Comerciantes cumprem decisão e param de vender animais

Gaiolas vazias são encontradas no local (Fotos: Portal Infonet)

José Luís conta que teve prejuízos com a decisão

Efrain é contra a decisão

Quem passou na manhã desta terça-feira, 22, pelo Mercado Thales Ferraz, em Aracaju, pode notar a ausência do comércio de animais vivos naquele local. É que a partir de hoje, por conta de uma decisão judicial, os vendedores estão proibidos de comercializar os bichos no mercado.

Insatisfeitos com a situação, os comerciantes alegam que com a proibição, parte da renda que conseguiam através das vendas de animais ficará comprometida. Um dos vendedores que já começou a sentir o impacto no bolso foi José Luís Pinto de Santos. Há 30 anos ele trabalha com a venda de aves, sendo 14 deles no Thales Ferraz.

Só na manhã de hoje, o vendedor de 45 anos conta que deixou de obter uma renda de R$ 500. “Vários clientes já chegaram aqui para comprar e deixamos de vender porque não tínhamos os animais. É uma situação péssima, não estamos vendendo nada”, relata afirmando que agora a renda terá que ser obtida somente através da venda de gaiolas e rações.

O professor de Educação Física e estudante de Veterinária Efrain Marinho conta que ao contrário do que algumas pessoas pensam, os animais não sofriam maus tratos no local, e que todo procedimento das vendas era acompanhado por veterinários. Ele discorda da decisão judicial e acredita que o necessário seria uma melhora na estrutura para que os comerciantes pudessem trabalhar com mais qualidade e que dessem aos animais que estivessem expostos um maior conforto.

"Existe uma cultura de criação de animais de estimação. Por mais que surjam novos conceitos, a internet divulgue conceitos veganos, onde acreditam que o animal não deve estar preso em gaiola, e é claro que isso não é algo legal (animais nas gaiolas). Existem formas de criar um animal sem estar na gaiola, e comercializar ele sem que ele esteja preso, agora para isso é preciso de estrutura, é preciso que os representantes do povo vejam o problema e tentem ajudar de uma maneira que não cause um impacto negativo e social nas pessoas tirando suas fontes de renda", afirma o estudante que vende animais domésticos há 30 anos.

Emsurb

Nesta terça-feira, fiscais da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) estiveram no local para verificar se a decisão judicial estava sendo cumprida. A empresa notificou os vendedores na última terça-feira, 15, sobre a situação. A assessoria de Comunicação do órgão, ressaltou que todos os vendedores acataram a decisão e informou que em caso de descumprimento, o local onde comercializam pode ser interditado e eles poderão perder o termo de permissão, que dá direito à comercialização em espaço público.

por Yago de Andrade

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