Recordações

O local era bucólico. Sem barulhos. Sentados nas suas cadeiras de balanço, na varanda da casa, os dois velhinhos conversavam. Um deles, tomava uma xícara de chá, segurando o pires com uma das mãos, o outro fumava um cachimbo, tranqüilos.

Eles tinham a simpatia e o respeito dos vizinhos. Sorrindo serenamente, o do cachimbo recordava casos do passado e dizia: “lembra-se de Ivete, aquele foi um grande amor, ardente que só ela…” O outro balbuciou, com emoção:” e muito bonita, que olhos!”Entre uma frase e outra, as vezes um vizinho passava por aquela rua quieta do subúrbio e cumprimentava com um bom dia.

Eles continuaram a conversar, quando o do chá, disse baixinho:”mas ela foi a que deu mais trabalho, lembra-se de quanto sangue sujando o chão?E para enterrar? Era muito pesada…”Os aromas do chá e da fumaça suave do cachimbo invadiam o ar da varanda.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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