Maria Luiza Perola Dantas Barros
Doutoranda em História Comparada (UFRJ/IH/PPGHC)
Integrante do Grupo de Estudos do Tempo Presente (GET/UFS/CNPq)
Orientador: Prof. Dr. Dilton Cândido Santos Maynard
E-mail: perola@getempo.org
Sem grandes esforços, é possível perceber que vivemos em uma sociedade altamente imagética, mas certamente o advento das redes sociais potencializou o papel das imagens, de maneira geral, e das fotografias, especificamente na comunicação entre pessoas.
Se olharmos brevemente para as redes, percebemos como a produção de conteúdo para os seguidores perpassa, na maior parte das vezes, pelo uso de fotografias: para anunciar que acordou, alguém posta nos stories uma foto do horizonte, ou da vista de sua janela, ou mesmo do que comerá pela manhã com um “bom dia”. Pode-se até estar com o dia cheio de afazeres, mas alguns arrumarão um tempo para postar uma foto da mesa de trabalho cheia de papéis amontoados com uma frase motivacional. Acabou de ler um bom livro? Tira-se a foto da capa e posta a leitura concluída. Quer se apresentar como fitness? Posta-se uma foto na academia e pronto!
Muitos seriam os exemplos que poderíamos utilizar para evidenciar como nos valemos da fotografia como uma ferramenta para “passar uma determinada mensagem”. Nada na imagem fotográfica é aleatório: pensa-se o ângulo em que a foto da janela sairá melhor; pensa-se na disposição dos papéis na mesa e na iluminação adequada para a foto dos “afazeres”, por exemplo, mesmo que, por vezes, utilizemos modelos de fotografias de pessoas famosas na internet ou imagens do Pinterest como inspiração.
A partir desses breves exemplos, percebemos como tudo é pensado em uma fotografia para se passar uma determinada mensagem, e isso deve ser levado em consideração quando nos propomos a utilizar esse recurso, entre outras coisas, como uma fonte de pesquisa.