Maruim. Plantações, canaviais, o rio e as duas famílias: a dela possuía uma roça, a dele era mais pobre, sobrevivia pescando, com canoa e rede .O rio é a minha vida! dizia o pai de Antônio. Já o pai de Adelaide proclamava que a terra da sua roça era tudo.
Antônio começou a namorar Adelaide, o moço caboclo e a doce moça branca de olhos azuis: sua mãe nascera em Itabaiana. Mas as famílias dos dois começaram a brigar e o pai de Adelaide jurou que “aquele” não se casaria com ela.
O pai de Antônio não gostou, mas também desaprovou o casamento: não quero irmandade com esses aí não! Gente besta! A moça ficou triste, mas Antônio a consolou: fique assim não, eu dou um jeito, o nosso amor é maior que tudo no mundo! E um dia fugiu com a moça em uma pequena canoa, dizendo que não poderiam pegar a marinete de Maruim, porque todos veriam.
A canoa deslizou nas águas do rio e enquanto ele remava, ela sorria, sentada em meio às trouxas de roupas. Vamos descer na ponte de Pedra Branca, em Laranjeiras, de lá pegamos uma condução para Aracaju, ficaremos na casa da minha avó.
Em Aracaju estou feito, vou trabalhar até de pedreiro e ocupo um terreno para fazer um barraco. Adelaide sorriu: e eu sei lavar roupa e costurar! Pois! arrematou Antônio, sentindo-se o homem mais feliz da vida.
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