O Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Sergipe promoveu na tarde de ontem, quarta-feira, no auditório da Codevasf, uma reunião temática para discussão do Projeto da Construção de Barragens no rio Poxim. A Deso, instituição responsável pela obra, enviou seu diretor técnico, Roberto Leite, para fazer a apresentação do projeto. Na ocasião, foram enfocadas as principais características do rio, seus afluentes e aspectos ambientais, tendo destaque o desmatamento acentuado e os desvios feitos no manancial por fazendeiros da região, influenciando significativamente na redução do volume de água do rio. No que se refere à qualidade de suas águas, o rio Poxim apresenta em alguns trechos, alta incidência de metais pesados, coliformes fecais e pesticidas, contribuindo ainda mais para a sua degradação. O palestrante citou as principais intervenções da Deso, referentes ao abastecimento de água e ao sistema de esgotos sanitários. Segundo Roberto leite, o Projeto Poxim prevê a construção de duas barragens nos rios Poxim Açu e Poxim Mirim, em trechos preservados de contaminação, as obras estão orçadas em 84 milhões. No tocante as desapropriações, o diretor técnico da Deso afirmou que será em uma área de 400 hectares e será feita de maneira criteriosa, mediante audiências públicas. Questionado por membros do comitê sobre as implicações sociais causadas pelo projeto, Roberto Leite declarou que a construção da barragem no rio Poxim Mirim, está praticamente descartada devido à existência de 350 famílias na região e a inviabilidade do remanejamento dessas famílias. Já a barragem do rio Poxim será mantida, pois a área é constituída por duas grandes fazendas, não havendo adensamento populacional. O secretário executivo do CBH do rio Sergipe e também superintendente de Recursos Hídricos, Ailton Rocha, solicitou uma cópia do Projeto Poxim para que o mesmo fosse analisado de forma mais aprofundada pelos membros do comitê.