Espetáculo Sargento Getúlio

Apresentações ocorrem nos dias 6 e 7 de julho (Foto: Márcio Almeida)

A Villela Produções traz a Aracaju nos dias 6 e 7 de julho, às 21h e 20h, respectivamente, acontece no Teatro Atheneu, o espetáculo Sargento Getúlio. Essa é uma história de aretê, diz o autor João Ubaldo Ribeiro, no início de Sargento Getúlio. O conceito de aretê estava intimamente ligado à cultura grega. Cumprir seu destino, realizar sua incumbência. Junto a isso, estava o sentimento de que era melhor viver uma vida curta e honrada do que uma longa vida medíocre, fugindo de seu destino, da glória, do seu propósito na existência.

Carlos Betão integra o elenco do espetáculo dirigido por Gil Vicente Tavares. Os ingressos estão à venda na bilheteria do Teatro Atheneu ao preço de R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia). Mais informações através do telefone (79) 3213 7468.

Essa é uma história de aretê, diz o autor João Ubaldo Ribeiro, no início de Sargento Getúlio. O conceito de aretê estava intimamente ligado à cultura grega. Cumprir seu destino, realizar sua incumbência. Junto a isso, estava o sentimento de que era melhor viver uma vida curta e honrada do que uma longa vida medíocre, fugindo de seu destino, da glória, do seu propósito na existência.

Getúlio Santos Bezerra, um nome em redondilha maior, personagem de um grande poema épico em primeira pessoa. Contradições como as do personagem, que tem a missão de levar um prisioneiro político de Paulo Afonso, na Bahia, a Aracaju, em Sergipe. No entanto, a meio do caminho, a ordem de seu chefe é desfeita e o destemido sargento, contra tudo e todos, toma a grande decisão:

“Se for assim mesmo como se diz que é, espero as outras ordens, porque essa está dada e nem o chefe que viesse aqui e me pedisse para não levar eu não deixava de não levar, porque possa ser que ele esteja somente querendo me livrar de encrenca e eu não tenho medo de encrenca”.

A obra fala sobre honra, a palavra dada, e o destino, que dá voltas. Getúlio representa um passado, que “tinha umas mágica”, e que está morrendo com a pusilanimidade, com a falta de palavra, com a frouxidão que não é aquela contrária aos que gostam de briga, mas que é contrária aos que defendem sua ideia, sua virtude.

Para Gil Vicente Tavares, diretor e dramaturgo responsável pelo adaptação do espetáculo, a opção pelo monólogo veio logo na primeira leitura, pois Interessava imaginar esse homem, sozinho, contra a história, contra a platéia, defendendo sua idéia, sua honra, sua missão. Tentei captar os vários getúlios no sargento, outros carlos no Betão, outras imagens do nordeste: com o auxílio luxuoso de uma equipe afinada e consistente.

Sargento Getúlio é um monólogo com cinquenta minutos de duração. O espetáculo foi o grande vencedor do Prêmio Braskem de Teatro 2011 nas categorias: Melhor Espetáculo e Melhor ator.

Sargento Getúlio é um texto que procura nos aproximar das raízes culturais brasileiras. Através do texto de João Ubaldo Ribeiro, procura explorar o “absurdo” brasileiro, com seus personagens inusitados, fantásticos, de uma loucura inimaginável, tal é a riqueza de mitos, lendas e misticismo que, juntamente com a louca miscigenação cultural e desnivelamento social e cultural que percorre a longa extensão territorial dessa terra tão dispare que é o Brasil, pode-se dizer que fez-se formar um novo povo: o Povo Brasileiro.

Getúlio é um homem ingênuo, do campo, que perdido em meio às modificações sociais, enlouquece, como alguém que quer defender sua posição no mundo independentemente do que isso acarrete. Mas Getúlio não cede. Certo ou errado, ele segue suas idéias, sua tradição, sua cultura, e mesmo sendo alguém para o qual a informação chega quase sempre distorcida (o que no entanto é fato corriqueiro pra pessoas de maior instrução cultural – mesmo que essas não percebam), a luta é seu ideal. Em meio a tantos questionamentos de quem deve lutar, de como se deve fazer, ou até mesmo se se deve lutar, o romance Sargento Getúlio e seu personagem homônimo nos surgem como uma defesa, mesmo que desprovida de razão de que deve-se lutar por si, por seus ideais até o fim. E viva o povo brasileiro!

Elenco

Começando sua carreira entre Ilhéus e itabuna, o ator Carlos Betão – através de projeto Chapéu de Palha, coordenado por Jurema Pena através da FUNCEB – veio para Salvador, onde cedo começou a se destacar nos palcos da cidade. Formado em Interpretação Teatral pela Escola de Teatro da UFBa, Carlos Betão vem atuando em alguns dos principais trabalhos teatrais da Bahia nos últimos anos. Por cinco vezes, foi selecionado para trabalhar com o Núcleo de Teatro do TCA, trabalhando com diretores de renome nacional, como Gabriel Vilela e Antonio Medeiros. Duas vezes indicado como melhor ator coadjuvante pelo Prêmio Copene de Teatro (atual Braskem), pelas peças Baal (Bertold Brecht / Harildo Deda) e A Vida de Galileu (Bertold Brecht / Elisa Mendes), podemos destacar ainda na área de teatro as peças O Sonho (Strindberg / Gabriel Vilela), Os Iks (Higgins e Cannon / Francisco Medeiros) e Calígula (Camus / Fernando Guerreiro). Vale destacar também sua atuação na televisão (Marcas da Paixão, na TV Record) e no cinema (Memórias póstumas de Brás Cubas, direção de André Klotzel). Em 2008, Betaõ encenou os espetáculo Os Javalis, de Gil Vicente Tavares. No ano seguinte, participou da montagem do projeto Teatro NU Cinema, também dirigido por Gil Vicente Tavares. Em 2011, participou da Paixão de Cristo. Sargento Getúlio é seu trabalho mais atual.

Com informações da Assessoria de Comunicação

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