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Cerca de 150 comerciantes participam da feira (Fotos: Portal Infonet)
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Os feirantes que comercializam frutas, verduras e outros produtos na região da Praça João XXIII, no centro de Aracaju, estão insatisfeitos com a futura realocação das suas bancas para o mercado Albano Franco e outros mercados. A intervenção é da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), responsável pelos espaços públicos da capital. O cadastramento começou na sexta-feira, 29.
Os comerciantes reclamam da mudança, e afirmam que não houve diálogo por parte da Empresa. Segundo eles, a realocação das bancas para outros espaços, acarretará em prejuízos para os 150 feirantes que estão instalados no local.
O vendedor de frutas, Sidney Oliveira dos Santos, 28, está há oito meses com uma banca no local. Ele não concorda com a ação da Empresa, e afirma que caso tenham que sair da feira, realizarão um protesto. “Eles precisam se reunir com a gente para que possamos entrar em um acordo. Mas se não tiver, todos nós vamos para a rua, e congestionaremos o trânsito”, declara.
Há dois anos vendendo verduras na feira, Luciana dos Santos Barbosa, 22, acredita que a mudança não beneficiará os comerciantes, pois, segundo ela, já existem clientes fixos que provavelmente não se deslocarão para o local que as bancas serão levadas, o que irá gerar prejuízos. “Aqui é um local movimentado, fica ao lado do terminal e nós já temos uma freguesia que gosta da gente e gosta da feira também. Não podemos ir para um lugar para ter prejuízos”, afirma.
Emsurb
De acordo com a Emsurb, a feira instalada no local é irregular e a ação realizada nesta sexta é o primeiro passo para a organização do Centro da cidade que, segundo a Empresa, atualmente, está com parte da mobilidade urbana comprometida, por conta da invasão indevida dos espaços públicos.
Segundo o assessor de comunicação da Empresa, Augusto Aranha, ainda não há uma data, nem um local determinado para realocação. “A princípio os comerciantes que foram cadastrados hoje irão para o mercado Albano Franco, mas também há possibilidade de serem levados para outro local, o que não pode é ficar ali”, informa.
Aranha ainda afirmou que o objetivo da Emsurb é regularizar todo o centro da cidade, e que não há necessidade de diálogo com os comerciantes, já que, segundo ele, “neste caso existe uma ilegalidade, então não tem porque haver diálogo”, declara.
Por Yago de Andrade