Agentes acusam Benedito Figueiredo de perseguição

Agentes ocupam a galeria da Assembléia Legislativa
Na manhã desta quinta-feira, 19, dezenas de agentes penitenciários ocuparam a galeria da Assembléia Legislativa de Sergipe (Alese). Segurando faixas com os dizeres ‘Chantagear e coagir, além de crime, é imoral’, os agentes pedem o fim do processo de terceirização nos presídios, e reclamam que têm sofrido perseguição do secretário de Justiça e Cidadania, Benedito Figueiredo, após terem entrado com uma ação na Justiça contra ele.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Sergipe (Sindipen/SE), Nilson Aragão, o intuito da manifestação é sensibilizar os parlamentares e pedir a intervenção do Poder Legislativo nesta causa. “As denúncias já têm sido levadas a vários setores de Brasília pelo Diretório Sindical e agora pedimos o apoio do legislativo sergipano, sobretudo no tocante à terceirização”, conta Aragão.

Segundo ele, o processo de terceirização é nocivo a qualquer categoria, e há uma intenção da Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejuc) em expandir o processo aos demais presídios. “Impretamos uma ação na Justiça que pede o fim da terceirização e pedimos que a segurança da Reviver, empresa terceirizada que atua no Compajaf, deixe de atuar. A segurança é uma atividade exclusiva do Estado”, argumenta.

Secretário de Justiça e Cidadania, Benedito Figueiredo
O diretor do Sindipen afirma, ainda, que a Sejuc teria justificado a terceirização como de caráter emergencial, já que, dentre 800 agentes de segurança no Estado, apenas 300 deles estariam em atividade. “Desde o início de 2007 nós pedimos a realização de um concurso público, e a terceirização foi um acordo feito entre Sejuc e Sindipen nos moldes de uma coação. Depois que ingressamos com a ação na Justiça, a Sejuc se transformou numa indústria de perseguição, transferindo gente daqui para o sertão, do sertão para a capital, além dos inúmeros processos contra os agentes”, finaliza Aragão.

“Há uma implicância pessoal”

A assessoria de comunicação da Sejuc nega qualquer tipo de perseguição por parte do secretário Benedito Figueiredo, e atribui as reclamações dos agentes a uma implicância pessoal do presidente do Sindipen, Cláudio Viana, contra o secretário. “Como pode haver perseguição se todas as reivindicações da categoria vêm sendo atendidas, a não ser aquelas que são impossíveis? O que nós entendemos é que o sindicato quer atacar a pessoa do secretário, e não o gestor. Não existe uma relação institucional”, argumenta a assessoria.

Ainda de acordo com o órgão, a realização de concurso público é uma das poucas reivindicações que não puderam ainda ser atendidas, embora façam parte dos planos da Sejuc. Quanto à terceirização no Compajaf, a assessoria afirma que o contrato tem prazo de validade e se encerra em abril do ano que vem.

Por Helmo Goes e Glauco Vinícius

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