A Carta desta Semana trás um comentário de uma participante da Questão do Mês: “Em 08/10/2009, por volta das 9 horas da manhã, compareci ao Hospital de Urgência de Sergipe – Governador João Alves Filho, localizado à Avenida Presidente Tancredo Neves, 7501, para que meu genitor, com 79 anos, fosse consultado, em função de estar urinando sangue puro, desde o sábado anterior, tendo a cautela de já ter realizado, por conta, coleta de urina e já possuir resultado em mãos, para evitar maiores desconfortos. Ocorre que, durante o atendimento fatos inaceitáveis ocorreram, tanto com meu genitor quanto com demais pacientes que aguardavam atendimento, os quais passo a relatar: Enfim, meu pai recebeu uma bolsa de soro conectada a seu punho com a medicação e uma a atendente falando : “sente agora lá fora, do outro lado e se ajeite para tomar seu soro”, sem ao menos levá-lo ou ter o Para completar, na sala de atendimento, onde as auxiliares e enfermeiras ficam presenciou-se, com a porta escancarada, todos conversando, rindo em voz alta e estridente, demonstrando total Não bastasse isso, vimos auxiliares derrubando bandejas de medicamentos e produtos recolhendo e utilizando novamente, sem a menor preocupação com higiene ou possibilidade de infecção hospitalar. Mais que isso, existe um cesto de lixo colado a bancada de procedimentos, que muitas das vezes é largado aberto…. Não suficiente o absurdo, quando chamei uma atendente para ver o soro de uma paciente, que nem era minha parente, pois vi seu sangue coagular e entupir o equipo, a mesma foi a contra gosto e tanta má vontade que de pirraça arrancou o soro que voou sangue pra tudo quanto é lado…. Vi vários pacientes procurando informações sobre seus casos e médicos e enfermeiras “gentis como cavalos em fúria” dando resposta do tipo: “senta lá! quando eu tiver informação eu chamo, que saco!!!” Nesse meio tempo, uma senhora que havia dado entrada no dia anterior a meu pai, que aguardava sua liberação e até às 14 horas procurando atendente e tomando patada, foi por fim atendida e, segundo ela a médica lhe perguntou: ” a senhora bebe? fuma? não? nossa, a senhora Perguntei a algumas atendentes que passaram por mim quem poderia resolver o problema, disse que queria reclamar do ocorrido e ninguém me informará nada, ao contrário, viraram as coisas….saíram…. Pois, bem, fui eu em busca de qualquer médico, pedir e um deles apontou para frente para a “bendita sala do urologista” que não tinha chegado…. A Atendente do mesmo várias vezes foi por mim interpelada e inclusive falei a mesma sobre a questão do almoço e de que foi meu pai orientado a não comer somente para realizar a ultrassom, que a gente não poderia ficar mais naquela situação e que meu pai não estava mais sentindo-se bem. Ela virou as costas…sem dar nenhuma atenção. Fui a sala do urologista e a porta estava entreaberta, com um médico que não era o mesmo, e com várias pessoas conversando e rindo, abri e pedi por favor que alguém resolvesse o problema, que não estava mais agüentando e ninguém falou nada, nem nada como se eu fosse um ser indigno de atenção!!!! Resultado, falou a meu pai…desce da cama, entregou o saco de urina a meu pai e duas receitas uma encaminhando meu pai a procurar urologista de ambulatório, porque apesar dele ser urologista ele tava no pronto socorro e não podia fazer nada além do que fez, nem mesmo dizer o diagnóstico e outra receita com nome de medicamento para meu pai comprar o qual custa R$114,00 (cento e quatorze reais), questionei a ele o que fazer com aquela sonda, como proceder ele disse que eu Sai eu e meu pai com aquilo em mãos, meu pai constrangido e humilhado eu completamente arrasada com a cabeça rodando, com fome, tal qual como ele….pedi para retirarem a seringa do punho e o atendente disse que precisava voltar ao médico para ele liberar…mas, insisti e ele retirou. Meu pai, com a bolsa de urina cheia de sangue e eu sem saber Deixei meu pai em casa, arrasado, humilhado e sem chão. mudo, triste e pior do que estava. Minha mãe também idosa, tomando conta dele e fui para faculdade. Quando voltei, por volta de 23h20, meu pai já havia enchido duas outras bolsas de sangue puro…. Não havia farmácia aberta, não tínhamos nenhuma orientação…nada….. Lembrei que eu em casa tinha um comprimido de anti hemorrágio e dei a meu pai, antes porem liguei para o SAMU pedindo ajuda, que orientou que eu voltasse
Meu pai no primeiro momento fora conduzido a sala da médica clínica, a qual de pronto encaminhou o mesmo a tomar medicação antihemorrágica, momento esse em que nos dirigimos para a recepção interna dos casos urgentes, para que lhe fosse dada a medicação e, que o mesmo deveria ficar sem se alimentar, somente para a realização da Ultrassom, marcada para às 14 horas, pois, apesar de o serviço estar funcionando, não seria atendido naquele momento, sem nos explicar os “porques”.
cuidado de colocá-lo a bolsa no apoio. Resultado, eu fiz o procedimento. Enquanto meu pai tomava soro, ninguém, nem mesmo a atendente que colocará o soro veio averiguar se ele estava bem ou se o soro estava a correr da maneira adequada, eu quem tive de fazer isso. Observando ao redor, isso se repetia com as várias macas ao redor e, pior, com pessoas com soro entupido, sangue coagulado, gente com bolsas de sangue, pacientes já constatados com tuberculose em meio a
tudo e a todos no corredor, auxiliares de enfermagem largando macas aos montes como se pacientes fossem sacos de batata ou de lixo!!!
descaso com a vida e, obviamente recebendo DINHEIRO PÚBLICO para não trabalhar!!!! Comendo, trocando músicas pelo celular, etc… Tais, “criaturas” quando solicitadas por algum paciente, demoravam horas até ir realizar o procedimento e ainda sonoramente falavam :”JÁ VOU ESPERE!!!!” E VOLTAVAM A SE REUNIR COMO HIÊNAS E URUBUS, DESRESPEITANDO A DIGNIDADE DE TODOS QUE ALI BUSCAM ALENTO AS SUAS PATOLOGIAS.
tem um fígado de bebum” vai morrer se continuar assim….”, a paciente voltou arrasada ao salão tomar mais medicamento e querendo sair do hospital, por tanta delicadeza e foi o que fez! Pedi que desligassem o soro de meu pai e esperei uma hora certinha… fui então com ele para parte da Utrassom, por volta de 13h30, sem nenhuma alimentação, nem eu que acompanhava e nem ele que não poderia comer, só para esse procedimento. Ao esperar, ninguém orientou sobre beber água, encher bexiga…nada. Nesse meio de tempo, eu ia e voltava para saber se o Urologista já havia chegado, pois ele também chegaria às 14 horas e estava com medo de meu pai não ser atendido, por conta de estar ainda pendente de realizar exame. Resultado, 14h30, o médico da Ultrassom chega e ai…a atendente que estava já ha muito tempo no consultório sai e diz: para fazer o exame tem que estar com a bexiga cheia, senão vai ter que encher e meu pai acabara de urinar…. o
pior, urinando pouco e sangue…. sem comer…continuamos eu e ele até às 15 horas, quando meu pai, apesar de idoso, foi chamado a fazer exame, depois que eu entrei na sala e pedi pelo amor de Deus para adiantar e expliquei que meu pai não tem mais sensibilidade do trato urinário para compreender até que ponto a bexiga está cheia e que ele estava tonto, não agüentava mais tomar água e, eu tomando medicação para tireóidite, tendo de comer algo de 3 em 3 horas, sem me alimentar e, proibida de sair do hospital e retornar, pelo policial. Resultado, colocaram meu pai para fazer o exame e, após mais 20 minutos ele foi liberado a comer e a aguardar o urologista. Fui eu em busca do urologista, eram 15h30 e o mesmo ainda não havia chegado, então decidi ir buscar comida fora, quando fui novamente barrada pelo policial, dizendo que eu se saísse não entraria mais e que se eu quisesse comer pedisse ao médico mesmo eu dizendo que o medico não havia chegado.
Resultado, quando ia saindo ouvi um senhor dizer, para a tal “atendente”: “minha filha, conduza o outro médico dali que tá na hora de eu entrar. Percebi que ele era o médico e decidi entrar junto, comecei a gritar com todos, já que todos fingiam não me ouvir, mais uma vez ninguém respondia nem dava resposta, até que a “atendente” disse: doutor o pai dela e aquela que falei pro senhor tem que ser atendidos mas, a senhora acho é primeiro né?. Como vi que já iam me sabotar novamente, falei sim, como é? ai o “famigerado” médico, com pouco caso disse…trás o paciente! Peguei meu pai pelo braço e vim com ele, fiquei em pé olhando, até pq meu pai está entrando na senilidade, não houve bem e não compreende as perguntas, por isso vou
com ele aos lugares. O médico urologista, olha para meu pai e pergunta o que ele tá sentindo e meu pai não ouve, pergunta novamente e ai eu intervi dizendo, ele está com sangramento na urina, estou com
o exame e, quando ia tirar o resultado para mostrar ele grita comigo e diz: “CALE A BOCA, ESTOU FALANDO COM SEU PAI, NÃO QUERO SABER O QUE VOCÊ FALA, QUERO QUE SEU PAI FALE! Não suportando mais repliquei, disse a ele que estava cansada da falta de respeito, da falta de dignidade de tratamento, do descaso de todos, da fome e enfim de tudo
que acontecia e ele levantou, começou a bater boca comigo, tentando me intimidar, por eu ser mulher e, tudo isso na frente de meu pai, ficando mais e mais nervoso, quando, meu pai olhou e pediu para o médico parar ele disse a meu pai que EU SOU DOUTOR E ELA TEM QUE CALAR A BOCA!!!! O médico gentil disse ainda a meu pai…sobe ali na maca, agora….
Meu pai subiu e eu perguntava o que ele iria fazer, ele se negou a responder e colocou uma sonda vesical de Foley, de demora, na maior estupidez, com meu pai reclamando de dor e ele nem queria saber, meu pai pedindo para parar e eu ali pedindo explicações…ele negando tudo a todos!
abrisse e fechasse para soltar urina, sem nem ensinar, sem nem tocar em meu pai e mandou meu pai com a bolsa na mão do jeito que tava sair no meio de todos a atendente sequer o orientou
o que fazer pedi a uma estagiária, com uniforme do CEAS para nos ajudar, porque não sabia como fazer com aquilo e, ela foi a única pessoa que nos ajudou, indo conosco ao banheiro e calmamente, com toda atenção e carinho, num banheiro imundo, orientar o meu pai. Saímos sem nos alimentar, sem antes o policial nos barrar novamente, alegando que não podia sair com meu pai com a bolsa que eu tinha de voltar no médico para ele liberar e, no auge da minha violência contida gritei com o policial, vigia desses terceirizados, dizendo que eu estava como responsável por ele e que ia sair naquele instante e que ele não ousasse me segurar. Percebendo que as coisas iam piorar ele saiu da frente e eu tive de pegar um táxi e vir até minha residência, sem ter dinheiro certo, tirando o pouco do que pagaria das contas com alimentos para trazer…
ao hospital estranhando o médico ter liberado meu pai e mesmo não ter orientado nada….”
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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