A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Sergipe (Adepol/SE) emitiu nesta sexta-feira, 12, uma nota se manifestando sobre o julgamento do caso do assassinato do delegado Ademir Melo.
Na nota assinada pelo presidente Isaque Cangussu, a Adepol diz que confia na competência e do trabalho da Polícia Civil e da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Sergipe (SSP/SE), bem como dos colegas que participaram diretamente das investigações; e que respeita o resultado parcial do julgamento.
A Adepol destacou ainda que o processo não transitou em julgado e que foi interposto recurso por parte da acusação, o que quer dizer que não há ainda coisa julgada. “A plena liberdade do exercício profissional de todos os atores processuais é cláusula legal intocável e, eventuais excessos, podem e devem ser combatidos na esfera própria e por quem tenha legitimidade e interesse de agir”.
A nota diz ainda que “a imputação genérica e indeterminada da autoria mediata do crime a “um Delegado de Polícia” não pode e não deve atingir a imagem e a honra de uma carreira que vem sendo construída dignamente ao longo de quase trinta anos, desde que os primeiros bacharéis em Direito submetidos e aprovados em concurso público ingressaram na Polícia Civil do Estado de Sergipe, e que é reconhecida pela sociedade sergipana pelos valorosos serviços prestados”.
“Por fim, externamos o nosso absoluto respeito às instituições: Polícia Civil, Secretaria de Segurança Pública, Ordem dos Advogados do Brasil, Ministério Público e Poder Judiciário do Estado de Sergipe, que sempre se pautaram pela atuação institucional republicana e são essenciais ao funcionamento do Estado Democrático de Direito”, finalizou a Adepol.
Entenda o caso
O delegado foi morto a tiros no dia 18 de julho de 2016 durante uma caminhada no bairro Luzia, em Aracaju. O acusado, o motoboy Anderson de Souza, confessou o crime e chegou a participar da reconstituição dos fatos. Algum tempo depois, ele alegou que era inocente e optou por permanecer em silêncio, justificando que a atitude seria necessária “para preservar a própria integridade física”. Mesmo assim, ele foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte). Anderson de Souza foi a júri popular e foi absolvido do crime. Ele indicou um policial civil como autor dos tiros e um delegado como mandante do crime.
A Associação Sergipana do Ministério Público (ASMP) emitiu nota de apoio a viúva do delegado Ademir Melo. Logo depois, a Ordem dos Advogados do Brasil/Seccional Sergipe (OAB/SE) emitiu uma nota de apoio ao advogado Josephe Barreto, que faz a defesa de Anderson Souza.
Com informações da Adepol
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