Rejumento interno

Para acobertar possíveis traições ao governo, os deputados oposicionistas alteraram ontem o Regimento Interno da Assembleia e estabeleceram o voto secreto na escolha de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A estratégia também incluiu a licença da deputada Susana Azevedo (PSC) – eleita a nova conselheira – para que o suplente Gilmar Carvalho (PR) votassse nela. E beneficiada pela repentina mudança regimental, a presidente da Casa, Angélica Guimarães (PSC), deu o voto que garantiu a vitória à colega de partido. Esta não foi a primeira vez que os deputados alteram o Regimento para atender interesses puramente pessoais, politiqueiros. A continuar assim, em pouco tempo o documento balizador das ações parlamentares estará igual a um burro de carga, que pende para o lado do caçuá mais pesado e, se não lhe ajeitam as tralhas sobre o lombo, fica andando em círculos.

Solidário

O governador Marcelo Déda (PT) telefonou ontem para o secretário estadual da Educação, Belivaldo Chagas (PSB), para solidarizar-se com a derrota do aliado na disputa pela vaga do Tribunal de Contas. Também postou no twitter que “o TCE acaba de perder um grande conselheiro, mas o governo continuará contando com um excepcional secretário. Abração, Belivaldo!”. Déda desejou a Susana “uma feliz presença no TCE”.

Virada Cultural

Sergipe será o primeiro estado a sediar a Semana da Virada Cultura, a ser implementada pelo Ministério da Cultura para marcar o início dos eventos alusivos à Copa do Mundo de 2014. O evento foi sugerido à ministra Marta Suplicy pelo senador Antônio Carlos Valadares (PSB) com o objetivo de fortalecer a cultura brasileira.

Braços cruzados

Hoje não tem aula na rede estadual de ensino. É que os professores decidiram cruzar os braços por um dia visando pressionar o governo a reajustar os salários deles em 22,22%. Entendem que somente este índice garante o pagamento do piso à categoria. Deviam ter deixado o protesto para amanhã, pois emendariam a paralisação com o feriadão de Finados.

Muita grana

Um plano de mobilidade urbana com um elenco de obras e recursos da ordem de R$ 110 milhões assegurados pelo Ministério da Cidade. Esta é uma das heranças que o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PC do B), deixará para o sucessor João Alves Filho (DEM). O comunista deu a notícia ao prefeito eleito ontem durante reunião para discutir a transição administrativa. Também informou que já estão reservados os R$ 18 milhões para a construção da maternidade municipal. Legal, né?

Empréstimo

O empresário Luciano Barreto, presidente da Associação Sergipana de Obras Públicas e Privadas, entende que o empréstimo de R$ 727 milhões pretendido pelo governo estadual é vital para Sergipe. “Não temos dúvidas da importância desse investimento para todo o conjunto da economia sergipana. Esses recursos trarão benefícios significativos na geração de empregos e aumento de renda da população”, frisou.

Vaiados

Os nove vereadores que compareceram ontem à sessão da Câmara de Aracaju deixaram o plenário debaixo de vaias. Na verdade, os apupos das galerias foram para os 10 parlamentares que ‘gazearam’ o trabalho e inviabilizaram a votação do projeto de revisão do Estatuto do Servidor. A matéria está na pauta da sessão de hoje, mas só será votado se os bem pagos gazeteiros aparecerem.

Alô, bebinhos

Uma pesquisa feita com amostras de bebidas alcoólicas clandestinas, como cachaças de alambique, uísques falsificados e licores artesanais, apontou a presença de cobre, metanol e carbamato de etila. Essas substâncias tóxicas causam cegueira, prejudicam a absorção de minerais no organismo e podem provocar a morte do bebinho. O estudo apurou ainda que o tipo de bebida mais frequente no país é a cerveja, seguida pelo vinho e a cachaça.

Desmentido

O governador em exercício, Jackson Barreto (PMDB), usou o twitter ontem para desmentir o comunicador Gilmar Carvalho, da Ilha/FM. “Nunca pedi a demissão do secretário da Segurança Pública, João Eloy. Isso é mentira. Ou é falta de assunto do radialista ou ele está querendo Ibope. Gilmar quer desestabilizar a Secretaria”, reagiu Barreto.

Do baú político

A música ‘Propriá’ foi resultado das andanças de Luiz Gonzaga pela região ribeirinha e pela sólida amizade que ele fez com o ex-prefeito propriaense Pedro Chaves (UDN). Os dois se conheceram no início da década de 50, quando ‘Lula’ colocou os pés na estrada para divulgar o vermute Martini, bebida muito apreciada na época. O prefeito fez uma praça e colocou o nome de Luiz Gonzaga, convidando-o para inaugurá-la. Segundo Luiz Chaves, filho de Pedro, a inauguração foi uma das maiores festas já vistas na região. Para desgosto do udenista, seus adversários mandaram arrancar a placa com o nome do Rei do Baião. O novo prefeito Nelson D’Ávila Melo (UDN) resolveu reparar o mal feito e consultou Pedro sobre a possibilidade de chamar Luiz Gonzaga para reinaugurar o logradouro. O convite foi aceito e a praça reinaugurada com uma festa mais estrondosa que a primeira. Foi nesta época que Gonzagão concebeu a música ‘Propriá’ que diz numa de suas estrofes: “E com a Rosinha eu deixei meu coração/ Por isso eu vou voltar pra lá/ Não posso mais ficar/ Rosinha ficou lá em Propriá”.

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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