Centrais sindicais fazem debate sobre a reforma da previdência

Reunião aconteceu no sindicato dos bancários nesta quinta-feira, 14 (Foto: Portal Infonet)

Em reunião realizada no final da tarde desta quinta-feira, 14, no auditório dos Sindicato dos Bancários, algumas centrais sindicais da capital, a exemplo da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), protestaram contra alguns pontos do projeto de reforma da previdência anunciado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Os líderes sindicais discordam da existência de um déficit na previdência, como o que é anunciado pelo governo, e da idade mínima para aposentadoria. No início da tarde desta quinta-feira, 14, o governo anunciou uma proposta que estipula a idade de 62 anos para aposentadoria das mulheres e 65 anos para os homens. Segundo o presidente da CTB, Adenilton Santana, “o governo mente” ao alardear que há um rombo bilionário na previdência. “Eles usam essa justificativa de que existe um déficit na previdência, mas isso é mentira. Não há déficit nenhum”, afirma.

Roberto Silva, presidente da CUT (à esquerda), Adenilton Santana, presidente do CTB (no centro) e Bruno Dantas, integrante do SindiPetro (à direita) (Foto: Portal Infonet)

O mesmo entendimento da questão tem o presidente da CUT, Roberto Silva. De acordo com ele, se algumas empresas e bancos pagassem o que devem a previdência, não haveria motivos para um reforma. “Na verdade eles querem tirar direitos dos trabalhadores. Não existe em lugar nenhum do mundo um tempo médio de 40 anos de contribuição para se receber o valor integral do benefício”, pontua. Os sindicalistas também argumentam que a idade mínima que foi fixada para ambos os lados não reflete a expectativa de vida de muitos trabalhadores. “Muitos irão morrer sem ter acesso a aposentadoria”, destaca.

O presidente da CTB, Adenilton Santana, também não vê com bons olhos a migração do regime de contribuição para o regime de capitalização. “A mesma prática aconteceu no Chile anos atrás. E hoje muitos chilenos recebem menos que um salário mínimo”, lamenta. Para o presidente da CUT, Roberto Silva, o ponto trazido à tona por Adenilton reforça ainda mais a preocupação para a não aprovação desse atual projeto de reforma. “Se esse projeto por aprovado, certamente irá acontecer o mesmo com alguns brasileiros. E a Constituição do Brasil proíbe que um aposentado receba menos que um salário mínimo”, exclama.

O ato de resistência contra a Reforma da Previdência está marcado para o dia 20 de fevereiro. Nesta data, movimentos sindicais, sociais, trabalhadores, Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo vão se unir para tentar derrubar a Reforma da Previdência.

por João Paulo Schneider  e Verlane Estácio

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