O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou endurecer o tratamento dispensado aos servidores públicos federais em greve e descontar os dias parados. Lula chamou ao seu gabinete o ministro do Planejamento, sr. Paulo Bernardo, e disse que o governo não negociará enquanto não houver retorno ao trabalho.
Ele exigiu que o ministro mande cortar os pontos dos servidores em greve. Pelas contas da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público, filiada à CUT, o número de grevistas está agora na casa dos 95 mil.
O ministro comentou que, em algumas situações, o governo não consegue nem mesmo saber quais são as reais reivindicações dos grevistas. É o caso do Incra que teria iniciado a paralisação no dia 21 de maio sem ter entregue a pauta ao Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Greves
A greve dos servidores federais que mais tem repercutido, certamente, é a do Ibama. São 35 parados. Do total de 3.400 servidores, 3 mil e 60 estão em greve, pela derrubada da medida provisória 366, que dividiu a estrutura do Instituto. Essa greve atinge o Ibama em Sergipe.
Na Comissão Nacional de Energia Nuclear, dos 1.500 servidores, 1 mil estão em greve há 39 dias por melhores salários. Os 2 mil servidores do Ministério da Cultura estão em greve há 32 dias, exigindo Plano de Carreira e melhores condições de trabalho. No Incra são 26 dias de paralização, recrutando 5 mil dos 6.200 servidores. Querem aumento de salário, plano de carreira e equiparação salarial entre ativos e inativos.
Nas Universidades Federais, que tem 105 mil servidores, 84 mil estão em greve há pelo menos 20 dias, exigindo melhores salários e em protestos contra a transformação de hospitais universitários em fundações estatais. Finalmente, no Datasus dos mil servidores 900 estão parados pela manutenção dos salários atuais.
Por Ivan Valença
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