Ciganos são condenados a 32 anos de prisão por mortes em Aquidabã

Julgamento é encerrado no Fórum Gumersindo Bessa (Foto: Portal Infonet)

Os ciganos Josuel dos Santos e Rozamir dos Santos foram condenados a 32 anos de prisão, cada um, pelos assassinatos do professor e do técnico Edvaldo Lourenço Souza, 38, e Francisco Tavares dos Santos, 32, e por tentativa de homicídio praticada contra Cláudio Dias Mouro, sobrevivente do atentado ocorrido na noite do dia 19 de junho de 2014 no município de Aquidabã.

O julgamento foi concluído às 15h30 desta terça-feira, 11, no Fórum Gumersindo Bessa, em Aracaju. O advogado Evaldo Campos, que atua na defesa dos réus, tentou anular o júri alertando que o promotor de justiça Waltenberg Lima de Sá não poderia trazer àquele júri informações sobre outro processo, que tramita no Poder Judiciário de Alagoas, no qual os dois ciganos também figuram como réus para que o corpo de jurados não pudesse ser influenciado por decisões de outro magistrado.

Mas o promotor descartou a possibilidade de nulidades, alegando que as informações que ele destacou nos debates seriam de fundamental importância para explicar a presença dos ciganos em Aquidabã, uma vez que eles teriam fugido de Penedo em decorrência de outros crimes ali cometidos em desavença com outro grupo de ciganos rival.

O julgamento prosseguiu e o corpo de jurados concluiu pelo entendimento de que os réus foram efetivamente responsáveis pela emboscada e pelo atentado ocorrido em uma localidade conhecida como Estrada da Caatinga. Os três homens estavam em um veículo de cor preta e foram vítimas de uma emboscada. À tarde, daquele dia, as vítimas e os réus teriam entrado em desavença em decorrência do barulho provocado pela altura do volume do som automotivo dos ciganos. As três vítimas decidiram se retirar do bar e seguiram para outra localidade, mas no retorno acabaram vítimas da emboscada.

O advogado Evaldo Campos primou pela tese de negativa de autoria e chegou a insinuar que os três teriam sido vítimas de uma emboscada que teria como alvo os ciganos que naquele dia estavam em Aquidabã e que estariam sendo perseguidos pelo grupo rival, também formado por ciganos. Ao final do julgamento, o advogado informou que fará apelação criminal com o intuito de modificar a sentença.

Por Cassia Santana

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