CB: Comandante alerta para deficiência no efetivo

Coronel Nailson: efetivo pequeno para atender demanda (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Sem perspectivas para realização de concurso público, a falta de efetivo é o principal problema enfrentado pelo Corpo de Bombeiros de Sergipe. A avaliação foi feita nesta sexta-feira, 5, pelo coronel Nailson Melo, comandante geral daquela corporação, em palestra ministrada para empresários durante evento promovido pela Associação Comercial de Sergipe (Acese).

De acordo com o coronel, Sergipe apresenta um déficit em torno de 48% no quadro de pessoal, tendo um efetivo de apenas 623 homens quando o ideal era o Corpo de Bombeiros de Sergipe ser dotado por um efetivo de 1.194 homens. “Este é o grande entrave. Mas em termos de equipamentos, estamos preparados para atender às nossas demandas”, disse. “Mas não em situação de calamidade porque aí ninguém, em lugar nenhum do mundo, está preparado”, explica.

O coronel revelou que, com um efetivo de apenas 16 bombeiros na atividade, a corporação realizou, no ano passado, cerca de 4 mil vistorias e explicou que a interdição em determinados empreendidos só ocorreu porque os prédios foram adaptados sem obedecer aos critérios de segurança. E garantiu que 70% dos empreendimentos interditados já foram liberados com todas as orientações para que os empresários possam fazer as adequações necessárias. “Foram casas transformadas em bares ou boates sem atentar para as normas de segurança”, justificou.

Templos religiosos

Coronel expõe situação do CB para empresários

O comandante informou ainda que a corporação ainda está dedicada à força tarefa para inspecionar estabelecimentos que proporcionam grandes aglomerações e o próximo passo será a vistoria em templos religiosos. Para tanto, o Corpo de Bombeiros fará reunião com representantes das igrejas católica e evangélica para transmitir as orientações necessárias, após mapeamento e vistoria de todos os templos existentes no Estado.

Demandas

O Corpo de Bombeiros também está adotando medidas para atender exigências do Ministério Público Estadual, que já solicitou a vistoria de 30 pousadas e em cerca de 500 escolas das redes pública e privada. O coronel também ressaltou que a demora pela liberação dos laudos de vistoria técnica também passa pela responsabilidade dos próprios requisitantes. “No ano passado, foram realizadas 70 vistorias e os interessados não foram buscar os respectivos atestados de regularidade”, considerou.

Reunião de empresários promovida pela Acese

Ele explicou que a legislação estadual está passando por revisão, cujas sugestões serão apontadas pelo grupo de trabalho que está analisando a lei, principalmente quanto aos prazos de validade para a regularidade de funcionamento. A proposta é que os prazos sejam fixados em até três anos para aqueles de pequeno risco, dois para os de médio risco e de até um ano para aqueles que oferecem maiores riscos.

O presidente da Acese, Alexandre Porto, demonstrou preocupação com a situação dos teatros administrados pelo governo e com o Centro de Convenções. O coronel informou que os teatros Atheneu e Tobias Barreto apresentam problemas em suas estruturas e garantiu que as medidas para aprimoramento do sistema de combate a incêndio no Atheneu já estão sendo adotadas. Quanto ao teatro Tobias Barreto, o coronel informou que passará por reforma em toda a parte estrutural, assim como também serão tomadas medidas para adequação às medidas de segurança.

Quanto ao Centro de Convenções, o coronel não vê problemas para realização de feiras. Mas não deixa de se preocupar com outros de tipos de eventos. E citou como exemplo, solenidades de formatura nas quais o espaço é transformado em pista de dança. O coronel garante que o problema já está sendo debatido e que o governo fará um novo projeto para adequar aquele espaço às exigências da lei.

Por Cássia Santana

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