Cenam não consegue reapreender adolescentes que fugiram

Adolescentes continuam fugitivos do Cenam (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Os seis adolescentes que fugiram do Centro de Atendimento ao Menor (Cenam) ainda não foram reapreendidos, segundo informou a assessoria de comunicação da Fundação Renascer. Os adolescentes serraram uma grade na manhã do domingo, 21, e conseguiram escapar, sem confronto.

O presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança e de Medidas Sócioeducativas (Sindasse), Fábio Wesley, responsabiliza a Fundação Renascer pela fragilidade do sistema para atender adolescentes em conflito com a lei.

O presidente do sindicato denuncia a Fundação por terceirizar serviços de vigilância de forma irregular. Na ótica de Fábio Wesley, as atividades terceirizadas são inerentes aos agentes de segurança e de medidas socioeducativas que ingressaram na entidade por meio de concurso público.

O presidente do sindicato informa ainda que o monitoramento das câmeras de segurança é feito por vigilantes terceirizados e que os agentes não têm acesso aos equipamentos, o que contraria a política de segurança do sistema para atender os adolescentes em conflito com a lei.

Em nota encaminhada ao Portal Infonet, a Fundação Renascer contesta as denúncias do sindicato, apesar de confirmar a restrição imposta aos agentes aos equipamentos de segurança. De acordo com a nota da Fundação, o acesso dos agentes aos equipamentos é limitado para evitar a divulgação de imagens de maneira indevida. “Com relação ao acesso à sala de monitoramento, os agentes de segurança têm acesso sim, porém com algumas restrições para evitar a divulgação indevida dessas imagens, como já ocorreu anteriormente”, esclarece a nota.

A Fundação explica ainda que, logo após a fuga, o coordenador de segurança, o supervisor do plantão e dois agentes de segurança do dia foram até a sala de monitoramento analisar todas as imagens. ”Essas imagens de monitoramento ficam sob a responsabilidade da Unidade Cenam e não em poder de empresa terceirizada, que atua apenas na segurança patrimonial”, diz a nota da Fundação.

Apesar da denúncia de superlotação na unidade, a Fundação Renascer nega. Segundo a Fundação, havia 77 internos na unidade no último domingo. Na ala em que ocorreu a fuga, estavam 13 quando a capacidade daquela ala seria de 14 internos. "Não há superlotação na unidade, pois a unidade tem capacidade para abrigar todos que lá estavam", afirma a Fundação, na nota encaminhada ao Portal Infonet.

"Quanto a situação do efetivo de agentes ser considerado insuficiente – prossegue a nota, já foi encaminhado um pedido de autorização à Procuradoria Geral do Estado para que possa promover a substituição de 11 agentes aprovados no último Concurso Público que se desligaram espontaneamente da Fundação, visto que não há mais resíduos de aprovados do último concurso público que possam ser convocados dentro da legalidade. Aguardamos, assim, a autorização legal para dar os devidos encaminhamentos à inserção de novos agentes no quadro da Fundação Renascer".

Por Cássia Santana

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