Turismo: nove mercados que merecem sua atenção

Os mercados setoriais são locais onde turistas e populares convergem com destinação, olhares e sentimentos diferentes, mas emanados por um denominador comum: suprir necessidades de consumo ou desejo de conhecer um pouco mais sobre a “cor local”. E assim, os mercados vão se transformando em centros de cultura, rico em hábitos locais, modos regionais, cada vez mais atraindo turistas ávidos por conhecerem as regionalidades. Eu sou um deles. Adoro conhecer os mercados das cidades ao visitar um destino. O post “Turismo: nove mercados que merecem sua atenção” traz dez exemplos de mercados que devem ser visitados por sua beleza, diversidade e linha histórica. 

São nesses espaços onde o popular e o moderno se encontram. É neles em que o burburinho ecoa bem local, numa uníssona convergência de energia, e deles turistas absorvem as tradições e informações do cotidiano de um povo. Também são nestes centros onde se encontram vários hábitos regionais dos diversos municípios em um único local. Prova dessa representatividade popular são os mercados de São Paulo, de Curitiba, de Aracaju, de Belém, de Belo Horizonte, Florianópolis, Recife, João Pessoa, Porto Alegre e João Pessoa, entre outros.

Várias cidades no mundo perceberam que os mercados, além de serem pontos comerciais importantes para a população, são centros de interesse turístico e logo tratou-os de conservá-los, melhorá-los, ampliá-los e mantê-los também como atrativo. O que dizer de Montevidéu sem o Mercado del Puerto ou Madrid sem o Mercado de São Miguel? Do Mercado das Flores, em Paris? Florença sem o seu mercado central San Lorenzo? De Belo Horizonte sem o seu mercado público, considerado a praia dos mineiros? Do Ver-o-Peso, em Belém, primeiro mercado do gênero público do país?

O Tô no Mundo listou aqui nove  exemplares visitados, não por questões de ser melhor ou ter mais atrações. Mas pelo seu potencial turístico, quer seja gastronômico, social, cultural e de relevante atrativo histórico e popular.

Mercado Municipal de Porto Alegre (RS) – 1864

Restaurantes do mercado de POA
Bons restaurantes na parte superior do mercado, que varia de massas a frutos do mar e comidinhas tradicionais gaúchas

 

Referência nas tradições da cultura rio-grandense e de arquitetura eclética, é um marco na cidade tanto para quem faz as compras do dia a dia, quanto para quem passa pela cidade e quer conhecer um bom atrativo turístico. O mercado municipal possui dois pavimentos e uma feira de antiguidades. Sua arquitetura é recheada de mitos, a exemplo do culto afro ao orixá Bara e, por consequência, um dos atrativos do roteiro afro de Porto Alegre. Em um dos seus cruzamentos há uma imagem representativa ao orixá que abre os caminhos, além de também trazer em suas paredes a marca da grande enchente de 1941. Há bons restaurantes e cafeterias e uma feirinhas de antiguidades. Vale a pena conhecê-lo, inclusive por ficar numa área central, envolvo de vários outros atrativos.

*Atualmente o mercado está fechado por conta da catástrofe climática que passa o Rio Grande do Sul.

O mercado fica no largo Jornalista Glêni0 Peres, no Centro Histórico de Porto Alegre. Funciona todos os dias, com exceção do domingo, até às 19h30. Aos sábados das

Mercado Público de Porto Alegre antes da enchente
Mercado Público de Porto Alegre antes da enchente, em 26 de abril de 2024

7h30 às 22h (restaurantes).

Mercado Municipal de Curitiba (PR) – 1958

Mercado Municipal de Curitiba

Totalmente restaurado e preparado com conforto para receber bem os turistas, o Mercado Central de Curitiba simboliza um marco da cidade, quando se fala em atração turística. Pode- se dizer que a partir da sua revitalização e ampliação inaugurada em 2010, o mercado municipal passou a ser um forte atrativo turístico, contabilizando mais um entre os pontos turísticos da capital paranaense.

Queijos, vinhos e frutas regionais são os produtos mais consumidos no Mercado de Curitiba

O complexo de mercados abriga o espaço de frutas, verduras e gêneros alimentícios, mas são as especiarias, as sementes, frutas típicas, conservas, queijos, embutidos e produtos alimentícios que chamam atenção. A quantidade de tipo de temperos e especiarias é um chamariz à parte, além das conservas de pupunha, que podem ser encontradas de diversos tipos e espécies. Na temporada, o pinhão está por toda a parte. No mercado os objetos de casa e para presentes, além de flores dão um tom mais atrativo ao local. Na praça de alimentação é onde todos se encontram. É um mix de restaurantes, cafés e bares que servem desde comida oriental as tradicionais guloseimas alemãs e italianas. O bolinho de chuva é tradição de um deles, além do chopp gelado e dos sucos de frutas da época. Há um espaço mais moderno e um tradicional que resguarda a história da primeira edificação antes da reforma.

Endereço: Av. Sete de Setembro, 1865 – Centro. Aberto das 7h às 14h, na segunda-feira; das 7h às 18h, de terça a sábado. Aos domingos, das 7h às 13h. A dica é se preparar para começar o dia com o bom café da manhã.

Mercado Modelo de Salvador (BA) – 1912

Mercado Modelo tem história, restaurantes e baianidades

Visitado por 80% dos turistas que passam por Salvador (BA), o Mercado Modelo é quase que unanimidade quando se fala em compra de artesanato e vista para a Cidade Baixa. Localizado entre tradicionais cartões-postais da capital baiana, a exemplo do elevador Lacerda, entre outros, o mercado foi originalmente construído para ser a Alfandega, mas logo se viu a necessidade de ter um centro de abastecimento onde a população pudesse adquirir hortifrúti. Hoje a destinação é completamente turístico-cultural, abrigando também muita história para contar, a exemplo da série de incêndios e vandalismos (1917, 1922,1943,1969 e 1984). 1922 e 1969 foram os mais graves reduzindo o mercado aos andares subterrâneos, hoje esse espaço fechado à visitação.

No primeiro andar o artesanato comanda as vendas, que variam desde pequenos souvenires de esculturas dos orixás, bonecas vestidas de baiana, berimbau, cachaças e objetos de arte. No segundo o artesanato dá lugar ao banquete baiano composto por moquecas, vatapás, bobos, xinxins e acarajés.

O cheiro aguça o paladar neste pedaço de Salvador onde a baianidade é exposta para o mundo onde reinam os tradicionais restaurantes Maria de São Pedro, com oitenta anos de existência, e o Camafeu de Oxossi. Manda a tradição clicar a bela vista da Baía de Todos os Santos, do avarandado do prédio.

Endereço: Praça Visconde de Cayru, s/n – Comércio, Salvador – BA. Aberto das 9h as 19, com exceção do domingo que fica até as 14h.

Mercado Central de Belo Horizonte (MG)- 1929

Mercado de Belo Horizonte é a praia do mineiro

Conta a máxima que a praia de Belo Horizonte é o mercado. É lá onde os mineiros batem papo, tomam um chopp gelado acompanhado de bife de fígado com jiló, um dos pratos estrelados do mercado. Dois pavimentos fazem a festa dos turistas. No andar térreo, os restaurantes se enfileiram entre bancas de queijos, embutidos, cachaças e pimentas. Os temperos e especiarias chamam atenção e sem sombra de dúvida o queijo Canastra virá souvenir na bolsa dos turistas, competindo com os queijos tipo Minas e Cruzília. Os doces, biscoitos, frutas secas e quitutes também dão o tom das compras.

Mercado de BH

Não deixe de provar do tradicional pão de queijo e os pratos típicos mineiros, como feijão tropeiro, mexido, costelinha de porco com canjiquinha e carne de porco com ora-pro-nóbis (uma folha refogada).

No segundo andar, os protagonistas nas bancas e lojas são os objetos de decoração e presentes, muitos deles bem mineiros, a exemplo dos artefatos curtidos em couro e tradicionais panelas de cobre.

Endereço Av. Augusto de Lima, 744 – Centro. Funciona da segunda aos sábados, das 7h às 18h, e aos domingos, das 7h às 13.

Mercados Antônio Franco, Thales Ferraz, e Virgínia Franco (Aracaju – SE) – 1926

Complexo de mercado de Aracaju é atração turística

Os mercados Antônio Franco, Thales Ferraz e Albano Franco compõem um conjunto arquitetônico onde a sergipanidade está presente no dia a dia da capital Aracaju. É lá onde se podem encontrar produtos oriundos dos diversos territórios sergipanos, do litoral ao alto sertão.  Doces de Propriá, rolo de fumo de Lagarto, queijo de Nossa Senhora da Glória, artigos de barro de Santana do São Francisco, flores e hortifrúti de vários lugares.

Diferente do que acontece em outras capitais, Aracaju possui três mercados complementares, além da denominada Passarela das Flores e do Atracadouro do Peixe, formando um grande complexo de cultura e arte popular, que é ponto de parada obrigatória para quem visita Sergipe.

O complexo setorial dos mercados de Aracaju é ponto turístico desde que passou por uma intervenção urbanística em 1995. Os adornos e adereços que estavam escondidos em meio a barracas sem nenhuma estrutura foram tornando público e o relógio, ao centro, do mercado Antônio Franco, ganhou status de um dos pontos mais visitados. Na parte superior deste mercado, em cada ponta, restaurantes servem comida nordestina com vista para o rio Sergipe. Na parte térreo, o artesanato ganha vez. Há também salões populares de beleza, lojas de doces, lojas que tem de tudo um pouco e bares que servem a revigorante comida nordestina.

Ligando o mercado Antônio Franco ao Thales Ferraz, passa-se pela Passarela das Flores. Nesse mercado o visitante encontra produtos do sertão, ervas, chás, objetos religiosos e mais artesanato. O último mercado e mais moderno é o Albano Franco onde sergipanos e turistas podem apreciar as frutas da estação, além de comprar diversos tipos de envasados de pimentas.

Endereço: Av. Ivo do Prado, 534 – Centro. O funcionamento do mercado Antônio Franco é de segunda-feira a sábado, das 7h às 17. Aos domingos, o mercado fecha às 13h. Mercado Albano Franco funciona das 5h às 17h, todos os dias, com exceção do domingo que fecha às 12h.

Mercado Municipal de São Paulo (SP) – 1933

Mercadão de São Paulo

O Mercadão, como é tradicionalmente chamado pelos paulistanos, é unanimidade quando o assunto é comidinhas com bom custo/benefícios, além de ser lá onde se concentram certos hábitos interioranos na maior cidade da América Latina.

Inaugurado em 1933 e decorado com belos vitrais do artista russo Conrado Sorgenicht Filho (que também assinou os vitrais da Catedral da Sé e de outras centenas de igrejas brasileiras), o Mercadão fervilha no centrão de São Paulo em dois andares, sendo considerado um dos mais importantes do gênero do Brasil com mais de 12 mil metros quadros e mais de 1.200 funcionários.

Frutas de época no Mercadão

Um importante prédio histórico e arquitetônico da cidade, o Mercado Municipal também se destaca hoje como polo cultural e turístico, com arquitetura que segue o mercado municipal de Berlim. O edifício passou por restauro em 2004, que incluiu a construção de um mezanino para abrigar restaurantes.

O foco é nas comidas para comer de pé ou em mesas altas, a exemplo dos pastéis de bacalhau gigantes e dos famosos sanduíches de mortadela, com mais de 200g do embutido. A Zona Cerealista, do outro lado do rio Tamanduateí, é uma região com diversos empórios que vendem secos e molhados.

Endereço: R. Cantareira, 306 – Centro. Funciona de segunda a domingo, das 6h às 18h, com exceção do domingo que fecha às 16h

Mercados Ver-o-Peso e Municipal Francisco Bolonha (Belém – PA) – 1688 e 1867

Ver-o-Peso é um complexo cultural

Visitar o mercado Ver- o-Peso é conhecer a essência do povo paraense, as crenças, as cores, os cheiros, gostos e hábitos. O primeiro complexo de mercado público brasileiro também é uma das maiores feiras livres do gênero da América Latina, com 35 mil metros quadrados. Uma atração à parte é a estrutura, datada de 1688, trazido da Europa no tempo áureo da borracha.

O movimento no mercado Ver-o-Peso começa às 3h30. Entre 6h e às 14h, os comerciantes oferecem o que há de mais fresco em matéria de pescados e produtos de toda a região amazonense. Em um dos seguimentos ficam as barraquinhas de comidas, com cheiros e gostos exóticos. Em outro seguimento, concentram-se artesanatos, em destaque, as cerâmicas com traços marajoaras, além das ervas aromatizantes. Logo após, mais abaixo, as pimentas, os vasos de tucupi com todos os tipos de ervas são expostos em bancas, além da infinidade de frutas, promovendo um colorido de chamar atenção. Mas são nas barracas de essências, garrafadas, chás e elixires que as cores do Pará estão ali, expostas. Tem de tudo, desde promessas para “levantar o falecido” até óleo de buriti, andiroba, copaíba, perfume de “talismã da sorte”, Agarra Homem, Chama Marido, garrafada para celulite, cheiro de priprioca.

Ver a retirada da castanha da casca e os movimentos eficazes dos catadores de pimenta traduzem um hábito bem local, onde a singularidade de gestos fazem daquele povo bem natural.

A Feira do Açaí começa às 4 da manhã, quando chegam barcos carregados de açaí recém-saído das palmeiras, além de diversos carregamentos de frutas amazônicas.

Mercado de Carne de Belém

Bem em frente ao Ver-o-Peso fica uma outra estrutura de dar inveja aos mercados europeus. Construído em 1867, o mercado de carnes ou Mercado Francisco de Bolonha foi remodelado em 1908. O engenheiro trocou as vigas de madeira pela bela estrutura de ferro, encomendado da Escócia, presente até hoje. Ao centro do mercado, uma escadaria em círculo onde leva a um mirante, que se pode ver o jogo de desníveis dos telhados dos pavilhões e do prédio neoclássico. Debaixo dela há barracas que vendem carnes, um box de artesanato, um de artigos de umbanda e restaurantes que servem café da manhã e almoço.

A dica é pedir pratos bem paranaenses que fazem a festa da gastronomia brasileira, a exemplo do pirarucu frito com açaí batido na hora e farinha de mandioca, do tacacá, sucos de frutas amazônicas, como taperebá, cupuaçu, murici, bacuri, pupunha, castanha do Pará (que lá se chama simplesmente “castanha”).

Endereço: Avenida Boulevard Castilho França, s/n. Campina. Fone: (91) 3073-3112. Horário de funcionamento: De segunda a sexta-feira, das 7h às 16h; sábado, das 8h às 13h.

Mercado público de Florianópolis (SC) – 1899

Floripa também tem seu belo mercado

Tombado como Patrimônio Público Municipal, o mercado foi inaugurado em 1899 e é um ponto de encontro que agrega artistas, turistas, políticos, boêmios, empresários e trabalhadores de todas as classes sociais e serviços.

A ala sul do mercado, que esteve fechada por quase dois anos, foi reaberta em agosto de 2015. No vão central, apresentações cultuais como performances do Boi de Mamão ou rodas de samba e pagode animam as ruas do mercado. Em uma das lojas, o visitante encontrará as tradicionais bonecas místicas de Floripa feitas à mão.

As iguarias da gastronomia catarinenses também estão presentes nos boxs de comidinhas e restaurantes, a exemplo dos pastéis de camarão, haddock escocês, caviar, lagosta, escargot e outras iguarias finas. Em bares mais modestos, é possível comer camarões fritos sequinhos e saborosos, pastel de vôngole (fruto do mar chamado regionalmente de berbigão) e peixe frito para acompanhar cerveja gelada e doses cachamel (cachaça envelhecida com mel).

Endereço: R. Jerônimo Coelho, nº 60 – Centro. Horário de funcionamento de segunda a sexta, das 7h às 19h, aos sábados fecha as 14h e aos domingos as 13h.

Mercado São José – (Recife – PE) – 1875

São José, no Recife, um dos mais antigos

O Mercado São José, localizado no bairro homônimo a ele, no centro antigo do Recife, capital de Pernambuco, não foge à regra e cada vez mais atrai turistas. O centro comercial é a fonte viva que transborda pernambucanidades. Desde o vendedor de pitomba, jambo e seriguela, aos vendedores de ervas medicinais e artigos religiosos. Desde os ambulantes com seus carrinhos de frutas e bebidas, aos artigos do sertão, o Mercado São José ostenta o título de centro cultural popular do Recife antigo. Do sonoro “Tu visse” do vendedor que ecoa sem nenhum comedimento, ao grito da feirante que vende caranguejo, o mercado setorial é passagem obrigatória por aqueles que querem usufruir das pernambucanidades sem moderação.

Inaugurado em 1875, é um dos mais antigos mercados públicos do Brasil pré-fabricado em ferro no país, com a mesma estrutura neoclássica dos mercados europeus do século XIX. O autor do projeto, Louis Léger Vauthier, inspirou-se no mercado público de Grenelle, em Paris, e é tombado como patrimônio histórico pelo Iphan.

Artesanato em barro, corda e palha fazem do mercado polo de atração turística. É, também, ponto tradicional do comércio de pescado. Semanalmente são vendidos cerca de 1,3 toneladas de peixe e 400 kg de crustáceos. Em uma das alas, os instrumentos percussivos do maracatu, com os traçados das artes xilografadas, os tradicionais bonequinhos genéricos do Mestre Vitalino são encontrados sem cerimônias numa única banca. Os chapéus com bandeira pernambucana viram concorridos souvenires que encantam os estrangeiros por suas cores. A Leão do Norte, expressão que designa o Estado de Pernambuco, tem um artesanato próprio não encontrado em outras partes do Nordeste, a exemplo dos bonecos passistas de frevos e dos brincantes dos maracatus e réplicas dos bonecos gigantes de Olinda.

Recife

É nas barraquinhas de comidas locais onde o pernambucano mostra mais uma vez às origens de um Brasil Colonial na diversidade dos ingredientes da culinária indígena, escrava e europeia, a exemplo da dobradinha, do sarapatel, da galinha à cabidela ou galinha ao molho pardo. Há também os pratos derivados da culinária sertaneja, como a buchada.

A dica é emergir na cultura local numa uníssona corrente de energia com o Mercado São José. Logo verá que o centro popular é só um pedacinho de um bairro que tem muito a mostrar, turisticamente falando.

Endereço: Praça Dom Vital, s/n. São José. O mercado é aberto de segunda a sexta, das 8h às 17h, e aos sábados e domingos, das 8h às 12h.

Fotos: Silvio Oliveira

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