Ainda não foram concluídas as investigações relativas ao acidente aéreo que matou o cantor Gabriel Diniz, ocorrido no final do mês de maio deste ano em Estância. As investigações estão sendo conduzidas por dois órgãos vinculados ao Comando da Aeronáutica e também pela Polícia Federal. Por um lado, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) instaurou um processo administrativo para investigar suspeita de irregularidade no voo.
Conforme a Anac, o avião tem matrícula PT-KLO, da fabricante Piper Aircraft, pertencia ao Aeroclube de Alagoas e estava registrado na categoria Instrução, que restringe a finalidade da aeronave. O modelo, conforme a Anac, estaria restrito a operar em treinamentos, objetivando a emissão de licenças de piloto. Nessa categoria, conforme a Anac, aeronaves não estão autorizadas a transportar passageiros. Nessa questão, a Anac já emitiu o auto de infração e os responsáveis pela aeronave estão apresentando defesa, conforme a assessoria de imprensa.
A Polícia Federal também instaurou inquérito policial, destinado a investigação para identificar responsabilidade criminal, e solicitou prorrogação de prazo para fazer o relatório da investigação em função de pendências relativas a emissão de laudos periciais, que seriam indispensáveis para a formação do conjunto probatório e a consequente conclusão do procedimento. Os trabalhos da equipe da PF prosseguem dentro do prazo estipulado pelo Poder Judiciário, segundo a assessoria de imprensa.
Causas do acidente
Por outro lado, o Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa II), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), também vinculado ao Comando da Aeronáutica, investiga a causa do acidente. O suboficial Gomes, do Seripa II, informou que não há previsões para a conclusão dessa investigação. De acordo com o suboficial, os trabalhos em andamento dependem da apresentação de relatórios de outros órgãos, cujos procedimentos prosseguem em sigilo. Ao final, o Cenipa divulgará o resultado da investigação.
No início das investigações, ainda no mês de maio, a Anac adotou medidas preventivas suspendendo, cautelarmente, as operações do Aeroclube de Alagoas e interditou nove aeronaves. As interdições já foram suspensas: as aeronaves e o aeroclube já estão operando regularmente.
Conforme a Anac, dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) indicaram que a aeronave de marca PT-KLO estava com o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) válido até fevereiro de 2023 e a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) não apresentava irregularidades, com validade até o mês de março do próximo ano. Trata-se de um modelo monomotor com capacidade máxima de três passageiros mais a tripulação, totalizando quatro assentos.
A Anac informou que recebeu informações no dia do acidente de que estavam a bordo o piloto comercial Abraão Farias e o piloto privado Linaldo Xavier, ambos com licenças válidas para o modelo de aeronave acidentado. A informação de que Gabriel Diniz estaria a bordo daquela aeronave só foi confirmada, posteriormente, pela assessoria do próprio cantor.
Por Cassia Santana
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