Caso Barriga: advogado diz que suspeita de outros envolvidos

Processo tramita em segredo de justiça no Fórum da Barra dos Coqueiros (Foto: Arquivo Portal Infonet)

O processo judicial que trata da investigação que atribui a sete réus a responsabilidade pelo assassinato do líder sindical Clodoaldo Santos Melo, conhecido como Barriga, ainda está na fase de instrução. E o advogado José Adroaldo de Oliveira, que atua no processo como assistente de acusação, suspeita que há outras pessoas envolvidas na ação criminosa, além dos réus destacados nos autos que tramitam no Fórum Antonio Xavier de Assis Júnior, na Barra dos Coqueiros. Barriga teve forte atuação no Movimento SOS Emprego em defesa de contratação de mão de obra da cidade para as obras da termelétrica.

O advogado está tentando garantir nova produção de prova, mas não oferece detalhes porque o processo, que teve grande repercussão no movimento sindical, tramita em segredo de justiça decretado pela juíza Heloísa de Oliveira Castro Alves. Nos autos, na ótica da acusação, há provas que os réus presos se articularam para a execução da vítima e também do envolvimento de pessoas conhecidas politicamente no Estado. O advogado faz as revelações, mas não destaca detalhes em respeito ao segredo de justiça. Ele não tem dúvida que o processo tomará um novo direcionamento para a inclusão destes outros suspeitos, cujas identidades não foram reveladas para evitar prejuízos ao curso processual.

Barriga foi assassinado na noite do dia 14 de dezembro do ano passado, na porta da própria residência onde residia com a família. O crime foi executado por dois homens, que chegaram à casa da vítima ocupando uma motocicleta. Os executores conseguiram fugir. Posteriormente, a polícia civil anunciou o fim da investigação, indiciando os sete réus, que foram presos por ordem judicial. Permanecem presos o sindicalista André Silva Santana, Ricardo Monteiro dos Santos, Jailton Paulino Bispo dos Santos, Sidney Santos de Oliveira, Cezar Julio Santos da Silva, Everton Cezar Bomfin Santos e Leandro Costa Alves.

Os advogados que atuam na defesa dos réus não querem se manifestar. Mas o grupo tem convicção que não há provas, nos autos, que sustentem a tese da acusação. A audiência de instrução e julgamento prosseguirá no mês de novembro.

Por Cassia Santana  

*A matéria foi alterada para acréscimo de informações
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