Alojamento: famílias reclamam da estrutura

Família reclama das condições do abrigo(Foto:Portal Infonet)

Depois de terem as suas casas derrubadas na manhã de terça-feira, 30, as cinco famílias da invasão da ‘Portelinha’, situada na barra dos Coqueiros, que buscavam alojamento em uma das escolas do município, sofrem com a falta de estrutura do galpão em que foram colocados.

Falta de estrutura

Sem água encanada, energia elétrica e com um banheiro sem nenhuma condição de uso, os desabrigados clamam por uma solução. “Não somos marginais e nem animais para receber esse tipo de apoio por parte de uma prefeitura que tem por obrigação oferecer condições de moradias, saneamento básico, educação, entre outras coisas”, desabafa Edvaldo Ferreira Morais, um dos alojados.

Banheiro sem condições de uso e sem água(Foto:Portal Infonet)
As famílias que foram colocadas em um espaço que antes pertencia ao “Brasília Esporte Clube”, localizado na mesma rua onde, segundo os desabrigados, mora o prefeito da cidade Gilson dos Anjos. “Estamos separados por uma casa apenas e ele passa por aqui e finge que não nos vê. A verdade é que ninguém nessa cidade enxerga a situação das famílias carentes”, acusa Edvaldo.

Procura

De acordo com as famílias, ainda na tarde de terça-feira, 30,  todos foram alojados na antiga delegacia da cidade, mas não puderam continuar no local por conta da não aceitação de alguns populares.

Não existe chuveiro no local(Foto:Portal Infonet)
Em seguida as famílias foram colocadas na antiga sede do Brasília Esporte Clube e precisaram da ajuda de uma vizinha para fornecer energia elétrica durante a primeira noite. “Ela percebeu nossa situação e deixou a gente puxar energia de lá, só que agora bem cedo já foi retirada. Além de tudo não temos água para fazer comida para as crianças”, explica mais uma das pessoas desabrigadas, Josiane de França.

Crianças

Ainda de acordo com Joseane, o espaço está abrigando um total de 16 pessoas, sendo que seis são criança e que precisam de cuidados básicos. “A gente ainda passa sem comer, sem beber, vamos nos virando, mas e nosso filhos? Como ficam nessa história toda. A verdade é que nós tínhamos as nossas casas e eles derrubaram. É dessa forma que eles solucionam os problemas, derrubando casas e jogando o povo em um lugar desse?”, questiona.

Moradores dizem que casa do prefeito é ao lado(Foto:Portal Infonet)
Assessoria de Comunicação

O assessor de comunicação Diego Gonzaga informou que o local onde as famílias foram abrigadas foi cedido apenas para que eles guardassem os pertences e não que ficassem alojados. “Nós encontramos esse lugar com a intenção de auxiliá-los no sentido de deixar os objetos para que pudessem providenciar um lugar para ficar. A prefeitura não tem condições alugar casas para essas famílias, já que elas sabiam que as construções estavam sendo feitas de maneira irregular”, pontua.

Diego ainda explicou que a única coisa nesse momento que a prefeitura poderá fazer, é cadastrar essas famílias. “Quero ressaltar que será um cadastro para participar dos planos de moradias da prefeitura, ou do governo, mas não é nada de maneira emergencial. Nosso compromisso nesse sentido é com as 70 famílias que já moravam no local há anos. Volto a repetir que essas cinco famílias moravam no local há no máximo 4 semanas. Então a orientação é para que eles voltem para onde estavam, antes de construírem lá na Portelinha”, diz.

Por Alcione Martins e Kátia Susanna

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