Arquitetura comercial: bons projetos ajudam na conquista de clientes

(Foto: Freepik)

O empreendedorismo no Brasil disparou e bateu recordes. Quem chega na área busca alternativas para atrair a clientela e quem já está no mercado procura se reinventar e manter as vendas. Neste contexto, a criação de espaços modernos e atrativos é um elemento essencial. E para que tudo saia como planejado muitos empreendedores tem contado com a ajuda dos profissionais de arquitetura, principalmente, daqueles ligados ao ramo comercial.

Esses profissionais utilizam a arquitetura e seus respectivos projetos não só para modernizar racionalmente o espaço, mas para fortalecer a marca do empreendimento de maneira a atingir positivamente os clientes e as vendas. O Portal Infonet conversou com o arquiteto Lucas Lima, CEO da empresa sergipana Foco Soluções e Projetos, que falou sobre arquitetura comercial e os benefícios para os empreendedores ou empresários. Confira!

Lucas Lima é arquiteto e destaca como os projetos de arquitetura podem ajudar nos negócios (Foto: Andrey Wallace)

Portal Infonet – Qual a importância de procurar um arquiteto na hora de planejar a arquitetura do empreendimento?

Lucas Lima – O arquiteto terá a capacidade de planejar toda edificação com maior qualidade e antecipação, reduzindo a quantidade de retrabalhos. Além disso, a depender do empreendimento, pode auxiliar com soluções de funcionamento mais eficaz, apreço estético e insights que levam a uma experiência mais prazerosa do cliente final.

Portal Infonet – A arquitetura comercial do local influencia na consolidação da marca? Por quê?

Lucas Lima – Sem sombra de dúvidas, a arquitetura de uma loja faz parte de sua comunicação enquanto marca. No marketing, isso se chama visual merchandising, que em poucas palavras, é como a arquitetura e o design, através de ferramentas, podem influenciar no processo de compra do consumidor, aumentando a posteriori sua rentabilidade. A relação da identidade arquitetônica com a marca tem que ser leve e contínua, expressando anseios e características do público alvo que o lojista deseja atender e não seus gostos pessoais, muito menos o do arquiteto.

Portal Infonet – Quais critérios são levados em consideração na hora do planejamento do projeto?

Lucas Lima – Como primeiro ponto, é necessário entender o negócio do cliente equais são os possíveis pontos de falha de fluxo, por exemplo. Tendo isso em mente, é preciso entender os principais objetivos do negócio e do contratante, avaliar o público alvo e trabalhar para pegá-lo, através de gatilhos mentais, que podem ser criados por meio da arquitetura e do design, sem perder a conexão com marca e identidade da empresa.

Portal Infonet – Como um espaço bem planejado pode atrair clientes?

Lucas Lima – Criando experiências de compras incríveis. Isso passa pela arquitetura, design, comunicação visual, cheiros que conectam à emoções, abrindo gatilhos mentais para a compra. Isso pode e deve ser realizado desde uma fachada bem planejada e atraente à um espaço convidativo interno com boa disposição de produtos. Cada produto tem um motivo de estar locado em “X” lugar, e causará uma ação no comprador. Entender esse fluxo a fundo gera mais venda e este é um processo de mãos dadas com o cliente. Outro ponto a ser observado é que em comércios com produção, o arquiteto também pode e deve, auxiliar na melhor disposição da produção, garantindo maior eficiência e produtividade.

Portal Infonet – A arquitetura comercial vai além da ambientação do local? Se sim, como?

Lucas Lima – Sim. As questões estéticas só são um pequeno ponto nesse quadro complexo, mas com certeza é o que amarra e dá cara a todo processo. Acreditamos nisso, pois na arquitetura comercial, cada pedaço da loja, comércio ou escritório deve ser pensado para geração de ação com o objetivo real de gerar faturamento ao negócio e uma excelente experiência ao consumidor final.

Portal Infonet – Para quem já está no mercado há muito tempo, mas resolveu que quer inovar e mudar a “cara” do seu empreendimento, o que deve ser feito? Existe a possibilidade de reaproveitar alguma coisa ou tudo deve ser substituído para não remeter a antiga “cara” da empresa?

Lucas Lima – Avaliar a formatação do layout de venda, entendendo bem os produtos estrela e os de maior margem, o que pode gerar alterações no layout atual. É importante entender o coração do “problema”, afinal costumamos dizer que uma loja possui um layout vivo, ou pelo menos deve ser passível de fácil alteração. Reformar os móveis com acabamentos novos, plotá-los e dar uma nova roupagem pode ser uma boa saída. uma boa iluminação também fará muita diferença, mas para isso é importante compreender qual público-alvo pretende-se atingir. Uma iluminação mais aberta e branca para classes C e D, iluminação mais amarelada, focal e uso de penumbras em classes A e B. Deve-se avaliar também a comunicação visual, dar sensação de novidade e de nova marca, uma nova cara, gerar surpresa e impacto positivo nos clientes.

Portal Infonet – Mudar a arquitetura do ambiente pode influenciar no leque de clientes da empresa?  Por quê?

Lucas Lima – Com certeza. Quando projetamos um espaço comercial, este deve ser pensado em atingir as metas do cliente, porém pensando no consumidor final, portanto, entender o publico alvo é parte fundamental neste processo. É uma grande falha possuir uma loja para classe “A” enquanto arquitetura, porém classe “C” em atendimento, comunicação visual, divulgação e localização. É muito importante avaliar os 4Ps do Marketing (Produto, Preço, Praça, Promoção), pois todo resto vem desta análise. Uma falha como essa pode gerar esvaziamento de compradores, reduzindo faturamento da empresa.

Por Luana Maria e Verlane Estácio 

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