 

Imperativo inelutável, porque os homens não são, nem querem ser santos, e muito menos desejam cumprir a lei e a regra.

 

E o brasileiro que o diga: com o seu célebre jeitinho, onde o gostoso é elidir, pisar na grama, furar a fila, dar uma “roubadinha”, como se diz na gíria espertalhona. Posar de Pedro Malazarte ou Cancão de Fogo, só para falar de velhos personagens, da nossa esperta brasilidade, tão cheia de bamboleios e gingas; com dribles fora de norma, rabos de arraia e banhos de cuia, só para enganar o sistema, e o seu incauto cumpridor.

 

Porque o terrível entre nós é querer ser sério ou agir com seriedade, sinonímia de mau humor e pouco riso, com todos gozando e gargalhando numa vantagem.

 

Certo? Que o diga a famosa lei do Gerson, tentando vender fumaça!

 

Mas, não tenhamos dúvida! Neste fogaréu contra os “pardais”, alguém está ganhando um trocado, um dividendo político ou o perdão de uma multa bem aplicada.

 

Ou então é por postura miserável de hiena; porque a coisa mais fácil nestes vis brasis é a denúncia vazia, o escândalo e a desconstrução; sucedâneos em carência dos terremotos e tsunamis que nos faltam. Imaginem se os tivéssemos!

 

Mas, os nossos abalos sísmicos são piores, por sistêmicos e continuados: as rotineiras denúncias fesceninas e o seu rastro fedentino de misérias.

 

Esponjemos, porém, o nevoeiro calamitoso dos “pardais” e o seu miasma denunciado.

 

Se as multas eletrônicas são computadas em velocidade tão espantosa, não é mais assombroso saber que é bem mais fácil nunca ser multado, não errar, nem delinquir?

 

Ah! Mais isso não é delinqüência! Não é falta criminal também! É outra coisa que os mistificadores criam para ensejar o politicamente correto, que não corrige nem educa. Oh! Mas, que terrível! Usar a covardia da multa para pacificar o trânsito!

 

Cobrar tanto, de quem avança sobre o pedestre invasor em sua faixa?

 

Violar o bolso da embriaguez ao volante? E mais, e mais, e mais!

 

Que coisa absurda, estes “pardais” de Aracaju!

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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