Sem teto zona sul

A ocupação das obras inacabadas do hotel Brisa Mar, na praia de Atalaia, por famílias ditas sem teto, revela uma faceta dos que integram o Movimento dos Trabalhadores Urbanos (Motu): eles só ocupam imóveis na zona nobre de Aracaju. Aliás, parece haver uma fixação desse pessoal em morar na praia. Para se ter uma idéia, esta é a segunda vez que as famílias lideradas pelo Motu se alojam no Brisa Mar. Isso depois de terem sido retiradas, a semana passada, do inacabado Flat Atalaia, também na orla da capital. Há cerca de dois anos, famílias sem teto também ocuparam um empreendimento na avenida José Sarney, localizada na praia. Será que não existem imóveis e terrenos abandonados na periferia de Aracaju e no interior que interessem às famílias lideradas pelo Motu? Ou será que o objetivo do movimento é unicamente político e, por isso, tem que ocupar imóveis na zona sul? Se for, é um absurdo e mostra que o Movimento está usando covardemente famílias incautas para aparecer na mídia e desgastar a administração pública. 

Chove não molha

O deputado federal cassado Jerônimo Reis (DEM) não abre a boca quando o assunto é sucessão estadual e deve permanecer calado por mais algum tempo. O parlamentar ficou muito contrariado ao saber que setores do DEM sergipano teriam mexido os pauzinhos para retirá-lo logo da Câmara Federal. Os comentários em Lagarto são que Reis vai apoiar e votar no governador Marcelo Déda (PT), mas o próprio prefere o silêncio. Resta saber até quando vai esse chove não molha.

A vez de Chiquinho

O governador Marcelo Déda (PT) empossou ontem, Francisco Ferreira, o nosso Chiquinho, como secretário de Estado da Comunicação, em substituição a Carlos Cauê, que vai se dedicar ao marketing da campanha petista. Chiquinho chegou ao governo há dois anos como secretário adjunto de Comunicação. Experiente, capaz e de ótimo relacionamento com a imprensa sergipana, o novo secretário tem tudo para realizar um excelente trabalho. Boa sorte, amigo!

Chapa quente

A o clima anda fervendo pras bandas do PV, tudo por causa da estranha coligação com o PSDB. Insatisfeitos, os candidatos a deputado estadual Claudomir de Pirambu e João Tarantela já deixaram o partido, enquanto outros 13 candidatos ameaçam pular fora do barco. No PV ninguém explica o motivo da debandada. Comenta-se à boca miúda, que a queixa da maioria é com o tucano Albano Franco, que até ontem ainda não tinha feito valer a ‘ajuda’ prometida para a campanha dos verdes. Será que é só por isso?

Castigo eleitoral

Já estão circulando por aí os primeiros carros envelopados com propaganda eleitoral. A maioria estampa enormes fotografias dos candidatos. Mas é só o começo. Além da poluição visual, que logo, logo tomará conta do Estado, o eleitor ainda terá que suportar o barulho dos carros de som, sem falar no horário eleitoral gratuito, que começará em agosto. Convenhamos, é um castigo para os olhos e ouvidos.

Cara, crachá

Termina sexta que vem o prazo para cadastramento dos veículos de comunicação interessados em acompanhar no TSE, em Brasília, a cobertura jornalística e o processo de totalização dos votos para presidente da República e a divulgação dos resultados das Eleições 2010. O TSE já enviou os formulários para o cadastramento das empresas de comunicação interessadas na cobertura eleitoral. O veículo que não tiver recebido, deve preencher os formulários anexos e encaminhá-los para credenciamento@tse.gov.br, com cópia para ascom@tse.gov.br.

Pé no chão

Diferente da eleição passada, quando praticamente só ia de helicóptero aos compromissos no interior, nesta campanha o ex-governador João Alves Filho (DEM) optou em colocar o pé na estrada. Há meses, que o homem aproveita qualquer tempinho de sobra para garimpar votos no interior. Sorte que o governo recuperou – em algumas situações refez – praticamente toda a malha viária de Sergipe. Com as estradas boas, chega-se mais rápido ao destino e fadiga-se menos.

Cartão vermelho

Legal que instituições como a OAB estejam de olho nos candidatos fichas sujas. Ontem, a entidade cobrou uma ação mais firme da Justiça Eleitoral para punir políticos que atropelam as regras da campanha eleitoral. Segundo a OAB, este é o momento de se dar o cartão vermelho àqueles que estão atropelando as regras do jogo. Tomara que a sociedade também se envolva nessa cruzada e puna nas urnas todos os políticos que se entraram na vida pública para usar o erário como cartão de crédito pessoal.

Menos votos 

Tai uma notícia que não interessa aos senhores candidatos: o número de eleitores entre 16 e 18 anos diminuiu pela primeira vez em eleições gerais desde o pleito de 1998. segundo o Tribunal Superior Eleitoral, de lá pra cá houve uma queda de 6,81% no número de votantes. Entre as eleições presidenciais de 2006 e as municipais de 2008 houve um aumento de quase 14% no eleitorado jovem. Assim, no comparativo com a última eleição realizada no país, a queda da participação de jovens no pleito de 2010 chega a 18,2%.

Pirão azedo

Estão fazendo uma zoada dos diabos porque Eduardo Amorim, Luciano Bispo, Almeida Lima, José Carlos Machado, João Ales Filho e outras figurinhas menos votadas, subiram no mesmo palanque em Itabaiana. Como perguntar não ofende, e desde quando essa turma deixou de ser farinha do mesmo saco?

Vida mansa

Ontem foi o último dia, digamos assim, de trabalho no Congresso. A partir de hoje, os nossos ilustres senadores e deputados federais estão de papo para o ar. Só não ficarão em completa vida mansa por causa da campanha eleitoral. As merecidas férias vão até o dia 2 de agosto, mas as lideranças partidárias já acertaram que, após o recesso, os sofridos parlamentares vão trabalhar em regime especial. Isso significa dizer que só haverá votação no Congresso na primeira semana de agosto e na primeira semana de setembro. Que sufoco!

Do baú político

Durante as obras de implantação da Petromisa (hoje Vale) em Rosário do Catete, o seu superintendente Edílson Távora chamou autoridades sergipanas e a imprensa para visitar o empreendimento. Era época de campanha eleitoral e os candidatos compareceram em massa. Meio dia, o anfitrião convidou a todos para um churrasco que seria oferecido num enorme galpão de obras. Um batalhão de garçons começou servindo molho a vinagrete, farofa e arroz. Famintos, todos devoraram as guarnições rapidamente e ficaram esperando pela carne, que nunca chegava. 30 minutos depois, o mestre de cerimônia informou, meio sem jeito, que houve um imprevisto e que todos estavam convidados para terminar de almoçar numa churrascaria às margens da BR-101. Soube-se depois, que a peãozada havia invadido o local onde o churrasco estava sendo assado e levado toda a carne.

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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