Augusto Franco: feirantes ficam de fora após reforma

Feirantes pedem explicaçãoo e indenização (Fotos: Portal Infonet)

Após quase dois anos de reforma, o Horto Mercado Vereador Milton Santos, foi inaugurado nas manhãs desta segunda-feira, 31. Os feirantes, no entanto, estão preocupados se terão seus lugares garantidos e como será a redistribuição dos boxes que pertenciam aos permissionários. A Prefeitura já confirmou que os antigos feirantes que comercializam artigos e confecções ficarão de fora.

Durante a inauguração, alguns feirantes estiveram presentes na solenidade de inauguração do novo mercado, com o intuito de garantir seu espaço. Marli Rocha, que possuía um espaço no local há 16 anos, reclamava da falta de informação sobre a distribuição dos espaços. Segundo ela não ficou claro os antigos vendedores serão colocados.

Ao saber que no local só serão comercializados produtos do ramo alimentícios, como carnes, peixes, aves e hortifruti, a comerciante exigiu indenização por parte da Prefeitura. “Eu trabalho aqui há anos e era fixa. Não ficava de feira em feira como eles estão dizendo. Tudo isso é uma desculpa para deixar a gente de fora. Se não vão devolver nosso espaço quero minha indenização”, fala.

Antenor Rodrigues também teme ficar de fora. Ele, que ocupava um espaço na feira, há 15 anos, comercializava confecções. “Eu não entendo como eles podem nos tirar o pão de cada dia. Eu já trabalhava aqui há muito tempo e vou perder meu espaço?”, questiona.

Eloy Galdino e Agenor Machado "A gente quer saber quando será feita a entrega dos espaços"

Dois proprietários de bares que funcionavam na parte externa da antiga feira, também questionam como será a distribuição. Com mais de 20 anos trabalhando no local, Eloy Galdino e Agenor Machado, temem também ficar de fora. “Houve algumas reuniões para nos deixar a par do que estava ocorrendo, mas até o momento não foram feitas a distribuição", lembra.

Outro lado

O diretor de espaços públicos e abastecimento da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), Branca de Neve, explicou que o local agora terá mais espaço. E confirmou que no local não poderá ser comercializado confecções e outras artigos que não sejam do ramo de alimentos. “A demanda hoje é maior e nós temos mais bancas. Vai haver a licitação e as arquitetas já estão trabalhando em cima disso. Temos uma reunião com o Prefeito para poder definir a situação do mercado e que será exemplo para todos os outros”, explica.

Só alimentos

Parte reformada do mercado 

Parte reformada do mercado 

Inauguração do novo mecado ocorreu na manhã desta segunda

Branca de Neve reafirmou ainda, que no local, que vai voltar a funcionar daqui há dois meses, só serão comercializados alimentos. “As bancas de confecção não irá funcionar, porque o local foi estruturado para comercializar alimentos. Daqui há dois meses o mercado começa a funcionar e cada permissionário deverá ter autorizações e licenças para poder atuar, pois será fiscalizado permanentemente”, diz.

Inauguração

Na oportunidade o Prefeito João Alves Filho ressaltou que a meta é ordenar todas as feiras livres. Disse ainda que 70% da verba destinada a reforma do novo mercado foi de recursos próprios. “Estamos cuidando agora das feiras livres e do ordenamento dos feirantes. Não podemos garantir que se pode fazer um mercado permanente e em cada bairro. Aqui grande parte dos recursos foram próprios. Foi feito algo permanente, cuidando de todas as regras de um mercado permanente”, disse o prefeito.

Por Eliene Andrade

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