A morte do desembargador José Antônio de Andrade Goes priva a Justiça sergipana de uma figura ímpar, empreendedora e inteligente ao mesmo tempo. Ele desaparece aos 60 anos de idade e há 33 anos servia a Justiça, primeiro como juiz e depois como desembargador. Até fevereiro último foi o presidente do Tribunal de Justiça, onde mostrou o seu lado de administrador, construindo o anexo do Tribunal e vários fóruns na Capital e pelo interior do Estado. Como juiz, foi nomeado em 1970 para a comarca de Tobias Barreto. Depois passou sucessivamente pela de Laranjeiras e Estância, até ser nomeado, há sete anos, desembargador. Foi, antes de presidente do TJ, presidente do Tribunal Eleitoral. Era também professor nas Universidades Federal e Tiradentes e orgulhava-se de ter, entre seus alunos, 63% dos integrantes atuais da Justiça sergipana. Antônio Goes deu entrada no Hospital São Lucas na quinta-feira da semana passada. Seu estado inspirava cuidados, por conta de um enfizema pulmonar e problemas renais. Fumante inveterado, o estado de saúde foi piorando a cada dia, entrando em coma na última sexta-feira. Na madrugada de sábado, por volta de uma hora da manhã, veio a falecer. O sepultamento se deu no sábado, no cemitério Colina da Saudade.
