Salvador (BA): Além do Carmo

Largo do Pelourinho: cartão postal mundial

Percorrer o Pelourinho é aguçar os cinco sentidos: do cheiro da alfazema do candomblé, da culinária baiana à base do óleo de dendê, do som dos atabaques nas sedes dos blocos afros, do gosto da batida de frutas nos restaurantes mais populares do Pelô. É sentir o arrepio que dá, quando se une todas essas baianidades num só local.

A série ‘Salvador histórica a pé’ traz três publicações de roteiros pela cidade alta e baixa, com dicas do que conhecer, onde comer, por onde andar e de onde partir. O roteiro poderá ser um aliado perfeito para quem gosta de conhecer prédios históricos e clicar cada detalhe. Curta Salvador além do tradicional e boa viagem.

Monumento na praça do Campo Grande

Passear pelas ruas seculares do Centro Histórico de Salvador é voltar aos tempos do Brasil colonial. Construções barrocas, neoclássicas, com estilos que vão desde o art décor ao português clássico. Vale a pena flanar pelo Pelourinho e adjacências num trajeto de 3,8km, partindo da praça do Campo Grande até o bairro de Santo Antônio Além do Carmo.

A dica é começar o roteiro a pé pelo famoso e carnavalesco largo do Campo Grande, mais precisamente na praça 2 de Julho. De um lado, em direção ao farol da Barra, está o Corredor da Vitória com suas mansões e árvores centenárias. Do outro, o teatro Castro Alves. Observe a estátua que fica ao centro da praça e siga pela rua Forte de São Pedro em pleno centro comercial de Salvador. Um percurso da famosa avenida 7 de Setembro lhe aguarda com casas comerciais entre fachadas históricas cobertas por letreiros.  Observe os detalhes das construções seculares.

Gabinete Português de Literatura

Siga até chegar à praça da Piedade e aos prédios históricos da redondeza, a exemplo da igreja e convento da Piedade. Observe o Relógio de São Pedro, a sede do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia, e várias igrejas que ladeiam a avenida até chegar ao imponente mosteiro, colégio e faculdade São Bento. Vale a pena uma parada para aprofundar a visita.

Não se anime muito para conhecer a praça Castro Alves logo ali perto. O pequeno logradouro é famoso em época de carnaval, mas não possui a beleza igual a da vista que proporciona. Veja a Baía de Todos os Santos, a estátua do poeta baiano, além da Cidade Baixa. Até ali se percorreram cerca de 1,5km.

Mosteiro de São Bento

Cartão postal – A partir dali a rua Chile levará às belezas do largo do Elevador Lacerda com o palácio Rio Branco e a Câmara Municipal de Salvador. O primeiro cartão postal mundialmente conhecido é a famosa vista da Baía e do Mercado Modelo. Ganhe fôlego para mais uma caminhada pelas estreitas ruas do Pelourinho a começar pela praça da Sé e o conjunto arquitetônico no entorno dela.  De um lado da praça, o monumento da Cruz Caída, do outro lado, a Catedral Basílica de Salvador e a partir dela uma sequência de prédios de valor histórico imensurável do inicio do Brasil.

Prédios históricos no entorno do elevador Lacerda

A partir dali é flanar por qualquer ruazinha do Pelourinho que os olhos agradecem tamanha beleza do conjunto arquitetônico. Viaje no tempo conhecendo o convento e igreja de São Francisco, cujo interior ostenta uma imensa quantidade de detalhes cobertos em ouro.  O templo religioso é considerado um dos principais exemplares do estilo barroco no mundo. O convento de São Francisco também pode ser visitado, mas limita-se ao pátio, com uma grande quantidade de painéis em azulejo.

Igrejas e largos – Conta-se que em Salvador há 365 igrejas, uma para cada ano. E parece ser verdade o dito popular. A igreja católica quis mostrar seu poderio edificando um templo. Mas como na Bahia o sincretismo religioso é quase que uma instituição formalizada, a benção dos orixás é sentida em lojinhas vendendo as estátuas de Ogum, Oxum, Oxóssi, entre outros, ou até na mistura musical que se ouve em restaurantes e casarões, do lado das igrejas católicas.

Terreiro de São Jorge no Pelourinho

Retorne pela rua Inácio Acciole passando pelo largo Pedro Arcanjo e a sede do Olodum. É lá onde fica o conjunto arquitetônico símbolo do Pelô, e que ganha o mundo em fotografias. A Fundação Casa de Jorge Amado, o Museu da Cidade, a sede do Balé Folclórico da Bahia, dos Filhos de Gandy e lá em baixo a igreja de Nossa Senhora dos Rosários dos Pretos.

Ali, Além do Carmo – A sensação de estar no Pelorinho é sinônima a sentir-se bem, mesmo que a extensa Ladeira do Carmo lhe convide a ir mais além dela até chegar ao Convento do Carmo, hoje abrigando um hotel luxuoso de Salvador, em Santo Antônio Além do Carmo.

Igreja do Carmo

O bairro abriga a Cruz do Pascoal e muitos bares ao redor dela. Boêmio, festeiro e conservado, o local tem atraído bons cafés, restaurantes e pousadas e espaços culturais, muitos deles com sacadas ao fundo com vista exclusiva para a Baía de Todos os Santos. O “Além do Carmo” é surpresa para quem só tem o costume de visitar o Pelourinho até o largo do Pelô.

Valeria até um texto somente sobre este agradável conjunto histórico de Salvador. Chegue até a ladeira do Boqueirão e igreja. Mais adiante o largo de Santo Antônio com igreja, forte e vários bares e pousadas na redondeza.

Santo Antônio Além do Carmo preservado

Os pés pedem descanso e dar uma paradinha em alguns dos lugares agradável do bairro vira lei. No retorno, o Cafelier ou o Al Carmo são boas opções para desfrutar de uma boa comida internacional com base nos ingredientes baianos.  O percurso a pé pela “Terra da Alegria” só esta começando.

Dicas de Viagem

  • O ingresso para visitar a igreja e o convento de São Francisco custa R$ 5. Fotos em seu interior são permitidas apenas sem flash.

  • Vale a pena uma passagem rápida por algumas ruas do entorno da Chile e conhecer casarios que já foram comércio de outrora, a exemplo das ruas do Tira o Chapéu, da Ajuda e do Saldanha.

  • Cuidado com a segurança. O policiamento do Pelourinho e adjacência é visto quase que a cada praça, mas precaver é bem melhor. Não deixe materiais e objetos de valor a mostra.

  • Cruz de Malta símbolo do bairro

    Há um grande número de pedintes e vendedores, a exemplo de colares e fitas do Senhor do Bomfim. O assedio é grande e não se preocupe se um deles fez cara feia por ter ouvido um “não”. Para que o assedio não seja maior, a dica é dizer realmente que não quer comprar.

  • Há bons restaurantes no Pelourinho que vão desde comidas populares a gastronomia internacional. Perto do largo do Cruzeiro ou no Santo Antônio além do Carmo há alguns que merecem verificar o cardápio.

  • Há um ponto de taxi bem pertinho da Igreja dos Pretos, no largo do Pelourinho. Há também pontos de taxi na perto da praça da Sé. É possível percorrer as principais ruas do Pelourinho também de carro. Há estacionamentos que cobram até R$ 20 no entorno da rua Chile.

  • Caso tenha fôlego, descer pelo Elevador Lacerda e conhecer o Mercado Modelo na Cidade Baixa também é uma boa pedida. Percorrer as ruas da Cidade Baixa num roteiro a pé observando igrejas e fachadas de pontos comerciais, a exemplo da exuberante Associação Comercial da Bahia, é um outro tema do próximo post a ser desbravado na  semana que vem.

Gastroterapia

Casquinha de Caranguejo é boa pedida
Comindinhas valem a pena
Teleférico leva à marina

No Corredor da Vitória, mais precisamente no Sol Vitória Marina Hotel, há um píer com acesso ao público externo chamado de Mahi Mahi. O agradável espaço possui um cardápio que varia de moquecas a catados de frutos do mar, acompanhado de caipirinhas e roscas. A casquinha de siri é uma das mais apreciadas do local. O problema do espaço é ter que escolher entre banhar-se nas águas transparentes da Baía de Todos os Santos, contemplar o local ou desfrutar das iguarias servidas ali. Difícil escolha, a dica é desfrutar do espaço como melhor convier, pois a máxima “Sorria, você está na Bahia”, enquadra-se bem ao estado de espírito do Mahi Mahi. Cobra-se uma taxa de acesso de R$ 30 e crianças até 11 anos não pagam.

Na Bagagem

Shows de verão em Aracaju e “vacas magras”

Nada contra ter festas particulares com fins lucrativos no verão. Pelo contrário, a diversão gera renda e incrementa o turismo. Porém, diferente do que acontece em Maceió, João Pessoa, Recife, Natal e Fortaleza, a principal festa que do verão sergipano é de iniciativa particular e paga-se para ter acesso. Turista que é turista não vem para Aracaju no verão por conta do show bem pago de Ivente Sangalo ou Wesley Safadão. Porém, em tempo de “vagas magras”, se souber que aliado a praia tem uma programação de shows gratuitos, bem que contará na decisão do destino das próximas férias.

Fest Verão 2016

O II Fest Verão Sergipe acontecerá entre os dias 22 e 24 de janeiro de 2016 em substituição ao Pré-Caju, numa realização do Augustu’s Produções. A programação eclética será composta de 30 atrações, a exemplo de Ivete Sangalo, Pablo, Wesley Safadão, Timbalada, Bruno e Marrone, Samira Show, Jota Quest, Capital Inicial e Aviões do Forró.

Feira Gourmet Panelada

Nos dias 13, 14 e 15 de novembro a Feira Goumet Panelada vai aportar na orla da Atalaia, no estacionamento do espaço de festas Sobre as Ondas. A “Panelada” será uma festa de sensações para o paladar e para alma, com ofertas de comidas típicas regionais, nacionais e internacionais, entre elas, a baiana e italiana.

Hotel Sesc Atalaia – Aracaju (SE)

Obra parada por algum tempo, o Hotel Sesc Atalaia deverá ficar pronto num prazo de 370 dias, contados a partir do dia 11 de novembro. O Sistema Fecomércio de Sergipe já assinou o contrato com a nova empresa que fará a retomada das obras, orçada em 20 milhões de reais, que contemplará a construção dos 60 apartamentos de frente para o mar, além de toda a estrutura poliesportiva do empreendimento, quadras de esportes, campo de futebol, salas de jogos, academia, balneário com piscinas e diversas opções de lazer que serão oferecidas aos comerciários e ao público em geral.

Palace Hotel de Salvador (BA)

As obras de restauração do Palace Hotel, construído em 1934 na rua Chile, a primeira rua do Brasil, situada no Centro Histórico de Salvador (BA), seguem em ritmo acelerado. Desativado há mais de dez anos, a reforma geral tem a assinatura do arquiteto dinamarquês Adam Kurdahl e exige um trabalho artesanal e delicado para preservar suas características, recuperando taco original, mármores, com restauração do estilo art décor.  A previsão é que fique pronto no primeiro semestre de 2016, comandada pela Fera Investimentos que está investindo R$50 milhões no Palace. Bem que poderia recuperar o Palace de Aracaju, um dos únicos hotéis do centro da cidade.

Hibiscus Maceió (AL)

Quem estiver em Maceió não deixe de curtir o binômio sol e mar noHibiscus, um Beach Club, que funciona no sistema Day Use, onde o visitante paga R$ 25,00 por pessoa (até 11 anos, a entrada é free) para usufruir de toda estrutura que inclui, pufs, redes, gazebos com redes, espreguiçadeiras, piscina, redário, vôlei de praia… O Hibiscus abre todos os dias das 8 ás 17h e fica na rodovia AL 101 Norte – condomínio Angra de Ipioca.

Contato: silviooliveira@infonet.com.br

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