Adolescentes levam robô sergipano à Competição Internacional

Yuri, Marlon, Victor, Gabriel e Rodrigo (ao fundo)
Quatro jovens de 16 anos irão representar Sergipe na etapa brasileira da FIRST Robotic Competition, principal competição internacional de robótica estudantil, nesta sexta, 14, e sábado, 15. Os estudantes Victor Beleteiro, Gabriel Borges, Rodrigo Cardoso e Yuri Santana irão a São José dos Campos (SP), sede da eliminatória brasileira em 2008, acompanhados do professor de robótica Marlon Torres e outros dois profissionais da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

 

A equipe levou média de um ano no desenvolvimento do robô criado especialmente para a competição. A maior parte deste período foi dedicada á preparação dos garotos visando melhor consistência no trabalho prático. “Quase todo esse tempo foi gasto em treinamento teórico deles, onde eles tiveram noções de mecânica, engenharias e um aprofundamento em física também”, falou o professor Marlon.

 

A construção do robô na prática levou apenas duas semanas, o que de certa forma pode ser desvantajoso, segundo o orientador. “Todas as equipes trabalharam dois meses na construção, nosso tempo foi curto porque esperamos por recursos de patrocinadores, que acabaram não surgindo, o que é uma pena”, revelou. O custo final da máquina foi de 8 mil dólares, custeado pelo colégio particular onde os jovens estudam.

 

Expectativa

 

Professor Marlon está otimista
Os meninos até tentam disfarçar, mas o próprio professor revela a ansiedade a qual todos vêm passando. “Vai se aproximando o dia e é normal que estejamos ansiosos”, disse. Para chegar aos quatro alunos mais destacáveis, o colégio promoveu vários concursos internos. “Houve uma seleção para um campeonato em Camaçari e 12 foram escolhidos. Daí as etapas foram dificultando até que ficaram só nós quatro, os melhores lógico”, explicou aos risos Yuri Santana, eleito como o mais ansioso pelos colegas e o mais falante pela nossa equipe de reportagem.

 

Exceto Victor Beleteiro, que pretende ser economista, todos os garotos pretendem seguir carreira na área de tecnologia. O esforço e talento deles levam o professor Marlon a nutrir grande esperança em relação ao resultado final. “Levando em conta o nível da concorrência, acho que temos ótimas chances, principalmente na categoria iniciante”, afirma Marlon, apoiado pelos alunos.

 

Uma possível vitória pode vir a abrir portas para o setor tecnológico em Sergipe, de acordo com o professor. “Acredito que não conseguimos patrocínio por essa atuação tímida da tecnologia aqui no Estado. Uma vitória em uma competição internacional pode abrir espaço e fazer deslanchar o talento de muitos outros jovens que vejo, até aqui mesmo no colégio”, declara.

 

A disputa

 

Robô que representará Sergipe na competição
Na competição, os robôs desenvolvidos pelas 14 equipes inscritas, de diversos Estados do país, terão de cumprir tarefas como ficar autônomo pelo tempo de 15 segundos e derrubar e guiar pelo chão uma bola de um metro de diâmetro a uma altura de 1m98 (sendo que os robôs devem ter altura máxima de 1m52). A cada fase, equipes com menores pontuações serão eliminadas da etapa classificatória que premiará a melhor tecnologia, o melhor amador e a melhor aliança, já que em algumas tarefas algumas equipes deverão trabalhar em conjunto com adversários.

 

Caso estejam entre as três equipes vencedoras, os sergipanos irão a Atlanta (EUA) representar o Brasil na etapa final da competição mundial.

 

 

Por Glauco Vinícius e Carla Sousa

 

(A pedidos dos internautas esta matéria que foi publicada na manhã da sexta-feira, 14, foi republicada neste sábado)

 

 

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