Baleia Azul: dupla sergipana está presa em São Paulo

Jogo leva adolescentes a desafios de automutilação e até ao suicídio (Foto: Reprodução/Whatsapp)

Rodrigo Herllan e Letícia Camuci Evaristo, os sergipanos acusados de envolvimento no Jogo da Baleia Azul, estão presos preventivamente no Estado de São Paulo. Eles estão à disposição da justiça do Rio de Janeiro, que investiga o jogo que leva adolescentes a desafios de automutilação e até ao suicídio.

A dupla foi presa no fim da tarde dessa terça-feira, 18, em Rio Claro, interior paulista, após ser interrogada. De acordo com a Polícia Civil sergipana eles têm cerca de 20 anos e além de serem identificados como administradores de grupos ligados à prática do desafio da Baleia Azul, já eram alvo de investigação por pedofilia.

Alessandro Vieira, o coordenador da Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter) informa ainda que Rodrigo Herllan e Letícia Evaristo atuavam há mais de um ano com as práticas crimoninosas. Não há uma estimativa de quantas vítimas teriam sido feitas em Sergipe, mas elas já estão sendo identificadas. “As vítimas e os pais dos menores de idade também serão ouvidos”, informa o delegado.

Sergipe é um dos nove estados que deflagraram a Operação que visa combater uma associação criminosa envolvida com o jogo conhecido como ‘Baleia Azul’ – corrente que tenta induzir virtualmente os seus participantes ao suicídio através de 50 desafios. A ação envolveu mandados de busca e apreensão nos estados do Amazonas, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Código Penal

De acordo com Código Penal brasileiro, induzir ou instigar alguém ao suicídio ou prestar-lhe auxílio para o ato pode resultar de dois a seis anos de prisão, caso o suicídio ocorra. Se a tentativa levar a lesão corporal grave, a reclusão é de um a três anos.

Caso o crime seja praticado por motivo egoístico, se a vítima for menor de idade ou ainda tiver a capacidade de resistência diminuída, a pena é duplicada.

Por Jéssica França

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