Devastada pelo plantio de cana-de-açúcar promovido no passado por uma grande empresa instalada na região, a área de 213 hectares que integra o projeto de assentamento José Emídio dos Santos e compõe a Unidade de Refúgio da Vida Silvestre da Mata do Junco, em Capela (a 82 Km de Aracaju), é o centro de um trabalho inédito, que alia reforma agrária e recuperação ambiental. Jovens participam do projeto / Foto: Incra
Financiado por meio de um convênio firmado pelo Incra/SE, o projeto, elaborado e desenvolvido pela organização não-governamental (ONG) Instituto Bioterra, prevê a recomposição da mata degradada no local a partir do plantio planejado de árvores. São milhares de mudas de espécies como tamboril, ipê amarelo, jenipapeiro e aroeira, entre outras, que desde o mês de março vêm sendo plantadas em ritmo acelerado pelos agricultores que abraçaram o projeto.
“Existe um bom envolvimento dos assentados. Eles montaram uma escala e fazem um revezamento para o plantio das mudas, que é feito três vezes por semana. Temos sempre uma equipe diferente para ajudar no trabalho”, explicou a bióloga Karla Fernanda Barbosa Barreto, de 29 anos, uma das dirigentes do Instituto Bioterra, responsável pelo acompanhamento do projeto no assentamento.
Segundo ela, aliadas à recuperação da área degradada, as ações do projeto têm também como alvo a proteção das nascentes de água que cortam a região. “O projeto prioriza o trabalho em área de proteção permanente e pretende também recuperar a mata ciliar, ajudando a preservar as nascentes que passam pelo assentamento”, comentou Karla.
A Mata do Junco
Com 80% dos seus 894 hectares inseridos em uma área reforma agrária, a Unidade de Refúgio da Vida Silvestre da Mata do Junco é considerada uma das reservas de maior riqueza natural de Sergipe.
Além da sua importância ambiental, o local, transformado em Unidade de Preservação em 2008, tem também importância estratégica para o município de Capela, por abrigar as nascentes do Riacho Lagartixo, principal fonte de abastecimento da população da cidade.
Outro importante papel da mata é assegurar as condições ideais para a sobrevivência do macaco Guigó, espécie ameaçada de extinção, que fez do local o seu habitat.
Com informações da Ascom / Incra
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